Você é um depreciador?
A convivência com pessoas no entorno familiar, social ou laboral nem sempre é fácil, especialmente se marcada por comportamentos tóxicos. Descubra a seguir o que caracteriza um depreciador.
Você não precisa ter vivido muitos anos para saber que há pessoas que têm um efeito nocivo sobre as demais. Nem sempre se trata de um comportamento intencionado, porém é como se uma onda de negatividade invadisse o ambiente. Se ainda não aconteceu diretamente com você, seguramente já vivenciou por tabela a experiência de algum amigo ou familiar.
Um dos casos mais comuns é a pessoa que sempre adota uma atitude depreciadora, manifestando desprezo ao interagir com os demais. Soa forte, mas em tempos de individualismo exacerbado e falta de empatia, tem se tornado cada vez mais habitual se deparar com alguém altamente depreciador.
Como reconhecê-los? Um dos primeiros sinais é marcado por seu olhar com ar de superioridade, detalhista, que analisa todos os aspectos da pessoa, sua roupa, seus acessórios, sua postura; porém sempre trasladando frieza e rechaço. Também mantém esse comportamento diante das coisas e novas experiências.
Sua atitude materializa desprezo e aversão e por trás de uma personalidade imponente, com ar de superioridade, pode-se esconder uma personalidade frágil. De maneira inconsciente, busca meticulosamente aspectos naqueles que o rodeiam para constrangê-los ou feri-los emocionalmente, se mantendo em uma posição de poder, de superioridade e descviando a atenção para possíveis conteúdos que deseja ocultar em si próprio.
Especialistas explicam que esse tipo de atitude diante da vida e de tudo que a envolve tem suas origens ainda na infância, pois é entre os 6 e os 12 anos que as atitudes de aversão e rechaço se consolidam. Daí a importância de transmitir os valores do respeito e da tolerância durante o desenvolvimento infantil, para que funcionem como barreiras para o assédio e outros tipos de violência.
Os tipos de desprezo
O desprezo pode se desdobrar em manifestações distintas, e nem todas elas são negativas. A postura descrita anteriormente é a de um caso clássico de desprezo disfuncional, que costuma coincidir com personalidades narcisistas, ou seja, aquelas pessoas que acreditam ser sempre mais: mais éticas, mais competentes, mais capacitadas, enfim, superiores.
Um outro tipo de desprezo seria o sentimento de repulsa que uma pessoa pode sentir quando não está alinhado com os valores morais que uma pessoa ou situação representa.Também há o desprezo defensivo, que costuma ser uma emoção que surge para acelerar a fuga de situações potencialmente prejudiciais, quando por exemplo se detecta uma tentativa de manipulação.
É fundamental conhecer o que está por trás delas, tanto para avançar no desenvolvimento pessoal, caso você se reconhece como depreciador, como para se proteger, se você é vítima de uma pessoa assim.
Como se defender de um depreciador?
A convivência reiterada com uma pessoa assim pode provocar um sentimento de inadequação, algo que afeta negativamente a autoconfiança e a autoestima. Daí a importância de saber se proteger. Comece por:
- entender que, por trás dessa postura de superioridade, sempre se esconde a insegurança;
- manter-se firme diante do escrutínio, mas sem perder a paciência ou partir para a agressividade;
- usar o humor como contraponto à atitude de desprezo;
- desestabilizar o depreciador com perguntas como: O que te leva a dizer isso? Por que está com essa cara de desaprovação?
- treinar sua capacidade de autocontrole para não demonstrar afetação e não contra-atacar.
Vale ressaltar que uma relação depende da combinação de duas personalidades para que funcione. Logo, alguém com este pergil, busca se aproximar de pessoas frágeis e com baixa baixa autoestima, para que desta forma sinta-se capaz de manipulá-la e manter-se em segurança na posição que ocupa. A maneira mais eficaz de não se tornar alvo de pessoas assim é através de sua segurança e autoestima. Se você sente que possui questões mal resolvidas e que de alguma maneira pessoas como a do perfil que mencionamos se repete em sua vida, não deixe de procurar ajuda de um psicólogo para que através do processo de autoconhecimento se torne possível o resgate e o fortalecimento da sua autoestima.
As informações publicadas por MundoPsicologos.com não substituem em nenhum caso a relação entre o paciente e seu psicólogo. MundoPsicologos.com não faz apologia a nenhum tratamento específico, produto comercial ou serviço.
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