Doenças psicossomáticas: como reconhecer e tratar
O estresse faz parte da vida. No entanto, quando não colocamos limites em nossas preocupações e não controlamos nossa mente, podem surgir doenças psicossomáticas.
Acredito que você já tenha escutado ou até mesmo verbalizado algo do tipo "fui ao médico e ele disse que não era nada, mas continuo sentido esse incômodo!". "Sinto-me com dores no estômago, dores de cabeça, não consigo dormir, tenho pressão alta, não sei o que faço mais, pois vou ao médico e ele me manda de volta para casa". "Sou daquelas pessoas que vai há vários especialistas até descobrir o que estar acontecendo".
Enfim, são tantos questionamentos que a vida passa a ser cansativa. É uma infinita busca pelo equilíbrio físico, onde muitas vezes os prazeres são colocados em segundo plano.
Preste atenção aos sinais do corpo
O convite de hoje é para você perceber os sinais do corpo. É importante ressaltar a importância de não banalizá-los, no sentido de que nem tudo é só físico e nem tudo é só mental (emocional). A psicossomática é uma área de estudo que lida com os sintomas (queixas subjetivas) de maneira multifatorial, unindo corpo e mente para entender o desenvolvimento das doenças.
É importante entender que cada sinal e sintoma se manifesta de maneira diferente em cada pessoa, considerando história de vida, problemas estruturais instaurados no decorrer das experiências e histórico de morbidades na família.
Explico melhor. Ao lidar com uma situação difícil, devemos nos perguntar: quanto esta preocupação está tomando do meu tempo e prejudicando minha saúde? Minha vida está disfuncional, isto é, não funciona? Se você respondeu de forma sincera essas perguntas, parta para resolver a situação.
O diagnóstico e tratamento de doenças psicossomáticas é multidisciplinar. Por isso, busque inicialmente um médico especialista e realize um check up. Em seguida, busque um profissional de saúde mental (psicólogo) para te ajudar a encontrar a solução para seus problemas.
Estresse faz parte da vida
O agente estressor faz parte da vida. Episódios e fatores que nos geram tensão nos faz liberar hormônios do estresse, como por exemplo, cortisol e epinefrina. A grande questão é o quanto esse estresse pode estar tomando parte sua vida. Se o estresse dominou, busque ajuda! Você não precisa o adoecimento como parte de sua vida.
A título de informação, sobre o funcionamento cerebral, importantes estruturas, como a amídala cerebral (responde aos estímulos aversivos e estressores), o hipotálamo (responde a regulação neurovegetativa como sono, fome, temperatura) e o córtex cerebral (funciona no armazenamento de informações), sofrem alterações em seu funcionamento se estamos estressados, tensos ou preocupados. Assim, quando estas estruturas estão hiperfuncionantes, elas irão estimular a liberação na corrente sanguínea de glicocorticoides, epinefrina e cortisol - o que resultará numa disfunção hormonal e pode desencadear possíveis transtornos de humor, por exemplo.
Mesmo que você não compreenda como essa orquestra neurobiológica funciona é importante manter o autocontrole. Com possíveis alterações no estilo de vida (através de uma alimentação saudável, exercícios físicos ao ar livre, ingestão de água) é possível colocar limites em nossas preocupações.
Mas, para isso acontecer, você precisa se permitir a adaptar-se a cada momento, passo a passo. Como resultado, terá o organizar da vida, se livrar das situações de acúmulo, aprendendo a não assumir o desnecessário, se respeitando e se responsabilizando por suas escolhas.
Ter uma vida saudável começa por uma escolha.
Forte Abraço.
Por Sara Rodrigues, psicóloga inscrita no Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco
Fotos: MundoPsicologos.com
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