Envelhecimento: os desafios da psicologia do idoso

Quase 30% da população brasileira será idosa até o ano de 2060. No caso da Psicologia, o desafio é formar profissionais preparados para lidar com esses idosos, suas problemáticas e entorno.

13 MAI 2014 · Leitura: min.
Envelhecimento: os desafios da psicologia do idoso

Quase 30% da população brasileira será idosa até o ano de 2060. Trata-se de um crescimento acelerado, que preocupa governos e entidades públicas, mas que já começa a afetar outros setores, entre eles o de serviços e o ensino superior, especialmente aqueles cursos que são ligados à área de saúde. No caso da Psicologia, o desafio é formar profissionais preparados para lidar com esses idosos, suas problemáticas e seu entorno, tanto no seio familiar como na realidade de uma casa de repouso.

O foco do trabalho se centraria nas transformações da vida, na aceitação de um quadro de internação, em promover posturas positivas para uma vivência equilibrada, tanto a nivel individual como em grupo. De todas as áreas da Psicologia, a que trabalha com o envelhecimento ainda é pouco explorada. O campo tende a se fortalecer como uma boa opção de saída ao mercado de trabalho, não somente com atendimentos em consultórios, mas também atuando diretamente nas políticas públicas, junto a empresas ou escolas.

De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2060, pelo menos 58 milhões de brasileiros terão 65 anos ou mais. Considerando os patamares atuais, em que cerca de 8% da população do país é idosa, significa um aumento de quase 240%. A expectativa média de vida também aumentará, saltando dos atuais 75 anos para 81 anos.

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Instrumentos essenciais e processos

São inúmeras as possibilidades para abordar o envelhecimento de um indivíduo e trabalhar com o mesmo para o enfretamento de sua realidade. Muitos profissionais coincidem sobre a importância de se trabalhar a estimulação cognitiva - especialmente o tocante à memória, trabalhar princípios da orientação, promover e estimular a autonomia, lançando mão de jogos, testes, escalas e outros recursos.

Mas existe outro fator que não deve ser perdido de vista: a tendência global de prolongamento da vida produtiva dos homens e mulheres com mais de 60 anos. Ainda que os níveis no Brasil não sejam comparados aos de países como a Alemanha, onde atualmente 50% dos idosos continuam em atividade, a tendência é de aumento. Fatores como educação pesam (e muito) na hora de sustentar números positivos, porém a questão também passa por se fazer o que gosta. É para este ponto que devem ser dirigidos esforço e estímulo.

Foto (ordem de aparição): Faby Secomandi e Rodrigo Moraes (Flickr)

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Comentários 4
  • John Kenedy Silva de Souza

    Olá mundo dos psicólogos curso psicologia e estou no segundo período do curso, gostei muito do assunto e gostaria de mais informações a respeito do tema, tendo em vista o excelente artigo que vocês fizeram, penso em fazer meu trabalho de conclusão de curso através, desse tema, pois acredito que seja muito viável para explanação, e bem pouco comentado cujo o tema não é tratado com grande exponenciação na sociedade de hoje. Procurei optar por esse tema também por que acredito que seja de mais fácil explanação, pois é um tema muito fácil de ser abordado sobretudo levando em conta a generalização do assunto no meio social de hoje, visto que não políticas públicas suficientes que atendam essa parte da população. Obrigado e aguardo resposta Att: John Kenedy Silva (egresso do curso de Psicologia, 2° período pela UFG (Universidade Federal de Goiás)

  • Equipe MundoPsicologos.com

    Olá, Rebeca. O artigo foi produzido pela equipe de conteúdos do portal MundoPsicologos.com e baseado em informações recentes do setor. Para informações do tipo que procura, sugerimos buscar núcleos de idosos em sua cidade ou mesmo ainda estudos de universidade. Atenciosamente, Equipe MundoPsicologos.com

  • Rebeca Barros

    Olá! Gostaria de saber quem escreveu este texto. Existe algum contato? Sou concluinte do curso de Psicologia e meu artigo será sobre a terceira idade, mais especificamente na promoção de autonomia (entendendo-se autonomia como a valorização, reconhecimento da singularidade do sujeito idoso) e tenho muito interesse em saber mais sobre esta segunda forma de trabalhar o envelhecimento de um indivíduo.

  • Vanessa Monteiro Silva

    Sou psicóloga e realizo oficinas de Arte em Terapia, em Niterói/RJ, com idosos. É realmente é fantástico acompanhar os processos de autonomia que se desenlaçam, como indica a matéria! Infelizmente há ainda uma forte cultura de desqualificação da capacidade criativa e motora do idoso, mas podemos continuar lutando para isso mudar. Mesmo para aqueles que possuem algum comprometimento cognitivo ou locomotor, há sempre um modo de inventar outros movimentos e exercitar a autonomia! Isso pode ser tanto investido num acompanhamento individual quanto coletivo. Os efeitos são incríveis! :)

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