É possível que eu tenha sindrome de asperger?

Feita por >charlie · 13 fev 2022 Autismo

Olá psicólogos :
Eu nunca confiei muito no que postam na internet então não vou me aprofundar nas minhas pesquisas, dependendo do que possam me falar aqui eu busco um psicólogo.
Mas desde pequena minha mãe(educadora/professora) sempre desconfiou que eu poderia ter um grau leve de autismo, ela estava conversando recentemente comigo sobre isso e resolvi pesquisar sobre, cheguei em uma página que dizia "sindrome de asperger"

Fui olhar os "sintomas" e uau, eu me vi na escrita, eu juro.
Eu nunca tive problema cognitivo, sempre fui até que muito inteligente para a minha idade, porém eu nunca desenvolvi certinho uma certa comunicação social, quando me mudo para escolas novas, se depender de mim, nunca faria amigos, todos os que eu tenho atualmente são porque ELES vieram conversar comigo e por algum movito não foram embora, porém os mesmos sempre me tacharam como estranha.

Com relação a sensibilidade a sons, desde pequena a mesma coisa, eu odeio barulhos altos ao nível de gritar e ficar irritada demais. Quando quero conversar com minha mãe na cozinha, eu peço para ela desligar a torneira porque me irrita, quando estamos na rua, eu desejava não ouvir porque odeio barulhos de carros e motos (principalmente aqueles que estouram com o motor por ai)

EU ODEIO CONTATO HUMANO, ODEIO, eu odeio abraços, odeio beijos. Por odiar beijos eu nunca pensei na ideia de namorar/ficar com alguém porque só de imaginar me da repulsa demais, eu literalmente odeio qualquer tipo de afeto que envolva isso em um nível esquisito, e sendo sincera? a ideia de nunca namorar/beijar alguém é algo que me agrada até demais, não gosto de contato humano/afeto, principalmente sexo, relação sexual me enoja e não, não tenho nenhum trauma referente a isso, eu naturalmente tenho nojo

Eu tenho uma falta de conhecimento dos meus proprios sentimentos até demais, eu nunca os entendo e literalmente todas as vezes que eu estou sentindo algo, tento me perguntar o que é e porquê, e como não consigo obter a resposta, eu os ignoro e finjo que não existem, eu escondo e abafo e acumulo por semanas aquilo tudo, o que resulta em crises de raiva constantes em mim, mas eu não consigo ignorar e acho até melhor fazer isso

Já fui em uma psicologa outra vez, a mesma disse que tenho uma falta de empatia meio explícita, falta de compreensão de sentimentos alheios, não pude me aprofundar porque mudei de casa e foram só 3 sessões para avaliar isso, então acabou não dando em nada, mas acredito que valha a pena escrever isso aqui.

Fora as outras dezenas de coisas que acontecem comigo, que por pura preguiça, não me aprofundo a escrever

Espero que me respondam
Eu teria alguma chance de ter autismo?

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A melhor resposta 15 FEV 2022

Olá Charlie.
Esses sintomas que citou podem sim estar dentro do diagnóstico de Asperger mas você não pode afirmar antes de fazer Avaliações mais aprofundadas de investigações científicas. Existem outras comorbidades que podem existir individualmente como um Transtorno ou em paralelo com os vários espectros do Autismo. Procure uma Clínica de confiança que tenha uma equipe de profissionais especializados em Avaliação do Autismo e que seja composta por psicólogo, neurologista ou psiquiatra. Entre em contato e veja como é o processo que envolve entrevistas e sessões para investigação comportamental, emocional e de relacionamentos entre outros. A Terapia Cognitivo Comportamental- TCC poderá ajudá-la muito a trabalhar todas essas questões que envolvem a grande dificuldade de comunicação e relacionamento em todas as áreas da sua vida. Busque o seu autoconhecimento o quanto antes possível. Procurar ajuda é um ato de amor a si mesma.
Fico à disposição.
Maria Nair
Especialista em Psicologia Clínica
Terapia Cognitiva Comportamental

Maria Nair Psicólogo em Curitiba

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15 FEV 2022

Oi Charlie
Pouco importa o que voce sente e como vê os psicólogos, eles não dependem das tuas pesquisas...
E também pouco importa o que voce encontrou a respeito... só não se coloque dentro deste diagnóstico...
Voce é assim, não porque apresenta esta síndrome... é assim porque é assim!
Foi a forma que a sua mente se organizou para sobreviver, e de uma forma inteligente, ao que voce encontrou no meio.
Precisa sim de esclarecimentos e compreensão de como a sua mente funciona, como o teu corpo reage e respeitar esta forma.
Nada é por acaso que voce não gosta de se relacionar com pessoas e ter amigos que voce ODEIA CONTATO HUMANO, ODEIA afeto, abraços, odeia beijos.... tudo tem um sentido e um por que!
Voce precisa saber quem é, precisa entender como a sua mente funciona, precisa diferenciar sentimentos de pensamentos o que é um e o que é outro e como controlar isso dentro de voce e principalmente, não julgar a voce mesma.
Esta é a tua forma de ser e de se expressar... precisa encontrar a sua forma de viver, a forma como voce gosta e não viver como o modelo que outros construíram... isso é para os outros, não para voce. Voce precisa construir o seu modelo.

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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14 FEV 2022

Olá Charlie, hoje se fala muito do 'espectro autista', mas no seu caso parece ser um caso de uma introversão. Digamos que a realidade, para você, é invasiva demais: há barulho, pessoas querendo contato corporal, com abraços ou apenas com a presença deles. Digamos que o outro é invasivo para você. Há pessoas para quem é ao contrário, ela busca no outro a satisfação de algo. Como exemplo: a compulsão alimentar envolve este caso, em que o outro, ou o objeto exterior, lhe é satisfatório; em outro polo, está a anorexia, para quem o que vem do outro é invasivo, necessita fechar a boca, se proteger do que vem de fora. Mas o fato desta sensação 'invasora' estar generalizada não configura um autismo ou Asperger, e pode ser tratado aos poucos na psicoterapia. Um abraço, estou à disposição.

Oliver Schmidt Silva Psicólogo em Curitiba

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14 FEV 2022

Olá Charlie! Grato por escrever. Certamente precisaremos te conhecer, mas não conhecer de forma superficial, precisaremos te conhecer em trabalho científico que envolva sessões minimamente semanais, por meses. Depois disso podoremos, construir com você um entendimento do seu jeito de lidar com as coisas e sugerir aprimoramentos. Lembre-se: você é uma pessoa inteira, única, rica de características, possibilidades e potencialidades.
Por exemplo: quando uma pessoa fala de ódio, ela apresenta seu parâmetro contrário: amor; quando uma pessoa não quer uma coisa, não é coisa que ela não quer, ela não quer os símbolos e providências que essa coisas requer. Por exemplo: muitos não querem Matemática, não porque não queiram (isso seria impossível), mas porque vivem o preconceito de que não dominarão a Matemática.
Você tem que se conhecer melhor, desenvolver, amadurecer, ver tuas possibilidades e potencialidades.
Estaremos a disposição para tanto. Venha com mente aberta, persistência, regularidade, disciplina.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religisosos (atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento), até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Mascare-se! Mantenha proximidade afetiva com distanciamento físico.

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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14 FEV 2022

A primeira coisa antes de fazer um diagnóstico é entender pra que ele serve. Um diagnóstico é um conjunto de conhecimentos que orientam um tratamento.
Não vejo muito sentido em fazer uma avaliação diagnóstica sem ter essa clareza.
Você pede pra partirmos do final: você é Autista?
Mas o raciocínio científico é o contrário disso: primeiro é preciso conhecer a pessoa, a sua história, as suas limitações, e a partir daí pensar em hipóteses.
Do que você conta de sua história, parece haver dificuldades em se relacionar, e em estar no mundo com as pessoas.
Entendo que vale a pena olhar para isso, e compreender. Se o nome que será dado é autismo, ou outro nome, eu não sei. Mas olhar para essas dificuldades pode tornar a convivência com as pessoas mais confortável para você. E esse é o objetivo de toda terapia.

Claudia De Simone Psicóloga Psicólogo em Diadema

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