Fobias e intervenções
Vamos falar um pouco sobre as fobias e como a psicoterapia pode contribuir para a melhora da qualidade de vida de quem está nesta condição.
A fobia é um medo persistente e irracional a um determinado estímulo que representa pouco ou nenhum perigo a pessoa, mas mesmo assim consegue provocar bastante ansiedade. Ela costuma ter uma longa duração, tendo reações físicas e psicológicas e assim comprometendo a qualidade de vida do indivíduo.
A pessoa fóbica gasta muita energia para evitar uma situação que a coloque à frente do que lhe causa este medo, gerando mais apreensão do que pode vir.
O organismo se afasta de dores reais. O neurótico se afasta de dores imaginárias e de emoções desagradáveis. Também evita assumir riscos razoáveis.
(John O Stevens - Isto É Gestalt)
É bom fazer uma ressalva que sentir ansiedade até certo nível é aceitável e é até natural. Assim como o medo que está conectado diretamente com nosso instinto de "Luta e Fuga" e por isso é muito útil para a nossa sobrevivência como espécie. Porém, a fobia não segue uma lógica racional, pois o que está ameaçando não apresenta um perigo real a pessoa.
Há diversas modalidades de fobias, desde o medo de interações sociais (fobia social), de lugares abertos (agorafobia) até o medo de animais, objetos e afins (fobia específicas).
Sintomas de Fobia
- Angustia
- Ansiedade intensa
- Desajustes intestinais
- Dificuldade para respirar
- Dor no peito
- Incapacidade de levar sua vida normal, devido um medo ilógico
- Não ter capacidade para controlar o medo
- Necessidade de fuga;
- Palidez
- Paralisação dos músculos das pernas
- Sensação de pânico, terror ou temor a uma situação ilógica.
- Sudorese
- Taquicardia
- Tremores nas mãos e/ou nos pés
A claustrofobia é uma projeção, no ambiente, da experiência de um mundo que é vivenciado como estreitado e opressivo.
(Fritz Perls - Ego, fome e agressão)
Exemplos de fobia específicas
- Acrofobia: medo de altura;
- Amaxofobia: medo de dirigir e dos desafios do trânsito;
- Aracnofobia: medo de aranhas;
- Bromidrofobia: medo de odores do corpo;
- Catsaridafobia: medo de baratas;
- Cinofobia: medo de cachorros;
- Claustrofobia: medo de lugares fechados;
- Deipnofobia: medo de jantar em grupo;
- Eisoptrofobia: medo de espelhos e de se olhar no espelho;
- Filemafobia: medo de beijar;
- Glossofobia: medo de falar em público;
- Hematofobia: medo de sangue;
- Isolofobia: medo mórbido da solidão,
- Lanchanofobia: medo de vegetais;
- Monofobia: medo de ficar sozinho;
- Nomofobia: medo de estar sem celular ou aparelhos eletrônicos no geral;
- Odontofobia: medo de dentista;
- Pogonofobia: medo por barbas;
- Quilofobia: medo de roedores;
- Rupofobia: medo de sujeira;
- Siderofobia: Medo de estrelas ou do céu estrelado;
- Tanatofobia: medo da morte;
- Uiofobia: medo dos próprios filhos
- Zoofobia: medo de animais.
Como tratar uma fobia
Uma maneira eficaz para se tratar uma fobia é modificando a relação emocional entre o indivíduo e o objeto fóbico. A psicoterapia pode promover esse trabalho ao propor um reprocessamento emocional das situações relacionadas a fobia, um treinamento para lidarem com suas ansiedades emergentes, contribuindo para que a pessoa enfrente o objeto fóbico de modo exponencial, podendo ser indicado até intervenções externas ao consultório (experienciação).
É preciso buscar uma tomada de consciência, das sensações e percepções diante deste medo irracional para poder se apropriar dele. Em alguns casos também será indicado a intervenção medicamentosa para equilibrar situações neurológicas.
As informações publicadas por MundoPsicologos.com não substituem em nenhum caso a relação entre o paciente e seu psicólogo. MundoPsicologos.com não faz apologia a nenhum tratamento específico, produto comercial ou serviço.
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Eu sofro muito com certas fobias.