Uma comunicação diferente para aprimorar a relação com pessoas

A maioria dos problemas entre as pessoas pode ser solucionada com uma maneira de comunicação clara, respeitosa e empática.

16 MAI 2017 · Leitura: min.
Uma comunicação diferente para aprimorar a relação com pessoas

Muitas dificuldades entre companheiros, pais e filhos, chefe e subordinado, vizinhos podem ser superadas ou amenizadas com a comunicação não-violenta. Essa é uma ferramenta simples e poderosa desenvolvida pelo psicólogo Marshall B. Rosenberg e difundida em vários países.

A comunicação não-violenta (CNV) apresenta uma maneira de nos expressar e de ouvir os outros que promove respeito e empatia. O processo da CNV possui quatro componentes:

  1. Observação;
  2. Sentimento;
  3. Necessidades;
  4. Pedido.

Em primeiro lugar, observamos o que está acontecendo em uma situação sem fazer nenhum julgamento ou avaliação. Assim, nos concentramos em apenas identificar o que nos agrada ou desagrada naquilo que o outro está dizendo ou fazendo, sem tecer críticas. Depois disso, reconhecemos como nos sentimos ao observar aquela ação: irritados, tristes, com medo etc. O terceiro passo é reconhecer quais de nossas necessidades estão conectadas a esses sentimentos.

Por exemplo, o marido poderia seguir esses três passos ao se comunicar com a esposa: "Juliana, quando você tenta conversar comigo durante o jogo de futebol, fico irritado, porque quero ficar atento a todos os momentos da partida".

Seguindo o modelo da CNV, ele continuaria com o quarto componente, fazendo um pedido específico: "Você poderia aguardar para conversar comigo quando terminar o primeiro tempo do jogo?". O pedido esclarece o que estamos querendo da outra pessoa.

Da mesma forma que expressamos esses quatro componentes com clareza, a CNV propõe que recebamos essas quatro informações dos outros. Buscamos tornar mais claro o que o outro está observando, sentindo e necessitando, em vez de dianosticar e julgar.

Por isso Marshall também se refere à comunicação não-violenta como "linguagem da compaixão". Compaixão não significa sentir piedade, como se o outro fosse impotente e menor que eu. Compaixão é o desejo de que o outro esteja livre de sofrimento. Nesse sentido, saber ouvir profundamente o que de fato está sendo dito pelo outro é uma forma de despertar nossa própria compaixão.

Nos próximos textos, vou apresentar algumas técnicas da CNV que facilitam a aplicação dessa forma de comunicação.

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Escrito por

Darlan Novaes de Queiroz

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