Fobias: seriam todas elas reais?
É só fazer uma pesquisa na Internet para encontrar uma lista de fobias quase interminável. Mas é importante saber que nem todas elas estão comprovadas cientificamente. Saiba mais aqui.
Medo, tremor, nervosismo, ansiedade. A fobia pode ser caracterizada por vários sintomas, e ter distintos desencadeadores. Trata-se de uma emoção exagerada, que surge diante de situações que, não necessariamente, são consideradas perigosas.
Enquanto alguns têm fobia de dirigir, outros enfrentam o problema quando se encontram em lugares cheios ou vazios, ao chegar perto de certos animais ou em situações que precisam lidar com o fator altura.
Apesar de não haver uma explicação precisa e única para os quadros de fobia, psicólogos especializados no tema afirmam que o distúrbio normalmente está ligado a traumas e acontecimentos difíceis ocorridos no passado, os quais não foram devidamente solucionados. Questões genéticas também podem influenciar. Porém, será que todas as fobias são reais?
A resposta é não é tão simples assim. Essa lista interminável de fobia existe porque há pessoas que manifestam medo intenso diante dos fatores estressores listados. Porém, muitas classificações carecem de comprovação científica, não estando listadas na Classificação Internacional de Doenças e Problemas relacionados com a Saúde (CID).
Quer saber quais são elas? Confira a lista a seguir.
Fobias reconhecidas
As fobias fazem parte do grupo de transtornos relacionados à ansiedade. Normalmente, podem ser divididas em três grandes grupos: agorafobia, a fobia social e as fobias específicas.
A agorafobia se refere ao medo extremo de estar em lugares abertos e cheios de gente. Por isso, as pessoas com ess transtorno evitam ao máximo sair de casa. Quem tem esse tipo de fobia teme, na verdade, não poder sair do ambiente, o que acaba desencadeando um ataque de ansiedade ou de pânico.
A fobia social, como o próprio nome indica, se refere aos casos de medo extremo do convívio com o outro, especialmente pelo receio de ser julgado e de não alcançar a aprovação dos demais.
Nas fobias específicas, há cinco subcategorias, de acordo com o tipo de elemento que desencadeia o medo irracional: animais, ambiente natural, situacional, sangue/injeção/dano e outros. Alguns exemplos basyante conhecidos são:
- Aracnofobia: trata-se de uma fobia específica do tipo animal. É o medo extremo às aranhas e locais em que habitam. Pode interferir na escolha da moradia da pessoa e até nos passatempos, sempre para evitar o contato com o animal.
- Acrofobia: trata-se de uma fobia específica do tipo ambiente natural. A pessoa tem medo extremo a ambientes altos como sacadas, mirantes, montanhas, estradas elevadas, etc.
- Claustrofobia: trata-se de uma fobia específica do tipo situacional. É caracterizada pelo medo excessivo em permanecer em espaços pequenos ou fechados. Pode ocorrer em um elevador, em um carro, em túneis, etc.
- Aicmofobia: trata-se de uma fobia específica do tipo sangue/injeção/dano. É o medo extremo a agulhas, injeções ou qualquer objeto pontiagudo. A simples presença do objeto em um ambiente já é suficiente para desencadear os sintomas físicos e psicológicos.
- Coulrofobia: trata-se de uma fobia específica do tipo outros. É caracteriza pelo medo a palhaços, algo mais comum na infância, mas que também pode afetar adultos.
Fobias não comprovadas
Por outro lado, existe uma lista quase interminável de fobias que são relatadas, mas que ainda não foram comprovadas cientificamente, tais como:
- Tecnofobia: medo excessivo à tecnologia moderna. Ocorreria com pessoas que teriam receios em utilizar um caixa eletrônico, um computador ou que não confiariam em sistemas automáticos de um veículo, por exemplo.
- Estenofobia: seria o medo extremo de lugares ou coisas estreitas.
- Hodofobia: é creditado a pessoas que têm medo de viajar, de pegar a estrada. Poderia fazer parte da reconhecida amoxofobia.
- Oclofobia: medo de multidão. No entanto, esse tipo de fobia já é caracterizado pela agorafobia.
Tratamento para a fobia
Sem tratamento, a fobia pode se agravar, sendo responsável por ataques de pânico e uma série de prejuízos físicos e psiquícos. É recomendável que a pessoa busque auxílio na psicoterapia. Caso haja necessidade, o tratamento pode ser complementado pelo uso de medicamentos.
O primeiro passo é fazer uma avaliação e descobrir se a fobia tem relação com algum acontecimento do passado, assim como com outros fatores presentes no cotidiano. Cabe destacar que, se não tratada corretamente, a fobia pode, inclusive, levar a casos de depressão.
Fotos: por MundoPsicologos.com
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