Abuso sexual infantil: veja as melhores formas de prevenção contra essa violência

Qual relação entre abusos sexuais e a educação sexual infantil? A violência com crianças e adolescentes é uma triste realidade, neste artigo você aprender proteger seu filho contra isso.

19 AGO 2020 · Leitura: min.
Abuso sexual infantil: veja as melhores formas de prevenção contra essa violência

A infância, é a faixa etária que vai do nascimento à puberdade. Você sabe distinguir bem essas fases? A infância é o período que vai desde o nascimento até os 12 anos. A Puberdade é o período de transição entre a infância e a fase adulta e acontece em entre os 8 e 14 anos. Essa fase requer cuidados, afeto, carinho, acolhimento, proteção e segurança.

Entre os tipos diferentes de violência, a mais frequentes são a negligência, seguida pela violência física, a sexual e a psicológica. A cada dia acompanhamos um certo aumento no número de casos de violência infantil, segundo os dados epidemiológicos mundiais e brasileiros.

Podemos entender por abuso infantil, ou maus-tratos infantis, toda forma de violência física e/ou emocional/psicológica, maus tratos, negligência ou tratamento negligente, exploração comercial, sexual ou outro tipo de exploração, resultando em dano real ou potencial à saúde física ou emocional, sobrevivência, desenvolvimento ou dignidade da criança.

Uma importante ressalva a violência sexual não se configura somente quando existe penetração. Ela pode ocorrer através de carícias pelo corpo, ainda que seja em por cima de roupas, toques e manipulação de genitais.

Então agora vamos a pergunta central deste artigo, como podemos prevenir nossas crianças.

O primeiro ponto que deve ressaltar aqui, é que a melhor prevenção é a educação; todo indivíduo que obtém conhecimento sai do âmbito do desconhecimento, e este talvez seja a maior cilada, quando falamos em abusos sexuais infantis; por que os abusadores não são a sua maioria pessoas estranhas, aliás estáticas apontas que 70% do casos são cometidos no seio familiar. Então aí já temos uma grande fenda aberta. Os diálogos são sedutores, e sempre acompanhados de "promessas carinhosas" e/ou "chantagens das mais variadas e amedrontadoras". Então aqui já temos uma importante ação;

Vamos as formas de prevenção:

- Tenha comunicação assertiva, para que a criança lhe traga sempre a verdade, esclareça, os limites permitido, entre adultos e crianças; que nenhum adulto tem o direito de constranger, intimidar e fazer qualquer coisa no seu corpo que ele se sinta desconfortável, explique que seu corpo é algo intimo que não existe brincadeiras no corpo, seja com pessoas da família ou estranhos;

- Fale abertamente o nome dos órgãos genitais, essa é uma falha comum entre as famílias, criar apelidos, por conta de "vergonha" para os órgãos genitais, é preciso que as crianças criem intimidades com todo seu corpo desde pequenos, sendo assim incentive seu filho a verbalizar os nomes corretamente: vagina, vulva pênis e ânus;

- Esteja com a sua própria sexualidade bem resolvida, a sexualidade dos pais são muitas vezes fatores inibidores, para o estabelecimento de uma relação aberta e clara com os filhos, e com isso temos grandes chances de padrões se repetirem, tanto padrões de repressões como bloqueios na vida sexual; Mulheres violentadas na infância podem assumir um comportamento neurótico com seus filhos, principalmente quando eles são pequenos, o que também pode prejudicar; fatores religiosos também podem inibir a livre expressão da sexualidade do pessoal.

- O momento certo de conversar com crianças da sexualidade, A sexualidade é desenvolvida desde a concepção através do toque, o sugar, o cuidar, é através dos órgãos sensoriais que vamos entrando em contato com a sexualidade. Devemos nos atentar ao interesse e curiosidades dos filhos conforme sua idade, e ir respondendo à medida que surgir as perguntas. Devemos conversar sobre sexo com adolescentes; crianças não tem interesse sem sexo, a erotização é algo criado pelos adultos.

- Fique atenta aos comportamentos, se atente as mudanças de comportamentos que antes não existiam, como por exemplo o rendimento escolar, adoecimentos frequentes; distúrbios de sono; distúrbios alimentares; problemas urinários; pode apresentar gagueiras entre outros problemas emocionais; as recusas de receber visitas também podem ser um ponto de observação.

Este é o período de desenvolvimento mais importante na vida de qualquer ser humano, os resultados sejam eles positivos ou negativos das experiencias vividas neste ciclo irão repercutir no desenvolvimento cognitivo, emocional, físico e psicológico e na vida sexual afetiva, os impactos poderão comprometer todas as áreas de sua vida, se tornando um adulto infeliz e com baixa autoestima entre outros transtornos emocionais.

Não deixe seu filho vulnerável, é preciso romper esse silencio, para podermos acolher as dores das pessoas que sofrem sozinhas, com o peso da culpa, e ajuda-las a ressignifcar esses traumas. Escolha sempre acreditar em seu filho(a), onde há fumaça há fogo, não permita que as vítimas de violência sejam desacreditadas ao relatarem o que sofreram.Oriente, o abuso tem impactos na saúde física e mental, deixando marcas em seu desenvolvimento psicossocial, caso tenha dificuldades procure um psicólogo ou terapeuta sexual, que é profissional mais capacitado para lhe ajudar.

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Escrito por

Eliane Santos Rosa

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Comentários 2
  • ADRIANA ANDERSEN

    Excelente artigo! Importante todo esse esclarecimento!

  • JENIFFER BRITO

    Eu gostei muito dessa abordagem! A educação sexual deve ser levada pra casa, antes que seja descoberta na rua de formas terríveis muitas vezes... Parabéns Eliane! Artigo excelente e muito pertinente diante dos últimos acontecimentos.

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