7 JAN 2019
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Olá Vanessa. Meu nome é Maria, me graduei em psicologia ha cerca de 6 anos, e desde então venho trabalhando na área e continuo estudando bastante a respeito. Que bom que escolheu essa profissão, estou falando então com uma futura colega! Interessante sua pergunta. Não sei qual foi o contexto que sua professora mencionou a respeito, mas acredito que durante o curso você terá acesso a estudos a respeito, alguns na área da psicologia social, em se tratando dos "papeis" que assumimos socialmente, às atribuições e aos estereótipos associados a cada um, como o papel de ser mãe, concomitante ao de filha, esposa, profissional, mulher... Enfim, cada ambiente pelo qual circulamos, e as relações que estabelecemos vão nos exigir ou não posicionamentos específicos, e vamos nos construindo e nos constituindo a partir deles, é o processo de subjetivação, de individuação, no qual nos diferenciamos das outras pessoas e construímos nossa própria identidade, que vem a ser a soma desses papéis que assumimos e desempenhamos. As vezes, a necessidade de se adequar, de se sentir aceito e fazer parte, pode criar algumas dissonâncias, e como nos portamos será diferente em cada um deles, mas nem sempre eles serão tão distintos ou incongruentes. Aliás, manter alguma congruência é o que dá unidade à nossa identidade, algo que ajuda inclusive na manutenção e influencia diretamente na qualidade da saúde mental. A psicologia humanista, por exemplo, tem um lugar especial para os conceitos de congruência e autenticidade, (pesquise a respeito se tiver curiosidade), ambos voltados para nosso posicionamento enquanto sujeitos, podendo reagir das mais diversas formas às pressões sociais que possamos vir a receber. Já a psicologia comportamental vê por outro prisma, ao atribuir nosso comportamento quase que exclusivamente à história de vida e predisposições genéticas, com foco nos determinantes ambientais (as esperiências que passamos, os comportamentos que foram reforçados ou punidos, e a tendência a repetir os primeiros e evitar os segundos). Seja como for, a maneira como agimos (dentro e fora de casa por exemplo) tem suas motivações, e se voltar para o caso concreto ajuda a enxergar isso na prática. Enfim, se você gosta de subjetividade, é um mundo rico que tem pela frente pra explorar durante sua formação! Sugiro que aproveite bastante, não só as aulas, e leitoras obrigatórias, mas explore as leituras sugeridas e busque mais conhecimento naquilo que te despertar mais interesse. Eu costumo dizer que a graduação pode funcionar como uma enciclopédia especializada, embora foque numa área do conhecimento, ainda continua falando um pouco de cada coisa e o aprofundamento fica por nossa conta, nesse sentido também pode funcionar como uma bibliografia a disposição, pois aponta as fontes e caminhos até elas. Desejo que tenha bom proveito em seu percurso!