Envelhecimento: os desafios da psicologia do idoso
Quase 30% da população brasileira será idosa até o ano de 2060. No caso da Psicologia, o desafio é formar profissionais preparados para lidar com esses idosos, suas problemáticas e entorno.
Quase 30% da população brasileira será idosa até o ano de 2060. Trata-se de um crescimento acelerado, que preocupa governos e entidades públicas, mas que já começa a afetar outros setores, entre eles o de serviços e o ensino superior, especialmente aqueles cursos que são ligados à área de saúde. No caso da Psicologia, o desafio é formar profissionais preparados para lidar com esses idosos, suas problemáticas e seu entorno, tanto no seio familiar como na realidade de uma casa de repouso.
O foco do trabalho se centraria nas transformações da vida, na aceitação de um quadro de internação, em promover posturas positivas para uma vivência equilibrada, tanto a nivel individual como em grupo. De todas as áreas da Psicologia, a que trabalha com o envelhecimento ainda é pouco explorada. O campo tende a se fortalecer como uma boa opção de saída ao mercado de trabalho, não somente com atendimentos em consultórios, mas também atuando diretamente nas políticas públicas, junto a empresas ou escolas.
De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2060, pelo menos 58 milhões de brasileiros terão 65 anos ou mais. Considerando os patamares atuais, em que cerca de 8% da população do país é idosa, significa um aumento de quase 240%. A expectativa média de vida também aumentará, saltando dos atuais 75 anos para 81 anos.
Instrumentos essenciais e processos
São inúmeras as possibilidades para abordar o envelhecimento de um indivíduo e trabalhar com o mesmo para o enfretamento de sua realidade. Muitos profissionais coincidem sobre a importância de se trabalhar a estimulação cognitiva - especialmente o tocante à memória, trabalhar princípios da orientação, promover e estimular a autonomia, lançando mão de jogos, testes, escalas e outros recursos.
Mas existe outro fator que não deve ser perdido de vista: a tendência global de prolongamento da vida produtiva dos homens e mulheres com mais de 60 anos. Ainda que os níveis no Brasil não sejam comparados aos de países como a Alemanha, onde atualmente 50% dos idosos continuam em atividade, a tendência é de aumento. Fatores como educação pesam (e muito) na hora de sustentar números positivos, porém a questão também passa por se fazer o que gosta. É para este ponto que devem ser dirigidos esforço e estímulo.
Foto (ordem de aparição): Faby Secomandi e Rodrigo Moraes (Flickr)
As informações publicadas por MundoPsicologos.com não substituem em nenhum caso a relação entre o paciente e seu psicólogo. MundoPsicologos.com não faz apologia a nenhum tratamento específico, produto comercial ou serviço.
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Olá mundo dos psicólogos curso psicologia e estou no segundo período do curso, gostei muito do assunto e gostaria de mais informações a respeito do tema, tendo em vista o excelente artigo que vocês fizeram, penso em fazer meu trabalho de conclusão de curso através, desse tema, pois acredito que seja muito viável para explanação, e bem pouco comentado cujo o tema não é tratado com grande exponenciação na sociedade de hoje. Procurei optar por esse tema também por que acredito que seja de mais fácil explanação, pois é um tema muito fácil de ser abordado sobretudo levando em conta a generalização do assunto no meio social de hoje, visto que não políticas públicas suficientes que atendam essa parte da população. Obrigado e aguardo resposta Att: John Kenedy Silva (egresso do curso de Psicologia, 2° período pela UFG (Universidade Federal de Goiás)
Olá, Rebeca. O artigo foi produzido pela equipe de conteúdos do portal MundoPsicologos.com e baseado em informações recentes do setor. Para informações do tipo que procura, sugerimos buscar núcleos de idosos em sua cidade ou mesmo ainda estudos de universidade. Atenciosamente, Equipe MundoPsicologos.com
Olá! Gostaria de saber quem escreveu este texto. Existe algum contato? Sou concluinte do curso de Psicologia e meu artigo será sobre a terceira idade, mais especificamente na promoção de autonomia (entendendo-se autonomia como a valorização, reconhecimento da singularidade do sujeito idoso) e tenho muito interesse em saber mais sobre esta segunda forma de trabalhar o envelhecimento de um indivíduo.
Sou psicóloga e realizo oficinas de Arte em Terapia, em Niterói/RJ, com idosos. É realmente é fantástico acompanhar os processos de autonomia que se desenlaçam, como indica a matéria! Infelizmente há ainda uma forte cultura de desqualificação da capacidade criativa e motora do idoso, mas podemos continuar lutando para isso mudar. Mesmo para aqueles que possuem algum comprometimento cognitivo ou locomotor, há sempre um modo de inventar outros movimentos e exercitar a autonomia! Isso pode ser tanto investido num acompanhamento individual quanto coletivo. Os efeitos são incríveis! :)