Você é um depreciador?

A convivência com pessoas no entorno familiar, social ou laboral nem sempre é fácil, especialmente se marcada por comportamentos tóxicos. Descubra a seguir o que caracteriza um depreciador.

20 NOV 2018 · Leitura: min.
Você é um depreciador?

Você não precisa ter vivido muitos anos para saber que há pessoas que têm um efeito nocivo sobre as demais. Nem sempre se trata de um comportamento intencionado, porém é como se uma onda de negatividade invadisse o ambiente. Se ainda não aconteceu diretamente com você, seguramente já vivenciou por tabela a experiência de algum amigo ou familiar.

Um dos casos mais comuns é a pessoa que sempre adota uma atitude depreciadora, manifestando desprezo ao interagir com os demais. Soa forte, mas em tempos de individualismo exacerbado e falta de empatia, tem se tornado cada vez mais habitual se deparar com alguém altamente depreciador.

Como reconhecê-los? Um dos primeiros sinais é marcado por seu olhar com ar de superioridade, detalhista, que analisa todos os aspectos da pessoa, sua roupa, seus acessórios, sua postura; porém sempre trasladando frieza e rechaço. Também mantém esse comportamento diante das coisas e novas experiências.

Sua atitude materializa desprezo e aversão e por trás de uma personalidade imponente, com ar de superioridade, pode-se esconder uma personalidade frágil. De maneira inconsciente, busca meticulosamente aspectos naqueles que o rodeiam para constrangê-los ou feri-los emocionalmente, se mantendo em uma posição de poder, de superioridade e descviando a atenção para possíveis conteúdos que deseja ocultar em si próprio. 

Especialistas explicam que esse tipo de atitude diante da vida e de tudo que a envolve tem suas origens ainda na infância, pois é entre os 6 e os 12 anos que as atitudes de aversão e rechaço se consolidam. Daí a importância de transmitir os valores do respeito e da tolerância durante o desenvolvimento infantil, para que funcionem como barreiras para o assédio e outros tipos de violência.

Os tipos de desprezo

O desprezo pode se desdobrar em manifestações distintas, e nem todas elas são negativas. A postura descrita anteriormente é a de um caso clássico de desprezo disfuncional, que costuma coincidir com personalidades narcisistas, ou seja, aquelas pessoas que acreditam ser sempre mais: mais éticas, mais competentes, mais capacitadas, enfim, superiores.

Um outro tipo de desprezo seria o sentimento de repulsa que uma pessoa pode sentir quando não está alinhado com os valores morais que uma pessoa ou situação representa.Também há o desprezo defensivo, que costuma ser uma emoção que surge para acelerar a fuga de situações potencialmente prejudiciais, quando por exemplo se detecta uma tentativa de manipulação.

É fundamental conhecer o que está por trás delas, tanto para avançar no desenvolvimento pessoal, caso você se reconhece como depreciador, como para se proteger, se você é vítima de uma pessoa assim.

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Como se defender de um depreciador?

A convivência reiterada com uma pessoa assim pode provocar um sentimento de inadequação, algo que afeta negativamente a autoconfiança e a autoestima. Daí a importância de saber se proteger. Comece por:

  1. entender que, por trás dessa postura de superioridade, sempre se esconde a insegurança;
  2. manter-se firme diante do escrutínio, mas sem perder a paciência ou partir para a agressividade;
  3. usar o humor como contraponto à atitude de desprezo;
  4. desestabilizar o depreciador com perguntas como: O que te leva a dizer isso? Por que está com essa cara de desaprovação?
  5. treinar sua capacidade de autocontrole para não demonstrar afetação e não contra-atacar.

Vale ressaltar que uma relação depende da combinação de duas personalidades para que funcione. Logo, alguém com este pergil, busca se aproximar de pessoas frágeis e com baixa baixa autoestima, para que desta forma sinta-se capaz de manipulá-la e manter-se em segurança na posição que ocupa. A maneira mais eficaz de não se tornar alvo de pessoas assim é através de sua segurança e autoestima. Se você sente que possui questões mal resolvidas e que de alguma maneira pessoas como a do perfil que mencionamos se repete em sua vida, não deixe de procurar ajuda de um psicólogo para que através do processo de autoconhecimento se torne possível o resgate e o fortalecimento da sua autoestima. 

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