Transtorno de estresse pós-traumático

Frente a um país com tanta violência, encarar situações traumáticas acabam sendo mais comum do que se pode esperar. O problema do trauma é como elaboramos ele.

15 JUN 2015 · Leitura: min.
Transtorno de estresse pós-traumático

Vivemos em um mundo cada vez mais perigoso, considerando a realidade brasileira, onde estamos expostos a situações de violência, em que podemos ser assaltados, sequestrados, passar por violência doméstica e privada, ou talvez passar por situações que não podemos evitar na vida, como a morte de uma pessoa querida. É cada vez maior o número de pessoas que vivem uma situação desse gênero.

Algumas pessoas passam por essas situações de forma mais natural, superam um assalto ao seu tempo, passando por um período de cautela; outras encaram a morte em seu processo de luto já esperado e todas elas acabam superando essas tristezas do caminho como devem ser. Mas existe uma grande parcela da população mundial que não encara esses conflitos dessa forma. Para essas pessoas, a violência pode provocar um trauma psicológico que chamamos de transtorno de estresse pós-traumático.

O TEPT (como é conhecido) faz com que a pessoa não consiga "digerir" a situação que passou. Elas tem recordações aflitivas recorrentes e intrusas do evento, incluindo imagens, pensamentos ou percepções, sonhos aflitivos e recorrentes, passando a agir ou sentir como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente (alucinações ou flashbacks) e passam por um sofrimento intenso quando algo as faz lembrar o ocorrido.

É normal que uma pessoa que esteja vivenciando uma situação de TEPT, após um assalto, não queira mais sair de casa, pois acreditam que isso possa acontecer novamente; uma pessoa que perdeu alguém querido fique super protetora com quem ficou, com medo de perdê-lo também. Elas passam, então, a evitar locais e atividades ou pessoas que as façam lembrar o ocorrido e o mais importante, deixam de ter perspectiva de futuro.

Muitas vezes as pessoas, ao redor de alguém assim, não conseguem entender a situação que o outro está vivendo, acreditando que ele está sendo exagerado, manhoso ou mesmo querendo chamar a atenção, mas esse é um sinal claro de uma pessoa que está precisando de ajuda. Muitos estudos foram feitos sobre esse transtorno e quando se trata de TEPT existe uma terapia específica para esses cuidados com as vítimas. É importante ter ciência desse problema, ser bem diagnosticado e tratado com um psicólogo especializado nessa área e, às vezes, é necessária, também, uma ajuda psiquiátrica. O Importante é reconhecer os sintomas e tratá-los para que essas pessoas possam ver continuidade para suas vidas após um trauma.

Foto: por Heredero 3.0 (Flickr)

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Escrito por

Gabriela Campos

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