Dia do Rock: ícones com transtornos psicológicos

Por trás de algumas ações consideradas extremas por parte de muitas lendas do rock, estão escondidos problemas psicológicos como depressão, esquizofrenia, bulimia e vício em drogas.

12 JUL 2016 · Leitura: min.
Dia do Rock: ícones com transtornos psicológicos

I know, it's only rock 'n'roll, but I like it. Assim já cantavam os Rolling Stones, em 1974, no álbum It's only Rock 'n' Roll. Certo é que, gostando-se ou não do estilo, o rock é um tipo de música que ultrapassa gerações. Quer um exemplo? Beatles é uma banda que acabou há 47 anos, mas que ganha novos fãs todos os dias.

Independente de ser fã ou não do estilo, pare um momento e pense: qual é a primeira imagem que lhe vem à mente quando se fala em ícones do rock? Para muitos, é consumo de drogas e uma vida sem limites. Você concorda? Precisamos destacar que é inegável em muitos casos, já que são vários os exemplos de músicos que morreram em decorrência de overdoses.

No entanto, você sabia que muitos deles sofriam também com transtornos psicológicos,antes mesmo do vício em drogas? Não? Então vamos dar uma olhada em alguns casos que selecionamos para recordar o Dia Mundial do Rock, celebrado no dia 13 de julho.

Kurt Cobain

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Ídolo de uma geração e ícone do movimento grunge nos anos 90, o cantor sofria com déficit de atenção na infância, sendo medicado na época para controlar seu "comportamento hiperativo". Já na vida adulta, foi diagnosticado com transtorno bipolar.

Sua infância foi marcada por muitos conflitos, dentro e fora da família. Na escola, enfrentava bullying por ter um amigo homossexual. Viveu uma vida intensa e desregrada. Antes de se suicidar, aos 27 anos, em 1994, Kurt tinha depressão e era viciado em cocaína e heroína.

Amy Winehouse

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Infelizmente, a imagem da cantora estava sempre associada ao consumo de álcool e drogas. Sua morte em 2011, aos 27 anos, foi justificada por uma overdose. No entanto, pouca gente sabe que Amy, considerada um das melhores vozes surgidas nos últimos tempos, sofria com bulimia desde os 17 anos.

O transtorno alimentar entrou com força na sua vida e foi mudando sua figura. Mais tarde, a cantora passou a enfrentar um distúrbio chamado de drunkorexia, um termo inglês para definir a associação entre álcool e anorexia. Trata-se de inibir a vontade de comer por meio da ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.

Brian Wilson

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Considerado um dos maiores gênios da música ainda vivo, o líder da banda estadunidense The Beach Boys convivia com crises nervosas desde jovem, ainda nos anos 60. Já nos anos 80, foi diagnosticado com esquizofrenia, tendo delírios constantes e alucinações.

Os distúrbios mentais, associados ao consumo de droga, prejudicaram sua carreira. Depois de alguns tratamentos, inclusive com acompanhamento psicológico, o cantor retornou e produziu materiais aclamados por fãs dos quatro cantos do mundo.

Elton John

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Nos anos 90, o cantor inglês, um dos músicos mais premiados e reconhecidos no mundo, assumiu publicamente ter sofrido de bulimia por 16 anos. Além disso, fazia uso abusivo de cocaína, o que quase acabou com a sua carreira.

Alannis Morissette

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A cantora canadense foi um dos maiores sucessos da música nos anos 90, tendo feito, inclusive, participações no cinema. No entanto, sua depressão se intensificou em 2010, ao ter seu primeiro filho. Em função disso, ficou afastada da música por um tempo.

Mais tarde, ela assumiu publicamente o problema e disse ter esperado tempo demais para pedir ajuda. Por isso, usa sua história de vida para fazer um apelo a todas as mães que estejam em situações parecidas, que dêem o passo de pedir ajuda.

Porém, a depressão não é o único problema psicológico da trajetória da cantora, que também sofreu de anorexia e bulimia na adolescência. Hoje, Alannis mantém um estilo de vida saudável, que inclui corridas e até participações em maratonas.

Renato Russo

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Muitos foram (e ainda são) os adolescentes que buscaram nas letras da Legião Urbana uma forma de expressar seus sentimentos. Considerado um dos melhores compositores brasileiros, Renato Russo, o vocalista da banda, sofria com depressão, um quadro que se agravou ao descobrir que era portador de Aids, no fim dos anos 80.

Ao falecer, em 1994, aos 36 anos, Renato pesava pouco mais de 40 kg, especialmente por ter anorexia, o que o deixou ainda mais debilitado.

Rita Lee

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Tida como a rainha do rock nacional, Rita também teve seus momentos de vício extremo em drogas. Diz ter parado completamente somente quando nasceu sua neta. Além disso, nos últimos anos, descobriu sofrer com transtorno bipolar e, atualmente, faz acompanhamentos psicoterapêuticos.

Chorão

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Ao contrário de Rita Lee, o vocalista não conseguiu controlar o vício e chegou ao limite: uma overdose de cocaína em 2013, aos 42 anos. Familiares dizem que o consumo aumentou a partir 2005, com o fim da formação original do Charlie Bronw Jr.

A lista cabe muitos mais nomes, tais como Cazuza, Ray Davies (The Kinks), a cantora irlandesa Sinéad O'Coonor e Axl Rose, por exemplo, que sofriam, ou ainda sofrem, com transtorno bipolar.

No entanto, é preciso lembrar que distúrbios psicológicos não são exclusividade de famosos, pelo contrário. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 10% da população global sofre com algum distúrbio psíquico, o que significa cerca de 20 milhões de brasileiros.

Os famosos ganham mais destaque justamente por estar em evidência. Entretanto, as consequências podem ser as mesmas na vida de qualquer um de nós. Por isso, é muito importante buscar ajuda psicológica e contar com o apoio da família em momentos assim. Rita Lee, que foi citada no texto, afirma que o apoio familiar foi fundamental para mudar a rotina.

Fotos (ordem de aparição): por Edgar de Brito (Flickr) e divulgação

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Comentários 1
  • Célio Azevedo

    Renato Russo faleceu em 1996, não em 1994, como é dito na reportagem. Em 1994, estava muito bem ainda, apesar de ser soropositivo. Estava gravando o seu primeiro álbum solo, em inglês, "The Stonewall Celebration Concert".

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