Problemas internos

Feita por >Marina · 28 jul 2020 Depressão

Tenho 21 anos , sempre chamei a atenção de todos, sorridente e muito simpática. A minha vontade de viver era de invejar qualquer pessoa... rodeada de pessoas, baladas, homens, tentei diversas faculdades mas nunca me encontrei me achava nova pra isso, haveria tempo. Há alguns anos as coisas foram mudando, perdi o meu brilho (me perdi) a vida foi perdendo o gosto, eu precisava de mais, mais verdade, mais amigos reais, de uma vida mais saudável de amores reais e não rasos... desgostosa de tudo minha situação financeira afundou-se, perdi a minha essência eu não era mais aquela garota que conseguia sorrir com pouco, rumo a depressão, cai do penhasco com tudo.... tão nova, tão vazia, tão incapaz de tudo! Incapaz até mesmo de ter uma “família” aquelas famílias lindas que se amam e se respeitam, aquelas famílias que te impulsionam a ser melhores, a minha não, super doentio e fracassada, me vi e me vejo hoje como eles, tive depressão há exatos 2 anos; suicidios, ansiolíticos, bulimia, síndromes eu não me reconhecia mais. No início da pandemia prometi usar tudo ao meu favor, não suportava mais viver aquela dor, mandei ela ir embora me levantei e prometi para mim que tentaria mais uma vez, comecei a estudar para uma prova de um cargo público e aquilo me alimentou por diversos meses, eu era viva, eu acreditava em mim, eu me admirava é aquilo bastava. Eu iria passar, eu iria conseguir!
Mudei as minhas roupas, meu jeito de falar e andar não era mais os mesmos, eu me amava, amava me ver tentando lutar e lutando pelo meu sonho de seguir aquela carreira, isso me dava forças pra viver! Eu tinha exatos 4 meses para estudar para aquela prova e entrei em um tecnólogo de 12 meses era o tempo exato para terminar e ser chamada.
E então realmente achei que, a minha Mãe se orgulharia daquilo já que, moramos juntas e ela sempre acompanhou a minha depressão de perto! A maldita então só me prejudicou, inventou de mudar de casa (onde morávamos era um apartamento) com a proposta de que seria melhor para mim, lugar grande para estudar até lá! O que também era uma cidade longe da minha atual (onde eu não teria tantas lembranças ruins e tristes) ela começou então a beber muito, o que ela sempre fez, mas não com tanta frequência quanto a nova casa, pelo fato de ser grande se sentia na liberdade de chamar os parentes e fazer as farras que convém. Me atrapalhou, eu sempre achei 4 meses muito pouco para uma prova, não perdia tempo segunda há segunda eu estava lá! Firme! Mas dessa vez não mais.... cerveja, família (alcoólatra), barulho, música alta, vocabulário sujo! Pessoas sem sonhos! Imundas de espírito! Eu não queria ser assim, engolia seco, recuei. Aguentei mas, eu já estava me perdendo novamente... percebi então que tanto faz, tanto faz quem eu era, quem eu fui e o que eu queria ser, ninguém se importava! Ninguém acreditava em mim! Ninguém me apoiava também! Cheguei a ouvir “ faça outra coisa, essa prova vai ser muito difícil, você não vai passar.” Tentei continuar, eu não tinha amigos, eu não tinha ninguém ao meu lado e também não tinha ninguém que acreditasse em mim isso foi me envenenando. E então nesse sábado decidir chamar uma colega de faculdade para me fazer companhia, eu precisava de alguém. Na madrugada minha Mãe chegou com minha Tia embriagadas, esse episódio sempre foi normal para mim, mas há alguns meses ele passou a me torturar e ser um episódio contínuo, já fazia parte da minha rotina árdua. Minha Mãe sempre teve a mania de me odiar;sempre fez as pessoas (amigos ou namorados) se sentirem mal com a sua presença, ela nunca se importou se aquelas pessoas me fariam bem, se ela não estivesse em um dia bom certamente ela não queria aquela pessoa ali e sempre me tratava mal e fazia com que o ambiente ficasse mais horrível ainda, e por fim, eu acabava sozinha novamente.
Mas dessa vez eu estava cansada, chagaram fazendo barulho as 03 da manhã, tanto faz se tinha alguém ali ou não, e então, começaram-se as provocações;xingamentos, repulsão, ódio, eu nunca consegui entender. Me aguentei até onde pude, mas disse a minha amiga que se eu me levantasse não sei o que seria capaz de fazer, eu estava esgotada, me sentir mal, sei que qualquer pessoa sentiria vergonha da situação eu tinha uma visita, mas não eu, não sentir vergonha, essa era a minha verdade, essa era a minha família e a única certeza que eu tinha é que eu não queria acabar daquela maneira. Minha mãe chegou a xingar a minha amiga, e então, eu levantei e surtei! A Marina depressiva DESPERTOU! EU VOLTEI! Quebrei a casa toda! Eu quebrei TUDO! TUDO! Cuspir na cara dela! Depois disso tudo, escrevo deitada ao meu quarto, sem esperanças, sem vontade de fazer nada. Eu simplesmente odeio-me, eu voltei. Ontem, tentei suicidio, mas recuei e pedi ajuda no 188! Estou procurando um aluguel para eu e meu cãozinho... mas, acho que vou ficar aqui mesmo nessa casa enorme apenas com os móveis do meu quarto. Não consigo me levantar há dias, meus sonhos morreram e automaticamente eu morri com eles. Não tenho mais vontade de nada. Estou deitada esperando a morte chegar, a coragem de suicidar-se uma hora tem que ser maior e me dominar. Sigo a sua espera.

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A melhor resposta 4 AGO 2020

Marina tudo bem?

Busque um psicólogo, hoje com a pandemia a maior parte estão atendendo on-line com facilidade para todos, primeiro se descubra, tenho certeza que irá encontrar uma resposta!
Psicologa Natalia Martins

Natalia Martins Psicólogo em São Paulo

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30 JUL 2020

Olá Marina,
Primordialmente quero elogiar a sua coragem por ter escrito toda sua experiencia sobre a sua depressão e como sua rede familiar se localiza nesse processo de tratamento. As nossas experiencias de vida nos moldam nos caminhos ao qual seguimos ao longo da vida, e isso também reflete em nosso contexto de doença, desde para agrava ou para melhor esse processo. A terapia nesse caso especifico, devido a depressão, é essencial para o processo de tratamento e igualmente como o conflito familiar, auxiliando com técnicas para que você compreenda melhor sua vida e reconheça os gatilhos que te fazem ter as crises; e como modificar esse ciclo (os conflitos familiares), que nem a consolidação da sua autoestima com atitudes como autorrespeito,autoaceitação e autoconhecimento.
Espero ter auxiliado e fico á disposição .
Jéssica Clarissa

Jéssica Clarissa Fonseca de Almeida Gomes Psicóloga Psicólogo em Natal

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29 JUL 2020

Olá Marina.
Cada problema tem mais de uma solução. Então se você relacionar todas as formas saudáveis de resolver cada um deles por escrito e seguir aquela que melhor se adequar para o seu momento atual da vida, tenha certeza que você conseguirá sair dessa situação. Uma coisa é certa. É você que precisa fazer isso. Escreva o seu plano de vida e depois as metas, que são os pequenos passos que vai dar a cada dia. Mas é muito importante que faça metas que pode atingir. Use as suas experiências anteriores e conhecimentos para começar a fazer algo que gere renda agora, e, com o passar do tempo poderá encaixar metas mais ousadas na busca da carreira que almeja. Tenha em mente que se optar por concursos poderá fazer mais de um até conseguir uma vaga. Isso não quer dizer que não deva tentar mais de uma vez pois a cada vez que refizer o concurso estará melhor preparada. Aliás é isso que a maioria das pessoas que já passaram em concursos fizeram. Então, busque fazer o seu melhor e busque descobrir o que nasceu para ser, se desenvolva e recomece sempre. A cada vez que se levantar estará mais preparada e mais forte. Procure ajuda profissional para falar de seus sentimentos e emoções e ter o suporte que necessita para o alinhamento da sua vida em geral.
Espero ter ajudado,
Fico à disposição
Psicóloga Maria Nair de Castilho Ramlow

Maria Nair Psicólogo em Curitiba

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29 JUL 2020

Olá Marina! Bastante interessante e promissor o seu texto. Há buscas por situações e trocas melhores, elas precisam de maior persistência. Em certa medida, somos o que vivemos. Você consegue perceber, lembrar, imaginar que há formas diferentes de viver. Você, como todos nós, é um ser único em construção. A construção é continua, precisa ser objeto de atenção e vinculação com as próximas etapas. Pessoas com relatos assemelhados, descobrindo posicionamento de vida, com predomínio da autonomia, modificam trajetórias para muito melhor. Vinte e um anos, é tempo ótimo para organizar situação autônoma, ainda que com cautela, com cuidado.
Há, pelo relato, muitos frutos plantados que precisam ser colhidos.
Será altamente recomendado que você conte a condução científica de um psicólogo, com mente aberta, disciplina e persistência, para que possa colher o que tem direito, assim como plantar novas e melhores possibilidades.
Conte conosco.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia, cuidemo-nos!)

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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29 JUL 2020

Mari, quanta coisa guardada ein! Ver tudo o que você escreveu me mostra o quanto você tem a dizer e como sua voz tem sido calada durante muito tempo. Eu te acolho.
Eu vou te falar uma coisa e peço que você tente imaginar um pouco o que eu vou te falar, tá ok? Você está sustentando, suportando, compreendendo, aceitando, calando, engolindo há anos. E você não conseguiu suportar tudo isso por mais tempo por que ninguém suportaria. Ninguém tem suporte psicológico pra passar uma vida inteira negando suas vontades e desejos e não explodir ou implodir. Nesse momento o seu eu que suporta tudo está em choque com o que não aguenta mais ter que suportar tudo. É justamente por isso que tantos conflitos estão acontecendo dentro de você. Imagina que você comeu algo estragado, você pode até tomar um remédio mas o desconforto estará lá e muito provavelmente você só vai ficar bem se vomitar a comida estragada. Você passou uma vida "engolindo" as coisas que não te faziam bem e agora elas estão querendo saltar pra fora de todo jeito. Você consegue compreender isso? Seu corpo está te dando sinais de que você precisa tratar as causas do que causam tudo isso. E é doloroso tratar, mas é um processo. Você já fez musculação? Na primeira semana a gente acha que vai morrer de dor né e a gente só vê a dor. Mas com o tempo nesse processo de musculação a dor vai indo embora e você vai ganhando definição e músculo. Com a terapia é assim também. Então busca ajuda, se ponha no centro da sua vida que com esse processo de cuidado você vai ver melhoras. Te desejo tudo de bom.

Samara Dias Psicólogo em Fortaleza

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