Sou casada a 22 anos. Temos dois meninos de 19 e 15 anos. Casei muito cedo por pressão religiosa, sempre vivemos "bem", no entanto de uns 4 anos pra cá comecei a me dar conta que o amor que sinto pelo meus esposo foi se tornando apenas fraterno. Amo ele como pessoa, como pai dos meus filhos e como amigo. Tive anos de negação de que meu sentimento por ele já não era o mesmo, tentei reacender este sentimento por todos esses anos e somente nos últimos 8 meses criei coragem para conversarmos. Decidimos tentar mais um pouco, pois ele diz me amar muito ainda, e acredito nisso. No entanto ele não faz nada de diferente para mudar isso. Estou muito infeliz e nos últimos dias pedi um tempo para organizar meus sentimentos, mas ele não aceita. Já deu a entender até que fará "uma besteira" se eu for embora. Infelizmente ele tem uma dependência muito grande de mim, sou eu quem resolve e faz tudo, as vezes parece que sou a mãe dele. Vejo que este é um dos motivos que ele reluta tanto em nos separar.
Hoje tenho 36 anos, não quero esta situação para o resto da vida. Ando tão angustiada. Já não consigo dormir nem comer direito. Faço tratamento para depressão a 6 anos e mesmo com a medicação sinto que estou piorando a cada dia. Ele não aceita terapia de casal. Já não sei o que fazer mais
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18 AGO 2020
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Entendo que seja uma situação muito complexa e não poderia ser leviana e dizer para você largar tudo e separar, no entanto, não é justo com você, filhos e marido viverem assim. Você já vem pagando um preço bem alto ao ter ficado deprimida devido a essa situação. Sugiro que vocês fizessem terapia de família não apenas e de casal para que todos os integrantes da família pudessem falar suas sensaçoes dessa organização familiar. E também indicaria a sua própria terapia, afinal de contas quem está mais atingida por toda essa desordem emocional é você. Nesse momento não poderíamos fazer a terapia de família mas você é seu marido poderiam fazer mesmo que de forma individual. Isso poderia dar uma nova orientação ao casal. Mas não acho que você deva se colocar nessa situação de “mãe” dele. Seu papel e outro.
18 AGO 2020
· Esta resposta foi útil a 1 pessoas
Olá Fernanda se desvencilhar de um dependente emocioanl não é fácil, e realmente nao existe regra ou medicamentos que sejam capazes isolamente de te ajudar a achar uma saída. Comece sua terapia, nela você vai encontrar forças e saídas qie ja existem dentro de você, mas que precisam de um "empurrãozinho" para ser encontrada. Lembre-se sua saúde mental sempre deve ser PRIORIDADE e ela é possível acredite!
Um grandr abraço, espero de coração que essa fase vire passado e você se abra a novas possibilidades.
18 AGO 2020
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Ola, já pensou sobre as razões que te fazem ficar nesse lugar de "mãe" de seu esposo?, o que te leva a ter dificuldade em tomar decisões quanto a seu casamento? Antes havia uma pressão religiosa e hoje? qual é a pressão existente? Vocês já conversaram, ele não mudou , ok... e você? ainda não mudou por que? não se trata necessariamente de se separar mas sim de você ser cada vez dona de si mesma. Nesse sentido a psicoterapia pode lhe ajudar bastante inclusive auxiliando no tratamento da depressão que você citou. Um abraço e melhoras!!!
18 AGO 2020
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Fernanda, sou Geime Rozanski - Psicoterapeuta.
Você precisa de Psicoterapia e não de medicamentos.
Precisa resolver-se a si mesma, precisa resolver a tua dependência afetiva (casou porque a religião mandou).
Voce não precisa disso. Se na época foi obrigada, agora pode rever esta posição.
Teu marido precisa resolver a dependência para contigo.
Talvez, para ambos, não exista amor, exista dependência: voce da religião e ele contigo.
Resolver estas coisas são muito mais importante agora do que pensar em separação.
Talvez a separação nem aconteça com o desenvolvimento de voces como pessoas autônomas.
A carência interna não depende de outros e sim de si mesmo.
Podem sim investir na Psicoterapia de casal!
18 AGO 2020
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Olá Fernanda! Grato por participar. Sendo você casada faz vinte e dois anos, contando com trinta e seis anos de idade, casou-se aos quatorze anos. É isso? Idade insuficiente para decidir casamento. Algo já acontecido. Como é o próximo projeto de vida seu? Você, segundo seu relato, casou-se por pressão religiosa, não pode se separar e iniciar outro caminho por pressões, sejam elas externas, sejam elas da ansiedade, sejam elas o que você chamou de depressão. De outro lado, será preciso ponderar, além da questão do teu marido, tua rotina de vida, a perspectiva dos seus filhos. Você está fazendo a psicoterapia individual? Será que a mudança que você espera no seu marido será possível? Quais são os outros vínculos (familiares, lazer, esportes, amizades) que poderão ajudar vocês a viver a transição para a sua desejada separação? A questão essencial é você organizar a harmonia interna.
Será importante você trabalhar essa questão, de forma profunda e detalhada com seu psicólogo.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia, sejamos razoáveis: amor, solidariedade, ética e Ciência!)