Não ser mãe e ser feliz é possível!

Uma mulher só se sentirá completa quando for mãe, certo? Para o grupo das NoMo, a resposta é não! E os especialistas coincidem em que o mais importante é respeitar a sua individualidade.

10 MAI 2018 · Leitura: min.
Não ser mãe e ser feliz é possível!

Estamos em pleno século XXI e ainda continua sendo significativa a pressão social que as mulheres sofrem para ser mãe. Porém, a não maternidade - seja por escolha ou por questões biológicas, é uma tendência que vem crescendo em todos os países.

De acordo com uma investigação do Centro de Estudos Demográficos da Universidade Autônoma de Barcelona, 25% das mulheres nascidas nos anos 70 não terão filhos. As causas biológicas justificariam apenas 2% dos casos. Do total, 5% seria por decisão pessoal e um 18% por falta de condições financeiras e psicológicas.

No Brasil, cerca de 20% das famílias já são sem filhos. A porcentagem mais que dobra entre adultos jovens, com idades entre 25 e 34 anos. É incontestável a mudança sociológica que isso supõe, e nem sempre é fácil para quem decide romper com o paradigma.

Mulheres que priorizam sua carreira profissional, mulheres que são casadas ou têm um relacionamento sério, mas que simplesmente não desejam ser mães, mulheres que gostam de crianças, mas não se sentem seguras para assumir essa responsabilidade, mulheres que querem ser mães, porém simplesmente não conseguem engravidar...

Independente da caminhada, elas terão que escutar questionamentos sobre sua idade, sua solteirice, sobre estar ficando para "titia", sobre estar perdendo a oportunidade de viver o "milagre" da maternidade, sobre jamais saber o significado do amor verdadeiro antes de ter um filho ou ainda sobre o quanto está sendo egoísta.

Os danos emocionais que isso pode causar são significativos, já que nem sempre é possível encontrar uma válvula de escape para tanta cobrança.

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NoMo: o fim da maternidade compulsória

As mulheres que não desejam ter filhos não são uma "aberração", nem estão sozinhas. Aliás, trata-se de um coletivo cada vez mais numeroso e ativo, do qual fazem parte inúmeras personalidades conhecidas, como Oprah Winfrey, Cameron Diaz e Helen Mirren. Todas elas se declaram publicamente como integrantes do movimento NoMo (Not Mothers).

E o NoMo já não está restrito aos Estados Unidas, encontrando eco em inúmeras sociedades, o que serve para denotar a relevância dessa representatividade. É tão importante ter espaço para aquelas mulheres com instinto maternal e que anseiam ter um filho, como para todas as que vislumbram uma vida feliz sem filhos.

É o direito fundamental de escolha, que precisa ser respeitado. E mais: todos devemos compreender que uma mulher sem filhos não é menos mulher que uma mãe.

Respeite sua individualidade

Não é fácil sair ilesa da cobrança social. Exatamente por isso, muitas mulheres se cobram ser mães e se frustram quando não o conseguem, sem sequer haver refletido se isso era realmente algo que desejavam ou que simplesmente faziam na tentativa de encaixar.

Daí a importância de falar sobre o tema, com amigos, familiares, parceiros e, por que não, levar a questão para ser abordada durante uma terapia. O autoconhecimento e o respeito próprio são indispensáveis na hora de assumir sua escolha de vida e para estar preparada para lidar com as consequências da mesma.

De acordo com o professor de psicologia da Universidade de Havard, o grande equívoco seria acreditar que ter filhos é o que sustenta o caminho para a felicidade, porque não é. Ele relembra que a chance de pessoas com filhos terem depressão é maior que a daquelas que não têm filhos, sendo muitas vezes pode ser explicada pela construção de expectativas irreais.

Fotos: MundoPsicológos

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Comentários 2
  • Catarina sousa

    Eu amo não ter filhos , não ser mãe e neste momento nem penso e agradeço por não ter tido, sei que vai chocar muita gente a minha opiniao, mas ja estive gravida e perdi com tres meses de gestação aborto espontâneo, na altura fiquei sem chão prq era o meu sonho, tentei novamente e nao conseguia, apos uma videolaparascopia ( pequena cirurgia para visualizar a parte interna das trompas, utero e ovários) descobriuse que tinha as duas trompas obstruidas, e só com fertilização invitro que engravidaria, meu chão caiu mas uma vez, então fiz tres fiv( fertilização invitro) e nada embriões perfeitos foram ao todo 8 e nenhum se fixou . Acabei por deixar tudo na mão de Deus, prq estava cansada de tentativas e financeiramente ja não podia. Fiquei revoltada com tudo, prq meiu sonho talvez nunca aconteceria, mas pensei para Deus impossivel não existe. Mas com o tempo passando minha mente mudou totalmente, pensei no mundo que vivemos, sou morena clara e meu marido negão e não me vejo pór um filho nosso mum mundo tão preconceituoso que até nós como pais sofremos. No entanto tenho tempo para viajar, trabalhar, acabar minha licenciatura na faculdade, não tenho que me preocupar com o tempo e nem ter responsabilidade tão grande. Hoje por incrivel que pareça, aquela mulher que gastou e chorou sem parar prq queria um filho, prq a familia inpunha e as cunhadas criticavam por não ter filhos é feliz e se amam muito mesmo sem filhos e ja lá vão 20 anos. Ele também optou por aproveitar viajando nas ferias, trabalhando e sendo feliz. Mas deixem me dizer que caso um dia engravide eu jamais faria um aborto deixaria vir. Mas não é o que queremos mais ter filhos. E amo crianças , mas se nunca tiver nao faz mal, a felicidade não se resume apenas em ter filhos, é possivel ser feliz sim mesmo sem filhos e depois quem não tem sempre pode recorrer a adoção. Bjs e tudo de bom a todas as mães as que não são e as que querem que tenham logo seus lindos bebes....

  • Cláudia Leão

    Olá.Tmbem no mom. Amo minha vida.Amo crianças.Esse mundo é cruel.

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