Odeio minha vida.... sou sem sentimentos, eu quero morrer logo
Só queria morrer ... eu perdi todos os que eu amava ....
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Compreendo seu sentimento, Gabriela. De fato, situações de perda muitas vezes nos levam a nos confrontar com nossas pulsões de morte, fazendo-nos atravessar por um período de intensa anedonia (falta de prazer), estagnação e falta de sentido pra vida...
Em seu relato, "perdi todos os que eu amava" também poderia ser lido sob a perspectiva de que a ancoragem de si, de sua personalidade e de suas subjetividades, Gabriela, não estava fincada em você mesma, mas nesses "todos" que foram perdidos... Talvez, Gabriela, este momento de "perda" seja muito propício para um "reencontro" de si mesma, e para reorientar este amor para si, ao invés de direcioná-lo para outros objetos, outras pessoas. De fato, sem primeiramente "se amar" profundamente, é praticamente impossível amar aos outros sem estar sujeito ao inerente risco da perda do objeto de amor em determinado momento.
Entenda este "se amar", Gabriela, como um melhor cuidado de si mesma, como uma atitude proativa em buscar meios de aumentar a própria autoestima, em fortalecer suas bases emocionais e em se colocar no mundo de um modo mais autônomo, menos dependente afetivamente de elementos externos a si. Deste modo, sua pulsão de vida poderá ser novamente restaurada, sob novas bases endógenas de sustentação. Busque auxílio profissional. É um processo que demanda tempo, acompanhamento e resiliência.
Conte com minha torcida. Espero que tenha ajudado de algum modo.
Saulo Cruz Rocha
Psicólogo
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No momento em que a pessoa se sente completamente perdida, sem nenhuma perspectiva pela frente, a energia que estava flui e, geralmente, oferece uma solução original do inconsciente. No amadurecimento da sensação de não saber o que mais decidir e por onde seguir nasce a ideia súbita como lampejo e sentido de vida. O sujeito Imerso na sensação de perder a si mesmo, em situações em que não vemos mais saídas, nos abrimos para algo que vem do inconsciente.
Os limites do trabalho do terapeuta residem na vontade do sujeito de entrar em análise. Quando uma pessoa se encontra com outra, ela escolhe o quanto de si irá compartilhar. O processo terapêutico é o encontro em que cada oferece partes de si até que o todo seja confiado. Posteriormente é, a partir do sintoma, que se chega ao símbolo, lhe dá formulação linguística e possibilidades de interpretação. O símbolo libera estratégias de ação no cotidiano. O terapeuta, ao mostrar interesse pela personalidade total do paciente, suas potencialidades e bloqueios, viabiliza que os impulsos de desenvolvimento sejam impulsionados.
Atenciosamente,
Aline De Coster.
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