Como ajudar alguém diagnosticado com câncer

No Dia Mundial Contra o Câncer preparamos uma série de dicas sobre como acolher alguém querido que recebe o diagnóstico. Com amor e atitudes certas, é mais fácil superar essa fase.

2 FEV 2018 · Leitura: min.
Como ajudar alguém diagnosticado com câncer

Cada ano, mais de 14 milhões de pessoas são detectadas com câncer, 596 mil só no Brasil. Atualmente, a doença é responsável pela morte de 8,8 milhões de indivíduos no mundo por ano, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Devido à alta taxa de mortalidade, receber a notícia de um câncer é um baque tanto para o paciente quanto para pessoas próximas a ele.

Porém, apesar da tristeza e do medo do desconhecido que o diagnóstico provoca, o bem-estar e recuperação do paciente estão muito ligados à maneira como a família e amigos lidam com ele. E embora haja amor e boa vontade dessas pessoas em colaborar, nem sempre elas sabem como agir para minimizar o sofrimento de quem passa pelo problema.

No Dia Mundial Contra o Câncer, comemorado em quatro de fevereiro, preparamos algumas dicas valiosas sobre o que fazer (e o que não) para acolher e ajudar alguém que amamos a superar essa fase. Confira:

Dê tempo para a assimilação da doença

Após receber o diagnóstico, o doente precisa um de tempo para assimilar o que se passa e para se preparar psicologicamente para o tratamento. Nessa fase, choro e alterações de humor são normais. Mantenha-se presente, mas dê espaço à pessoa. No início há quem se feche e não queira falar sobre o que sente. Nesse caso, não pressione. Respeite suas necessidades e mostre-se apenas disposto a ouvir se ela quiser desabafar.

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Evite pesquisar sobre a doença no Google

Embora existam muitos sites confiáveis sobre câncer, há, na mesma medida, muita informação errada e alarmista na internet, o que pode gerar uma enorme confusão. Se quiser pesquisar, peça ao médico indicações de livros e portais sérios. Também é fundamental ter em mente que cada caso é um caso quando se fala em câncer. Somos diferentes e a doença se comporta de maneira imprevisível em cada um.

Não trate o doente como coitadinho

Por mais que a situação seja difícil, ter pena e tratar o doente como um coitado só fará com que ele se isole e se sinta pior. Vale ressaltar que não ter dó não é fingir que nada estar acontecendo. É reconhecer que é uma fase difícil, mas que a pessoa continua com a mesma essência, mesmo se o câncer provocar mudanças físicas e psicológicas.

Escute, escute, escute

Em muitas ocasiões o paciente só deseja alguém para desabafar. Evite dar conselhos que não forem pedidos, seja uma boa companhia e mostre que estará sempre ao seu lado. E quando a pessoa estiver mais quieta, respeite. Momentos de silêncio fazem parte e com certeza ela se sentirá tranquila apenas por tê-lo por perto. Lembre-se também que quem enfrenta um câncer não quer falar apenas sobre a doença. Elas continuam se interessando por seus temas favoritos.

Ajude-o a manter a autoestima

É comum a medicação provocar transformações físicas que mexem com o psicológico ­- como a perda de cabelo, ressecamento da pele, maior debilidade, perda ou ganho de peso, entre outros. Por isso é tão importante colaborar para que o paciente mantenha sua autoestima. Foi necessário raspar o cabelo? Você pode ajudar a pessoa a montar um novo visual com lenços diferentes, bijuterias ou outro adereço que a faça sentir-se melhor.

Seja espotâneo

Família e amigos devem buscar agir com espontaneidade. É normal demonstrar alegria quando há avanços no tratamento e tristeza se há retrocesso. Psiquiatras não recomendam chorar sempre escondido e parecer forte na frente do doente em todas as situações. Além disso, o paciente deve participar das conversas sobre seu caso clínico e tomar suas próprias decisões. Respeite suas decisões mesmo se não concordar com elas.

Se for preciso, busque ajuda de um psicólogi

Se perceber que não está conseguindo suportar situação, busque o aconselhamento de um terapeuta. O especialista te ajudará a compreender melhor essa fase e a lidar com o paciente. A terapia pode ainda ser benéfica para quem está em tratamento, desde que a pessoa queira fazê-la.

Foto: por MundoPsicologos.com

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