O que é o luto?
O luto é uma reação à perda, que normalmente está associado a um sentimento profundo de tristeza e desolação. Ele marca a ruptura com um ser querido, causada pela morte ou outro tipo de afastamento, mas também pode se referir à perda de coisas e/ou condições:
- trabalho
- um objeto com o qual se mantém uma relação sentimental
- o fim de um relacionamento, etc.
O luto envolve uma série de manifestações físicas e psicológicas, que são naturais e necessitam de tempo para serem processadas. A forma como se enfrenta o processo também depende de fatores culturais, já que cada cultura pode compreender reações distintas.
O que é a elaboração do luto?
A elaboração do luto é um processo de adaptação à nova realidade diante da perda, é aprender a lidar com o vazio deixado pela pessoa, elaborando o sofrimento emocional e encontrando o caminho que conduz à superação e ao crescimento. Na maioria dos casos, se dá de forma natural, no seu devido tempo, embora sempre que esteja presente uma grande perda, é indicada a busca por um profissional para que sejam garantidos o amparo, acolhimento e elaboração.
Lidar com perdas é sempre um processo muito doloroso e diante da imensidão da dor vivida, sem amparo adequado, é comum que a pessoa se sinta estagnada no processo de elaboração. Ao estagnar em uma das etapas de processo, perde-se perspectivas de futuro a partir da perda, sendo comum a possibilidade de manifestação de sintomas relacionados a transtornos psicológicos como a depressão, ansiedade e melancolia. Sempre que identificada esta dificuldade, torna-se indispensável o acompanhamento profissional de um psicólogos, prevenindo a saúde mental, física e possíveis prejuízos na funcionalidade de sua rotina.
Quais são as principais etapas na elaboração do luto?
Apesar de o processo de elaboração do luto ser uma experiência totalmente pessoal, ou seja, dois filhos que perdem a mãe não responderão da mesma forma, há fases que são comuns a todas as pessoas. Segundo a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross, a elaboração do luto pode ser dividida em cinco fases:
- negação
- raiva
- barganha
- depressão
- aceitação
Quem vivencia o luto não necessariamente experimenta as cinco etapas até que o supera, nem muito menos há uma ordem para que esses estágios aconteçam. A ajuda psicológica é fundamental para ajudar justamente aquelas pessoas que se prendem a uma dessas fases e, simplesmente, não consegue avançar.
Quais são os diferentes tipos de luto?
O processo de luto é um desafio emocional e cognitivo, que obriga a pessoa a se transformar e se adaptar, por meio de atribuir um novo sentido ao vínculo que foi perdido. Como cada pessoa responde de uma forma, há seis tipos diferentes de luto, de acordo com os especialistas:
- luto antecipatório: a pessoa responde a uma perda iminente, antes mesmo dela acontecer
- luto ausente: a pessoa bloqueia os sentimentos, como se nada estivesse acontecendo
- luto crônico: a pessoa não consegue encarar a perda e insiste em negar o ocorrido tratando de manter o ente querido sempre vivo na lembrança
- luto atrasado: a pessoa tenta negar a dor e, quando essa aparece, vem com força de forma inesperada. Normalmente, é um efeito do luto ausente
- luto inibido: a pessoa tem muita dificuldade para expressar seus sentimentos
- luto desautorizado: a pessoa não encontra no entorno o apoio necessário para elaborar a dor da perda
Quais são as manifestações externas do luto?
Além de todo o sofrimento emocional, o luto pode desencadear uma série de manifestações físicas. Normalmente, as pessoas em processo de elaboração da perda relatam: dores no peito, taquicardia, hipersensibilidade ao barulho, náuseas, falta de apetite, etc. Também é comum quadros de imunidade baixa, com maior propensão a sofrer infecções.
Como ajudar a uma pessoa que está passando por um processo de luto?
Para ajudar a uma pessoa que está passando por um processo de luto, é importante usar a empatia, ser capaz de escutar e não cair na tentação de minimizar o sofrimento. Seja presente, esteja disponível, faça companhia e não queira controlar a situação. A maioria das pessoas, embora bem intencionadas, tendem a tentar distrair o enlutado ou a estimular que ele não fale do assunto na tentativa de poupar o sofrimento. Porém, o movimento deve ser justamente o inverso: "viver o luto para não viver de luto", ou seja, é essencial para o processo que o enlutado sinta-se à vontade para expor suas emoções, pensamentos e dificuldades, livre de julgamentos e contando com a compreensão e amparo daqueles que tentam ajudar.
Cada pessoa tem um tempo de elaboração da dor da perda e não julgar sempre é a melhor estratégia.
Quem pode te ajudar?
Para lidar com a elaboração do luto e ser capaz de superá-lo através do amadurecimento e crescimento pessoal, sempre é possível recorrer ao apoio de um psicólogo especializado. No site há inúmeros profissionais à sua disposição, que trabalham com diferentes abordagens na hora de conduzir a terapia.
O recomendável é entrar em contato com vários deles, fazer todas as perguntas necessárias para ser capaz de escolher a melhor opção para o seu caso.
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