Como reconhecer os sinais da violência econômica?

Apesar de ser pouco discutida, a violência econômica causa graves danos à liberdade da mulher, como também afeta o lado psicológico. Conheça os principais sinais e como reagir.

16 FEV 2018 · Leitura: min.
Como reconhecer os sinais da violência econômica?

Quando se fala em violência, principalmente de gênero, a primeira imagem que costuma vir à cabeça é a agressão física, o que não é à toa. O Brasil figura entre os 5 países que mais cometem femicídio no mundo.

Outro tipo de violência bastante comum é a psicológica, a qual normalmente gera problemas de autoestima, autoconfiança, stress, depressão, e ansiedade, por exemplo. No entanto, apesar de ser pouco comentada, existe outro tipo de violência, a qual também gera graves consequências: a econômica.

A violência econômica é caracterizada pelo abuso de poder cometido pelo cônjuge que possui maior autonomia financeira na relação. Se destacam casos de humilhação e chantagem, por exemplo.

Apesar da maior abertura de espaços para a mulher na sociedade, considerada ainda tímida, é comum que existam casais nos quais somente um dos parceiros trabalha. Desse modo, o cônjuge (normalmente o homem) se torna responsável pelos gastos financeiros do lar.

O problema é que, em algumas situações, o tal cônjuge passa a se sentir em uma posição superior, mais importante. Isso é o que o leva a tirar vantagem da situação por meio da violência econômica.

Como identificar a violência econômica?É importante ficar atento aos sinais da violência econômica, que pode ser identificada por diversos exemplos do dia a dia:

  • O parceiro costuma dar menos dinheiro do que o necessário para os custos cotidianos, como luz, água, gás, comida, entre outros;
  • Usa do poder financeiro para se vingar em algumas situações;
  • Se sente no direito de autorizar ou não a mulher a comprar o que quer ou necessita;
  • Exige comprovantes das contas da casa ou pessoais;
  • Faz compras no nome da companheira mesmo contra a vontade dela;
  • Exige as senhas de cartões de crédito e de débito;
  • Não revela o quanto recebe de salário;
  • Controla o dinheiro que a mulher ganha;
  • Reage danificando objetos de valor da mulher;
  • Desvaloriza o trabalho doméstico;

Como reagir à violência econômica?

Como explicam psicólogos, a violência econômica também é responsável por causar problemas psicológicos. Entre outras razões, costuma ocorrer quando o homem se sente ameaçado pela liberdade da companheira. Em função disso, começa a exigir que ela deixe de lado o trabalho, os estudos, e a vida social em geral, o que a deixa totalmente dependente dele.

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O caminho, afirmam psicólogos, é jamais renunciar às individualidades e liberdades a pedido ou exigência do companheiro. Isso garante a possibilidade de estabelecer relações igualitárias e equilibradas.

Também é importante não deixar que os sentimentos permitam os atos de violência econômica. Conversar com o companheiro e deixar a situação clara é fundamental. Além disso, uma alternativa importante é buscar a terapia de casal. Por meio do tratamento é possível entender o que está por trás da violência econômica, assim como encontrar maneiras de eliminá-las e garantir o equilíbrio e futuro da relação.

Cabe destacar ainda que a violência econômica é uma das agressões contra a mulher prevista na Lei Maria da Penha, o que faz com que possa ser denunciada. Expor a situação para a família e amigos próximos também é importante para evitar que a situação se agrave e gere danos ainda maiores.

Fotos: MundoPsicologos.com

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