Cactos, espinhos e outras histórias

Certa vez o pequeno Eugênio (nome fictício), recebeu junto com seus familiares, Carlos(nome fictício) um senhor de quase setenta anos.Entre conversas sobre diferentes assuntos, a criança anunciou que não gostava dos vários cactos que sua mãe cultivava pela casa. Voltando-se para a criança, o amigo da família, perguntou o que levava Eugênio a não gostar e rapidamente o menino respondeu que além de pequenos, eles eram cheios de espinhos. O sábio senhor, convidou a criança, para um passeio pelo longo jardim, que a família desfrutava.

Diante de cada árvore, planta, flor , Eugênio conduzia Carlos até próximo e lhe fornecia uma explicação e falava sobre as que eram mais bonitas. No final do passeio, após ouvir todos os detalhes fornecidos , com a doçura de quem já foi criança, o senhor olhando para o garoto, perguntou sobre os cactos, e o menino disse como no começo: " não gosto deles, dizendo que eram feios". Carlos disse que gostou muito do passeio, que o menino lhe ofereceu, mas que agora, gostaria de contar-lhe uma pequena história e Eugênio, sorrindo, mostrou-se atendo ao senhor. Carlos prosseguiu dizendo que desde pequeno, ele "conhecia" os cactos, mas somente já adulto, conseguiu saber um pouco de seus mistérios e descobrir o quanto eles eram especiais.

Após ouvir os relatos sensíveis de Carlos, sobre os cactos, suas diferenças, o menino disse que estas plantas lembravam pessoas. Sabiamente, o senhor concordou com Eugênio, e prosseguindo o garoto disse que como pessoas, os cactos não são iguais, e que cada um apesar de pertencerem a uma família, tem seu próprio jeito, assim como todos os seres. Emocionado o idoso, olhando para a criança, colocou que realmente Eugênio, estava certo. A criança, ainda disse que compreendera porque estas plantas tem seus espinhos, e disse que algumas pessoas também tinham, talvez com funções semelhantes a destas plantas.

Momentos da vida diária, podem ser utilizados com as crianças para auxiliá-las na construção de novas perspectivas, sem o uso da punição, no qual há espaço para que seja revelado pensamentos, sentimentos, através do diálogo, que atenta-se, acolhe e valoriza os pequenos.

Modelos assertivos presentes em adultos, são comportamentos que contribuirão para diversas interações futuras bem sucedidas das crianças, entre elas, saber ouvir e opinar, ser flexível perante suas próprias ideias, e a dos outros, proporcionando uma convivência mais saudável.

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