Suicídio: é preciso falar para mudar
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo. Primeiro passo para prevenção é falar sobre o tema
Suicídio é uma epidemia silenciosa. É um tabu. E quando falado é muito mal compreendido. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) estima-se que mais de 804 mil pessoas tenham se suicidado no mundo no ano de 2012.
Estamos falando de 1 caso a cada 40 segundos. O suicídio é um assunto bastante complexo e de difícil explicação já que envolve vários fatores, como: os pessoais, os sociais, os culturais, psicológicos, biológicos, ambientais e quiçá espirituais.
A própria OMS considera o tema como caso de saúde pública. É de comum acordo entre os profissionais da área da saúde, que tratam e se debruçam nesse tema, que a dor de viver é o que leva uma pessoa a cometer suicídio. E sem sombra de dúvida a Depressão é a principal causa do suicídio. O suicídio é democrático: qualquer um pode ser atingido: ricos ou pobres.
Número cresce entre mais jovens
Aqui convém chamar a atenção para a crescente mortes que vem ocorrendo entre os jovens na faixa etária de 15 a 29 anos. Outra questão importante é que para cada suicídio, há em torno de 6 pessoas que são diretamente impactadas e sofrem prejuízos emocionais e financeiros quando uma tragédia dessa vem acontecer.
E por último, mas sem dúvida o mais importante é que de 10 casos 9 poderiam ter sido evitados, caso os familiares, amigos, colegas, soubessem identificar os sinais que essas pessoas dão como forma de pedido de ajuda.
Nesse artigo, não vou me deter nas questões existenciais que estão ligados ao aumento de casos que vem atingido muitos adolescentes na fase da vida que deveria ser a de mais alegria, exuberância, criatividade e disposição. Meu principal objetivo é de chamar a atenção para os sinais e para a prevenção efetiva na prática.
Sinais de depressão, desesperança, desamparo e desespero estão presentes. Frases como: “eu não sirvo para nada", "eu tenho vontade de sumir", "minha vida não tem mais sentido" ou frases de ameaças são sinais clássicos de alguém que pode vir a cometer o suicídio. Outros dados como histórico familiar de suicídio, alteração brusca no comportamento, problemas com álcool e drogas em geral, são também indicativos de que existe uma propensão a essa ocorrência.
Estar atento aos sinais e escuta mais empática ajudam na prevenção
Estar atento a esses sinais mais clássicos podem nos ajudar a salvar vidas. Para isso precisamos estar presentes, tendo uma escuta mais empática e menos julgadora e, acima de tudo, acolher ao próximo com sentimento de fraternidade e se possível, amor
Há momentos em nossas vidas que o desespero e desesperança tomam conta, mas ter a confiança que se trata apenas de uma fase turbulenta e que depois da tempestade vem a bonança, vai depender exclusivamente de nossa fé na vida e em nossa capacidade de resiliência que precisa ser desenvolvida ao longo de nosso desenvolvimento cognitivo, sensório-motor, social e emocional.
Falar sobre o assunto, pedir ajuda a médicos, procurar por psicólogos, procurar por centros de apoios é fundamental para ajudar a passar por essa crise.
É preciso falar sobre esse assunto que ainda é um grande tabu. Enfrentando o preconceito com medidas eficazes, nossas chances de combater essa epidemia é muito grande. Mas ainda é preciso que os profissionais ligados à área da saúde e educação abracem essa causa. Aprendam a identificar e lidar com situações que vem ocorrendo cada vez mais. Além disso, é necessário realizar muitas campanhas de conscientização e divulgar as redes de apoio como os CAPS, Universidades, CVV (Centro de Valorização da Vida) e preparar líderes religiosos, já que a igreja, centros espiritas, budistas e tantos outros são considerados como fator de proteção.
O trabalho na prevenção do suicídio precisa ser constante e intenso. Já houveram muitos avanços, mas ainda precisamos trabalhar em prol da psicoeducação da humanidade. O mundo clama por saúde mental e emocional. Clama por bem-estar. Clama por (re)descobrir o sentido da vida. Que é sem dúvida o de Vvver.
E, para finalizar, vou enumerar uma lista de locais que podem ajudar no atendimento humanitário e profissional as famílias e pessoas que estão vivendo esse momento de desespero e desesperança.
- CVV – Centro de Valorização da Vida - www.cvv.org.br – Fone: 188.
- Em caso de risco de suicídio iminente, ligar para 190 ou 192 e solicitar atendimento.
- Programa RAISE - Profissionais Recomendados no atendimento a prevenção do Suicídio www.karinafukumitsu.com.br
Fontes:
Trigueiro, André, 1966 -Viver é a melhor opção: a prevenção do suicídio no Brasil e no mundo. – 5º edição
World Health Organization. Preventing suicide: a global imperative. Geneva: WHO, 2014 [acesso em: 20 agosto 2014]. Disponível aqui
Por Adriana Maximina, psicóloga inscrita no Conselho Regional de Psicologia de São Paulo
Fotos: MundoPsicologos.com
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Tentei suidicio a base de varios remedios, outra vez foo me cortando,tenho recaidas ainda