Não sei ter, só me resta ser

Em um momento tão corrido e contido de pessoas ávidas por informações constantes, o conhecimento fica sobrepujado ao nível quase irreconhecível. A prevalência de alteração de valores é bem destacada e raramente desconhecida hoje em nossa sociedade. O possuir é observado como uma estima maior do que o sentimento de ser. De fato, o que acompanhamos são demasiados ditames ofertados pela força da influência do momento, ou seja, o que denominamos moda, espírito da atualidade. Qual nosso papel atuante diante de desafios que sempre nos convidam ao recorrente posicionamento como pessoa?

Quais dos dois aspectos, ser ou ter, me convoca, me orienta, me possibilita a ser o autor, ator e juíz da própria vida? A escolha em vivenciar entre o ser e o ter possui suas características distintas ao longo da vida, onde a consequência da mesma oferece desafios que irão auxiliar no desenvolvimento, ou não da pessoa, sempre tendo a oportunidade de avaliar sua forma de lidar com o progresso de sua existência.

A escolha também possui um fundamental papel, a partir do instante que a pessoa começa perceber como é sua constatação quanto ao o que é ser, e o que ter. O ser e o ter são possibilidades, oportunidades de existir, são escolhas propostas no desenvolvimento humano. Não são compulsórias, não dependem da sociedade, não são regras. Embora hoje compreendida como quase inevitável, ou mesmo mais fácil ou mesmo cômodo enxergar o ter como única alternativa mais plausível, o ser sempre foi primário e natural ao ser humano.

Antes de tudo somos ser, e depois, podemos agregar hábitos saudáveis do nível do ter. O ter não é desconsiderável, desde que não sufoque o mais nobre sentimento do homem: ser! A psicoterapia oferece possibilidades do perene desenvolvimento humano, do ser. A psicoterapia oferta caminhos alternativos que auxiliam em um processo pessoal, desafiante, contudo, permite o desenvolvimento sustentável e elementar. Permita conhecer-te. Seja!

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