Namoramos a 7 anos, atualmente os dois com 25 anos, namoro que iniciou no começou da faculdade. Apesar do tempo de namoro, ainda não moramos juntos, estamos indo para essa fase de morar juntos, mudando de cidade e efetivamente virar marido e mulher. Mas as coisas não tem dado tão certo, divergências cada vez mais frequentes, ela acredita que não dou a devida atenção a ela e do meu lado acredito que faço um trabalho físico e mental diariamente para não ativar gatilhos nela, protegendo de algo (abuso sexual na infância), no meu ponto de vista está naquela de que só sinto falta daquilo que não me é suprido.
Alguns outros fatores, ela não quer ter filhos e eu não sei dar essa resposta em definitivo. Atualmente os dois fazem acompanhamento com a mesma psicóloga em separado, ela a dois anos e eu, quase um ano, ela provavelmente irá iniciar pela primeira vez uso de medicação por ter voltado com rebaixamento de humor muito grande e estarmos em uma fase de grandes mudanças, e só a mera perspectiva disso tem gerado grande ansiedade nela. Houve uma tentativa de suicídio com nicotina a uns dois anos.
Enfim, toda essa explicação porque confesso que não tenho a certeza se devo terminar, dar um contexto dentro do possível e provavelmente sei que ninguém pode me dar essa resposta. Mas a minha maior preocupação é eu terminar e por isso ela tentar contra a própria vida ou que isso afete ela de modo a entrar no fundo do posso, porque evito isso a 7 anos, em maior ou menor grau.
Tem uma grande expectativa dela em sair da casa dos pais e morarmos juntos, ato esse atrasado seguindo os preceitos normal da sociedade, isso sendo quebrado é um fator adicional a essa bola de neve. Me sinto traindo ela em relação a isso, da possibilidade de "última hora" isso não se realizar.
Mas sinto que as diferenças e esse peso tem ficado grande demais, somado com a sensação de que morarmos juntos, em outra cidade, longe dos nossos pais, não tem volta. Enfim 2, meu medo é terminar a relação e isso ser a causa de uma tragédia.
Agradeço de antemão. Se puderem dar opinião em algo, desculpa o texto gigante.
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18 SET 2023
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Marlon,
Muito bem exposto... o tempo de namoro é de conhecimento de um e de outro e o dever de cada um é também de analisar, resolver e curar traumas, conflitos, problemas individuais, antes de morar juntos, antes de casar porque tudo o que não é resolvido na esfera individual, depois e colocado cobre o outro... voce passa a ser a causa da infelicidade dela.
Como voces já estão fazendo Terapia, penso que já esteja claro o problema de cada um - a responsabilidade é de si mesmo.
A vida deu a liberdade e o poder de a cada momento fazer novas e melhores escolhas... cada um precisa gerir a si mesmo, ser si mesmo, ser artífice da sua vida e nunca colocar-se como vítima da situação; cada um é responsável pela sua realidade; consciente ou não, cada um é dono da sua vida ~ pode se tirar a existência se quiser... é responsabilidade de cada um.
Portanto, este medo de que ela pode comprometer a vida dela, precisa esclarecer que isso quem escolhe é ela; ela é responsável pela vida dela. Não assuma a responsabilidade por ela.
O resto é chantagem emocional que ela faz contigo; isso é irresponsabilidadecom a sua própria vida.
E se a psicoterapia não estiver resolvendo, mudem de terapeuta. a estas alturas já devia ter superado o problema.
E a medicação não vai ajudar a ela... só a torna mais dependente ainda.
Façam Psicoterapia
Abraços
Olá, Marlom.
Primeiro você precisa decidir se quer realmente terminar esta relação. Se decidir por fazer isso, então você pensa em como fazer isso de uma forma que ela fique minimamente bem, para não se sentir mal por isso. Todo fim de relacionamento é dolorido para ambos os lados, mas como cada um resolve a dor que sente não pode ser de responsabilidade do outro.
Se ela só consegue perceber o lado ruim das situações e atentou contra a vida, é importante que faça acompanhamento com um psiquiatra, é ele que poderá medicá-la e buscar o equilíbrio do humor dela, então sugiro que para evitar que ela tente novamente o que já fez, mesmo que permaneçam juntos, é ela buscar ajuda psiquiátrica, não dá para ficar sem medicação, uma pessoa que atentou contra a vida. É responsabilidade dela, e não sua se ela não quer tomar medicamentos e se cuidar.
Jane Assunção.
Olá Marlon! Obrigado por escrever. Relacionamento, morando juntos, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, exige que se tenha muita convicção. Relacionamento morando juntos envolve administração de duas culturas familiares diferentes, envolve filhos, envolve sociedade material. Não se pode combinar relacionamento sério sem a profunda convicção. De outro lado, você e ela estão inda uma profissional de Psicologia. Também, tanto você quanto ela, podem e devem contar com o apoio, opinião, respaldo de pessoas sensatas, maturas, confiáveis, do ciclo de amizade mais rica, de familiares.
Conte com eles.
Não sei se é o que está pensando ao escrever aqui. Pode ser que queira ver a linguagem, a abordagem de outro psicólogo.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
