TAB - Transtorno Afetivo Bipolar

O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é caracterizado por oscilações do humor - episódios de depressão e euforia (mania ou hipomania - dependendo da duração e intensidade) que se alternam.

23 JUN 2018 · Leitura: min.
TAB - Transtorno Afetivo Bipolar

Os episódios de mania ou hipomania são caracterizados por exaltação do humor, como: Pouca necessidade de sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, excesso de autoconfiança, euforia, dificuldade de respeitar limites, planos exagerados e não usuais, fala rápida e difícil de interromper, ideias de grandeza, exacerbação da sexualidade, gastos excessivos, uso e/ou abuso de álcool ou droga, comportamento inadequado, delírios e alucinações podem estar presentes na mania mais grave.

Os episódios depressivos se apresentam como desinteresse e falta de prazer nas atividades habituais, isolamento social, ideias de culpa, inutilidade e fracasso, alteração do apetite (ganho ou perda de peso), desesperança, dificuldade de iniciar tarefas, redução da libido, humor depressivo ou irritável, dificuldade de tomar decisões, hipersonia ou dificuldade de dormir, pensamentos suicidas, delírios e alucinações podem estar presentes nos casos mais graves.

Outros problemas de saúde podem permanecer junto com o transtorno bipolar e acabam por interferir em sua evolução ou resposta ao tratamento. São chamados de comorbidades. Conhecer e tratar as comorbidades podem ser decisivos para o bem-estar da pessoa com transtorno bipolar. Podemos encontrar como comorbidade o abuso e dependência de álcool e outras drogas, hipotireoidismo, obesidade, doenças cardiovasculares, doenças renais, doenças reumáticas, e outras. As comorbidades podem interferir na evolução da doença facilitando o aparecimento de episódios de depressão, mania ou hipomania, ou dificultando seu controle. Essas doenças podem representar obstáculos importantes para a estabilização do humor, especialmente se não forem adequadamente tratadas.

O tratamento medicamentoso é fundamental. A adesão ao tratamento medicamentoso é de extrema importância para conseguir a estabilidade do humor. Sem o engajamento e aceitação do tratamento medicamentoso existe grande possibilidade da repetição de novos episódios de depressão e/ou de mania. No entanto, muitas pessoas com transtorno bipolar têm dificuldade em aceitar que têm uma doença crônica e que precisam tomar medicamentos continuamente para tratá-la. Os efeitos colaterais dos medicamentos estabilizadores do humor fazem com que muitos pacientes abandonem o tratamento.

O apoio familiar é de vital importância para um bom prognóstico da doença. A psicoeducação é também necessária para ajudar o paciente adquirir adesão ao tratamento.

A terapia cognitivo-comportamental no tratamento de pessoas que sofrem de transtorno bipolar é um coadjuvante muito valioso associado ao tratamento medicamentoso. As funções cognitivas podem estar comprometidas nas fases mais agudas de mania, hipomania ou depressão, por isso é mais indicado a psicoterapia nos períodos de melhora.

O tratamento psicoterapêutico ajuda a diminuir a frequência de novos episódios da doença e a frequência de hospitalizações assim como na busca de uma melhor qualidade de vida e bem estar pessoal.

Na psicoeducação o paciente irá entender esse transtorno e como afeta sua vida, busca auxiliá-lo a compreender o que ocorre consigo e levá-lo a se comprometer melhor com sua doença através de suas próprias experiências. No decorrer do tratamento, o paciente poderá entender os fatores desencadeantes - os gatilhos - que impulsionam a "virada" para a mania/hipomania ou depressão e favorece a prevenção de recaída a partir da percepção comportamental e emocional de seu auto monitoramento. Além disso a reestruturação cognitiva com o propósito de redução da autocrítica, sentimentos de culpa, inadequação, medo etc. oferece subsídios para a remissão dos sintomas depressivos e melhora nas relações interpessoais.

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Escrito por

Eliana Benedetti

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Comentários 1
  • Rosimeire Lima

    Quem devo procurar pra saber se tenho tab ou outro problema psicológico? Psicólogo ou psiquiatra?

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