O papel do psicólogo no processo de elaboração do luto

O artigo objetiva trazer uma contribuição sobre o enfrentamento do luto e o papel exercido pelo psicólogo na reorganização subjetiva do indivíduo.

4 NOV 2014 · Leitura: min.
O papel do psicólogo no processo de elaboração do luto

A sensação que a maioria das pessoas sente de que a vida passa rápido demais, e mais, de que ela não é estável ou de águas calmas, é um aprendizado que a maturidade traz a todos, cedo ou tarde.

Como pano de fundo, a questão da consciência da própria finitude e daqueles que amamos, numa sociedade calcada na publicidade jovem, constitui-se num duplo desafio aos psicólogos que acolhem em seus consultórios pessoas em processo de luto

A complexidade envolvida na experiência do luto se mostra muita acima das capacidades e recursos internos de muitos indivíduos. O luto se apresenta de maneira distinta e variável para cada uma das pessoas, para alguns podem ocorrer por antecipação, como uma forma de organização interna em relação a uma perda eminente, para outros o luto tardio, quando o impacto é muito grande e não se pode ou não se consegue olhar para a perda no momento.

Como o psicólogo pode ajudar uma pessoa em processo de elaboração do seu luto? Como pode o psicólogo, no desempenho de seu papel profissional, colaborar para que, o tratamento, torne-se a ocasião para uma efetiva elaboração da perda, capaz de produzir na subjetividade da pessoa que sofre ferramentas internas capazes de produzir um sentido emancipatório, de maturação do eu e de fortalecimento para o enfrentamento de frustrações e dores que a experiência nos traz?

Levando em conta, as singularidades, o primeiro passo se dá a partir de uma avaliação da condição do enlutado para que a partir daí possa haver ser criado um planejamento terapêutico específico, oferecendo suporte para que a pessoa dar conta das exigências do cotidiano tanto quanto possível. E então passar a cuidar do essencial, o de dar sentido (existencial) a experiência da perda bem como da capacidade de seguir adiante.

A estratégia clínica sob a qual a psicoterapia (tanto individual, como de grupo ou familiar) se desenvolverá, em geral terá um objetivo que cabe para todas as situações de luto, o de elaboração do luto, a de favorecer a criação de suportes e alavancas para que a pessoa possa se adaptar à condição de viver sem aquele que se foi e estabelecer novos sentidos que possam ser compreendidos como uma reorganização de sua subjetividade e das novas possibilidades de existir que se mostram.

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Escrito por

Psicologia Marcos Marinho

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