Porque uma paixão que é difícil de poder acontecer, se torna avassaladoura?
Tive um "relacionamento" com um homem 25 anos mais velho que eu. Um ano antes da gente se conhecer melhor, a gente ficou, na época não foi nada (conheci em um trabalho que fui fazer onde ele trabalhava). Dai então a gente se viu uma vez ou outra por ocasião de trabalho mesmo e nada mais. Mas, depois de um ano da primeira vez que ficamos, por ele estar na mesma rede da faculdade e do trabalho, acabamos ficando novamente. E dessa vez foi diferente. Ele fez questão de passar a me mandar mensagens todos os dias e me ver toda a semana. Foi algo bem intenso acho que para nós dois...paixão desenfreada e um certo sigilo social. Mas não demorou pra uma ou outra pessoa da nossa rede saber, fofoca é algo que se alastra. Não ligamos, mantivemos a descrição. No início da relação, ele foi maravilhoso e dava a entender que me queria. Chegou a falar que me amava bebâdo e comentava sóbrio sobre gostar de mim, estar apaixonado etc. Até que acabou, no quarto mês, quando as coisas foram ficando mais sérias e eu falei sobre relacionamento. Levei um puta de um ghostting na época (sem explicações). Fiquei arrasada por um tempo. Até que em 1,5 meses ele ressurgiu. Voltamos a conversar...mesmo naquele momento distantes. Eu de férias de janeiro e ele também. Sobre a tonalidade das conversas mesmo distante? Das mais variadas, todos os dias e com direito ao "bom dia, boa noite etc". Nossa relação voltou de novo a parecer um relacionamento. Depois desse tempo separados e distantes, ele me deu o segundo ghosting no carnaval (esperado de uma relação com ficante). Depois voltou em 2 semanas e me disse que queria relacionamento. Fomos ficando e ficanto. O tratamento ficou diferente, da paixão intensa, foi se tornando um início de amor e amizade e só melhorava. Ele parecia apaixodo e eu também. Amigos próximos, meus e dele sempre avaliaram que a gente se gostava. Até que não quis ser feita de boba novamente e falei de relacionamento (aqui já estava em 8 meses e era um grande medo meu ser enrolada e nunca assumida). Dai então, toquei no assunto relacionamento e pasmen: terceiro ghostting. No entanto, uma coisa peculiar da nossa relação era o tratamento de silêncio. Eu literalmente nunca sabia o que ele pensava. A não ser quando ele soltava uma redflag ou me iludia (acredito eu). Mas dessa vez eu insisti muito pra ele falar algo... em umas 3 conversas. Foi a primeira vez então em 9 meses que ele me disse que não queria relacionamento e me magoar. Foi a relação/paixão mais doida que tive no início da minha vida adulta aos vinte e poucos anos. Parecia relacionamento mas não era, o relacionamento era condicionado ao tempo dele (dias de me ver), me sentia pisando em ovos, me sentia sozinha dentro da relação (isso gradualmente), me via chorando muito e com dependência emocional. Da minha pequena rede de amizade e familiar: todos passaram a não apoiar as diversas atitudes infantis que ele tinha comigo. E pior: ele não me dizia não, mas também não me dizia sim por completo. Até hoje não entendo por completo o que aconteceu (principalmente porque fui silenciada muitas vezes). Só consegui sair dessa relação mesmo tendo o peito cortado, por amor próprio. E depois do meu sumiço ele ainda sim me procurou algumas vezes por mensagens, mas nunca falou sobre o que eu queria *relacionamento*. Tivemos uma recaída após 3 meses que eu sumi. Iamos voltar a se ver sempre, mas dai então nem ele nem eu quisemos. Não por falta de amor da minha parte, mas acredito que pela impossibilidade do que se tornou. Mas, ainda gosto dele e ele de mim pelo que fala.
