Divórcio na terceira idade

Com a maior expectativa de vida do Brasileiro, assim como o maior acesso da mulher ao mercado de trabalho, o divórcio na terceira idade vem subindo acentuadamente.

2 AGO 2017 · Leitura: min.
Divórcio na terceira idade

Podemos pensar que metade das pessoas que se casam irão se divorciar em até sete anos de união. Mas o que estamos percebendo é que não só casais com pouco tempo de relacionamento estão divorciando-se. Está aumentando o número de divórcios já na terceira idade, o que não acontecia no passado, onde o casamento era "pra sempre".

Esta mudança está associada com a maior expectativa de vida e o maior acesso ao mercado de trabalho pela mulher, entre outros fatores. Se em um passado não muito distante mulheres eram criadas para gerenciar seus casamentos e cuidar da casa, atualmente estas mulheres refletem sobre outras perspectivas que podem vir a ter após separadas, além de perceberem que há muitos anos de vida pela frente.

Com a saída dos filhos de casa, o casal novamente se olha como um par, e não ditos do passado podem vir a tona, resultando no divórcio. Além disso, a "síndrome do ninho vazio", nome dado a tristeza profunda que abate pais e mães, mas em sua maioria mães, quando o último filho deixa a casa dos pais, soma a estresses que podem estar sendo vividos no âmbito matrimonial e a reflexões sobre o que se fez da vida até então e o que poderia ter sido feito de diferente, pode levar a uma depressão ou profunda angustia.

Nem sempre o divórcio pode ser visto como algo negativo na vida de um casal. Mesmo já na terceira idade, as pessoas podem recomeçar, se reorganizar e seguir suas vidas. É de suma importância o acolhimento familiar e o acompanhamento terapêutico, para que o recomeço possa ser feito a partir de reflexões com o passado, buscando um novo recomeço, sozinha (o) ou acompanhada (o). Cursos profissionalizantes, aulas em grupo, entre outros também são necessários para que o sujeito que divorciou-se na terceira idade não sinta-se a margem da sociedade.

Desta forma, é imprescindível o auto conhecimento, a busca por tarefas individuais, para que a família nuclear não seja a única fonte de prazer do sujeito.

Sempre há tempo de recomeçar, e é isto que se deve levar consigo. Se não está satisfeito no relacionamento, procure ajuda, converse. Se for o caso do divórcio, busque ajuda para que este momento delicado seja menos conturbado e recomece para ser feliz.

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Escrito por

Elisa Canellãs Lengler

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