Sentimento de culpa, como trabalhar esta dor?

A história de Louise Hay. Estuprada aos cinco de idade continuou sofrendo abuso sexual até a adolescência.

20 FEV 2015 · Leitura: min.
Sentimento de culpa, como trabalhar esta dor?

Esturpada aos 5 anos de idade continuou sofrendo abuso sexual até a adolescência. Apesar das tentativas frustradas da mãe de dá-la em adoção conseguiu fugir de casa. Ainda na adolescência se tornou mãe.

Foi garconete, manequim, casou-se duas vezes, divorciou e se tornou conselheira religiosa, estudando na Maharishís International University, em Iowa, comecou a trabalhar como guia de meditação transcendental. Tornou-se ministra desenvolvendo seu próprio trabalho, editando o livro Cure o seu corpo, cujo conteúdo trata das questões metafísicas das doenças corporais. Ao descobrir que estava com câncer utilizou suas técnicas para ajudá-la no tratamento. Aos 70 anos é escritora mundialmente conhecida.

A essência do ensinamento de Hay é o amor que cada um deve ter por si mesmo e a dissipação da culpa, processo que, segundo ela torna o indivíduo mentalmente livre e fisicamente saudável.

Como na terapia cognitiva Hay vê no pensamento toda a potencialidade de mudança do indivíduo. Romper com pensamentos inassertivos, crenças limitadoras, vencer o medo e a culpa constroem comportamentos e acões saudáveis.

A raiz das doencas está ligada aos sentimentos de mágoa, raiva, ressentimento, revolta, ira, inveja, quando o indivíduo perdoa é o começo da cura. Perdoar muitas vezes a si mesmo e ao outro, mesmo quando esse dito "outro" não pede o perdão. O "outro" muitas vezes não percebe que causou algo por isso o perdão faz parte do agente que perdoa, e não o contrário do que se espera, que o outro peca perdão. Perdoar para se "curar". "Sr. perdoe, eles não sabem o que fazem", parafraseando Jesus na sua crucificação.

O que pensamos de nós mesmos? O que nos adoece?

Mudar os pensamentos, deixar para trás o que não faz sentido, ficar com o que realmente importa. Crenças fazem parte da moral ou de aprendizagens podem ser reorganizadas, refutadas, portanto ser ético consigo mesmo. A febre é somente um sintoma que nos leva a buscar conhecer qual é a doença, assim sendo a situação é somente o detonador de algo que estava latente dentro do indivíduo. Desencadeada a situação emerge o problema, mas ele já estava instalado, quieto ou atormentando, espiando o momento para (re)surgir.

Praticar o amor-próprio de maneira verdadeira e sentir-se merecedor de uma vida plena, feliz e próspera. Trabalhar a autoconfiança, auto estima lembrando que as pessoas são somente companheiras, ser feliz independe do outro, aprender a ser só. Companheiro de si mesmo.

Focar os fatos positivos mudando o olhar diante de si mesmo e da situação. "Um ponto de vista é somente a vista de um ponto", ser flexível, proativo, ao se deparar com o problema evitar ser reativo. O indivíduo proativo ocupa a posição de agente da ação, deixa o papel de vítima e busca soluções, percebe que focar no problema alimenta sentimentos negativos, adoece o corpo e a mente. Usar uma linguagem positiva, pensamentos positivos para se sentirem motivados.

Praticar a gratidão. O que posso fazer com o que vida me traz? Fazemos escolhas a cada momento, a vida é o resultado dessas escolhas, portanto ela nos devolve o que oferecemos a ela. Trabalhar a culpa como sinalizadora para o crescimento pessoal, usar o sentimento de culpa somente para refletir um comportamento e deixá-la para trás aceitando as limitações e imperfeições que cada um de nós carregamos, praticar a humildade.

Em seus livros e palestras Louise Hay insiste na premissa: "Pare de se criticar". O amor é o caminho para a cura, já dizia Freud.

Foto: por Khya (Flickr)

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Escrito por

Maria de Fátima Araújo Martins

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