Olá, tenho 30 anos e tenho um irmão de 4 anos com autismo leve.

Feita por >Julia · 15 ago 2024 Autismo

Ele tem uns comportamentos sexuais estranhos, as vezes coloca seu órgão genital em mim querendo brincar ou pegar nos meus peitos e até mesmo quando sai do banho pelado coloca o dedo no anus rindo e achando graça. É normal isso?

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A melhor resposta 16 AGO 2024

Olá Julia, tudo bem?
Comportamentos sexuais em crianças pequenas, especialmente em crianças com autismo, podem ser confusos, mas não têm a mesma conotação sexual que teriam em adultos. Crianças nessa idade estão descobrindo seus corpos e podem exibir comportamentos que parecem inapropriados, mas que são, em grande parte, exploratórios e não têm intenção sexual.
No caso do seu irmão, é possível que ele esteja simplesmente explorando seu corpo ou repetindo algo que viu, sem entender completamente o que está fazendo. As crianças autistas podem ter dificuldades em entender normas sociais e limites, o que pode levar a esses comportamentos.
Esses comportamentos não são necessariamente motivo de preocupação, mas é importante que sejam tratados de forma apropriada para que seu irmão entenda os limites sociais à medida que cresce.
Se preciar de ajuda estou à disposição.
Marília - psicóloga de abordagem psicanalítica.

Marília Figueiró Bueno de Oliveira Psicólogo em Ribeirão Preto

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7 NOV 2024

Julia, esses comportamentos podem indicar dificuldade no “controle inibitório”, que é a capacidade de controlar impulsos e entender o que é adequado ou inadequado em diferentes situações. Crianças com autismo, especialmente, podem precisar de orientação extra para aprender esses limites. Esses comportamentos são inadequados e sinalizam a necessidade de apoio e ensino paciente sobre o que é apropriado. Além disso, outros transtornos, como o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD), podem contribuir para a dificuldade em respeitar esses limites. Um profissional especializado pode ajudar com estratégias para orientar seu irmão.

Ronilson Marcos Nogueira Psicólogo em Ipatinga

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18 SET 2024

Olá Julia,
Entendo a sua preocupação e a complexidade da situação que você descreve. É importante ressaltar que a sexualidade é uma parte natural do desenvolvimento humano, inclusive em crianças com autismo. No entanto, a forma como essa sexualidade se manifesta pode variar e, em alguns casos, causar desconforto e preocupação.

Por que esses comportamentos podem ocorrer em crianças com autismo?
Dificuldade em compreender limites: Crianças com autismo podem ter dificuldades em entender e respeitar os limites sociais e pessoais.
Fixação em determinadas sensações: Algumas crianças com autismo podem ter uma fixação em determinadas sensações, como o toque, e explorar seu corpo e o corpo de outras pessoas de forma repetitiva.
Dificuldade em comunicar desejos: A falta de habilidades de comunicação pode levar a criança a expressar seus desejos e necessidades de forma inapropriada.
Imitação de comportamentos: Crianças com autismo podem imitar comportamentos que observam em outras pessoas, incluindo comportamentos sexuais.

O que fazer?
Manter a calma: É importante manter a calma e evitar reações de nojo ou repulsa, pois isso pode aumentar a ansiedade da criança e reforçar o comportamento.
Estabelecer limites claros: Explique de forma simples e direta o que é adequado e o que não é, usando palavras que a criança possa entender.
Oferecer alternativas: Direcione a energia da criança para outras atividades, como brincadeiras, jogos ou desenhos.
Buscar ajuda profissional: Um terapeuta comportamental pode te ajudar a desenvolver estratégias para lidar com esses comportamentos e a ensinar à criança habilidades sociais mais adequadas.

É fundamental lembrar que:
Cada criança é única: A forma como cada criança com autismo se expressa é individual e pode variar ao longo do tempo.
A culpa não é sua: Não se culpe por essa situação. É importante buscar apoio e orientação profissional para lidar com a situação da melhor forma possível.
O tratamento é fundamental: Com o tratamento adequado, é possível ajudar a criança a desenvolver habilidades sociais e a ter uma vida mais independente e feliz.

Recomendo que você procure um profissional especializado em autismo, como um psicólogo ou terapeuta ocupacional, para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado par seu irmão e para vocês da familia.
Os convênios, por exemplo, tem obrigação de oferecer tratamento especializado para pessoa com Espectro Autista e alguns municípios já tem essa oferta.

Associações e instituições que podem te ajudar:
Associação Brasileira de Autismo (ABA): A ABA oferece informações e suporte para famílias de pessoas com autismo.
Sociedade Brasileira de Pediatria: A SBP possui diretrizes e recomendações sobre o cuidado de crianças com autismo.
Lembre-se: Você não está sozinha nessa jornada. Buscar ajuda e apoio é fundamental para você, seus pais e para ele.

Boa sorte para vocês!
Atenciosamente,
Annelise Bertellini - Psicóloga e psicoterapeuta

Annelise Bertellini Psicólogo em Campinas

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20 AGO 2024

Julia a pergunta mais importante, seu irmão faz acompanhamento com psicólogo e outras demandas? Mesmo que seja um autismo leve precisa ter acompanhamento profissional e creio que o ideal é um profissional de psicologia que acompanha o quadro dele lhe responder esse questão, não tirar conclusões como os demais aqui responderam.

Abraços
Natalia Martins

Natalia Martins Psicólogo em São Paulo

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19 AGO 2024

Oi Julia
Até os 4/5 anos, a criança não tem maldade e não associa como sexo, apenas sente sensações diferentes quando toca o penis .
Deve ser orientado que anus serve para fazer cocô e não se deve maxer nele porque tem fezes e precisa ser limpado, mas não explorado.
Pode falar com naturalidade a respeito do penis e você como mulher tem ppk mas que estas partes só podem ser tocados por si mesmo, ele enquanto pequeno, a mãe e quando for lavado a algum exame, o médico pode tocar, mas não outras pessoas.
Depois, quando ele for maior entenderá melhor.
Mesmo tendo autismo, deve ser orientado, deve se sentir seguro no local onde está. A permissão demasiada, prejudica ele.
Abraços e fico à disposição para mais esclarecimentos

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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16 AGO 2024

Olá Júlia,

No geral, crianças pequenas descobrem suas genitais nessa fase do desenvolvimento e existem casos onde a curiosidade pode ocorrer de forma mais aflorada em neurodivergentes, não se sabe ainda o motivo e nem é um critério para diagnóstico.
Além disso, pessoas com diagnóstico de TEA possuem deficiência em compreender pistas sociais, ou seja, aprender sozinho e distinguir os comportamentos inadequados dos adequados, o que é certo ou errado, o que se deve ou não fazer diante das situações, também pode ocorrer dificuldade no controle inibitório, que é controlar os comportamentos indesejados mesmo que tenha consciência deles. Por isso, é importante a orientação em casa, de forma repetitiva e sem punição, de que esse comportamento não deve ser realizado, será necessário ensinar várias vezes, com paciência.
Busquem conhecer cada vez mais a respeito do transtorno para que possam saber lidar da melhor forma. Psicólogos infantis que atuam em abordagens de linha comportamental podem ajudar!! É um treino de habilidades que leva tempo, mas através das terapias é possível as adaptações e melhor convívio social.

Sabrina Rattes Psicólogo em Manaus

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16 AGO 2024

Bom dia, Júlia! Obrigado por perguntar. De certa forma, uma parte das crianças nessa idade, por razões de sensibilidade e direcionamento casual vivenciam esse tipo de comportamento, que obviamente não deve ser foco de grandes preocupações do adulto. De outro lado, para algumas crianças, pode ter acontecido direcionamento indevido, consciente ou não, por parte de pessoas de convivência, estando a criança, ainda não amadurecida para isso.
O grande cuidado parte da ideia de que a sexualidade para o jovem, para o adulto, adquire dimensões que não são assemelhadas com as da criança.
Evite que seja possível essas precocidades sexuais, mas faça de forma sutil, discreta, estimule outras atividades adequadas para a idade dele.
Não adiante saberes sexuais, abstraia apenas os que a criança disser, a partir dos saberes e percepções dela.
Considerando esse possível autismo leve (com todas as reflexões que esses diagnósticos requerem), será de extrema importância, com estratégia correta, com empatia, direcionar outros hábitos, interrompendo esse, para que não se sofistique, não se consolide e se torne problema para a convivência dele com outras pessoas.
Jamais suponha que ele pensa ou sente essa questão do ponto de vista de uma pessoa de trinta anos. Ele pensa, sente, gera abrangência disso, a partir da posição de uma criança de quatro anos.
Caso seja útil, estarei a disposição para conversa mais detalhada.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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16 AGO 2024

Olá,

Entendo que você está enfrentando uma situação delicada e desconfortável. É importante abordar esse tema com cuidado e sensibilidade. Vou tentar esclarecer suas dúvidas de forma clara e acolhedora.

Primeiramente, é relevante saber que comportamentos sexuais em crianças pequenas, especialmente em contextos de autismo, podem variar bastante e muitas vezes são expressões de curiosidade ou exploração do próprio corpo. No caso de seu irmão, alguns comportamentos podem ser uma forma de explorar suas sensações físicas ou chamar a atenção. No entanto, o fato de ele se comportar dessa maneira pode também indicar uma necessidade de orientação e de um ambiente seguro para entender seus próprios limites e os dos outros.

Comportamentos como os descritos podem ser normais até certo ponto, mas devem ser observados com atenção. É importante assegurar que ele receba o suporte adequado para entender as normas sociais e pessoais relacionadas ao corpo. Em crianças com autismo, a compreensão das interações sociais e dos limites pode ser desafiadora. Uma abordagem educativa e gentil é crucial para ajudá-lo a aprender sobre o que é apropriado e o que não é.

Recomendo que converse com um profissional especializado em desenvolvimento infantil e autismo, como um psicólogo ou um terapeuta ocupacional. Eles podem oferecer orientações específicas e estratégias para abordar esses comportamentos de maneira construtiva. Além disso, podem ajudar a criar um plano de apoio para seu irmão, garantindo que ele desenvolva uma compreensão adequada dos limites pessoais e sociais. Sua preocupação é válida e buscar o apoio profissional é um passo importante para assegurar que todos, incluindo seu irmão, se sintam respeitados e compreendidos.

Espero que essas informações ajudem a esclarecer suas dúvidas e proporcionem um caminho para lidar com essa situação de forma sensível e eficaz.

Marco Antônio Lucas Psicólogo em Divinópolis

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16 AGO 2024


Olá, Julia, é compreensível sua preocupação. Comportamentos sexuais em crianças, especialmente em autistas, podem ocorrer devido à curiosidade ou dificuldade em entender limites. No entanto, é essencial abordar esses comportamentos de forma adequada. A terapia individual pode ajudar tanto você quanto seu irmão a lidar melhor com essas situações.

Vitória Martins Suliano Psicólogo em São Paulo

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16 AGO 2024

Olá Júlia! Sugiro conversar sobre isso com o profissional que acompanha seu irmão para o autismo ou um psicólogo especializado nessa área. O autismo tem uma abordagem específica e isso precisa ser trabalhado para entender se ocorreu algo com ele ou ajudá-lo a mudar esses comportamentos. O profissional vai orientar vcs tb a lidar com isso.

Lisiane Hadlich Machado Psicólogo em Santa Maria

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16 AGO 2024

Olá, Julia.
Entendo que você está lidando com comportamentos sexuais do seu irmão. É importante entender que essas ações podem ser parte do espectro autista, mas ainda assim é fundamental buscar orientação de um profissional de saúde especializado em autismo. Eles poderão avaliar a situação e fornecer estratégias adequadas para lidar com esses comportamentos.

Como você está se sentindo diante dessa situação?
Se precisar de suporte, estou aqui para ajudar. Não hesite em entrar em contato.

Tainara Azevedo Psicólogo em Rio de Janeiro

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