Relacionamento há 7 anos. A primeira agressão foi um tapa na cara em 2015 (nós 2 bêbados brigando muito), no qual denunciei ele Maria da Penha, com direito a audiência e tudo. O processo foi arquivado pois perdoei após arrependimento, desculpas, etc. 99% da nossa relação sempre foi perfeita, me trata como rainha no dia a dia, é atencioso, amigo, companheiro, o namorado perfeito. Porém algumas vezes nos descontrolamos quando bebemos, sou extremamente provocativa e desafiadora, tenho transtorno bipolar mas faço tratamento psiquiátrico com remédio. Houveram outras situações quando alcoolizados, tipo cuspir na cara um do outro, agressão verbal de ambos os lados porém o nosso "amor"e vontade de ficar juntos no cotidiano sempre foi mais forte. O último episódio foi agora dia 10 de julho de 2020 no qual novamente bêbados, criei paranoias infundadas, provoquei ele até conseguir vê-lo sair do sério. Ele se ajoelhou aos meus pés pedindo por favor pra eu parar e eu continuei. NAO CONSIDERO nenhum tipo de agressão justificável mas me sinto mal pois tenho essa necessidade de provocação quando menos espero. é uma bomba relógio incontrolável. Bom, pra resumir essa última vez me deu um tapa no rosto e me mobilizou com os braços pra que eu me acalmasse com um golpe de judô. é como se fosse um "abraço" muito forte pra acalmar a pessoa. Na hora não senti nada, continuei berrando, surtada até a mãe dele chegar e ele parar. Não sei o que poderia ter acontecido se ela não estivesse na casa. Na hora nao senti absolutamente nada, só raiva. Fui embora pra minha casa de carona com a mãe dele de madrugada após ele guardar todos os meus pertences da casa dele. Ele chorava muito e eu não. Fria. A ficha só caiu no dia seguinte e dor nas costas da mobilização dele também... doeu por alguns dias. Hoje faz duas semanas e estou sofrendo muito pois não entendo como 99% da relação pode ser tão perfeita, mas esse 1% foi um rompante que mudou tudo da noite pro dia, literalmente. Não nos vimos mais mas falamos por mensagem, me pediu perdão por tudo, disse que vai procurar ajuda psiquiátrica e que jamais pensou em me fazer mal. Disse que daria 10 anos de vida pra poder apagar aquela noite. Disse que continua me amando muito e eu também, EU AMO ele muito, mesmo após o ocorrido da última vez. Tenho medo de voltar pois não foi a primeira vez, tenho medo de voltar e pensar na possibilidade de que "vai que ele me mate" mas estou sofrendo profundamente, pois gostaria ainda assim, de dar mais uma chance. É um cara extremamente amoroso com a filha de 14 anos, uma pessoa muito pacífica e paciente no dia a dia com todos, discreto e tranquilo. Porém tem um pavio curto quando bebemos e eu também, tenho crises de raiva quando saio do sério, paranoias infundadas que são o gatilho sempre de todas as brigas, sempre fui eu que comecei. NUNCA isso aconteceu com a gente sóbrios, por isso me pergunto. será que tem solução se ambos estiverem dispostos a mudar?
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28 JUL 2020
· Esta resposta foi útil a 4 pessoas
Bom dia Marina, li todo o seu relato e percebi que você mesma respondeu a sua pergunta "tem solução?", se você acreditar que tem e querer mudar sim, mas precisará de ajuda de sessões de psicoterapia. E oriento a ambos se permitirem a fazer uma terapia de casal e caso ele não aceite, se permita você mudar a sua história e reescrevê-la de uma forma funcional e sadia porque isso vai se repetir com todas as futuras relações.
Espero ter ajudado. Att à Psicóloga Ussénade
Cara Marina ,verifico que no seu relato o gatilho para esses episódios de violência é o álcool, com o uso de álcool, agimos por impulso, não raciocinamos direito e depois nos arrependemos do que fizemos e como agimos, a princípio, recomendo verificar o quão, o uso do álcool está lhe prejudicando. Muitos casos de violência doméstica, tem como fator atenuante, o álcool. Sugiro que estabeleça o diálogo entre o casal, já que há indícios de ambas as partes querem investir na relação, um diálogo verdadeiro, identificando os erros e discutindo as mudanças necessárias para fortalecer a relação e resolver os conflitos, caso tenha dificuldades de estabelecer esse diálogo, sugiro terapia de casal
Abraços afetuosos
Tatiane Andrade
Olá, Maria, tudo bom?
Responder "sim" ou "não" é muito superficial. A mudança deve ser feita, independete da relação, percebe? Quando você compreende que também possui 'um jeito' que poderia ser melhorado, você aí já tem sua resposta. Acredito que ambos precisam de terapia, pois o relacionamento passa a ser tóxico, quando ambos em seus comportamentos estão contribuindo para isso.
Se permita a mudar, se permita ser sua melhor versão!
Abraços.
Olá Marina! Grato por participar. Pelo relato, o caso de vocês está fortemente focado no álcool. A bebida de fato, muito, mas muito mais mesmo, do que as pessoas imaginam abre caminhos para atitudes péssimas em diversas áreas da vida. Certamente vocês precisam interromper o hábito de tomar bebida alcoólica. Sendo verdadeiro que vocês se amam, que querem ficar juntos, precisam tomar essa atitude firme e persistente, pelas próximas décadas. Por outro lado, precisamos considerar a inteireza de cada pessoa, que poderá ser resgatada em vocês, através de tratamento científico, envolvendo abertura mental, disciplina e persistência, com psicólogo. A princípio, pelo relato, será muito esclarecedora uma análise detalhada com psicólogo, antes de pensar em outras frentes. É preciso ver a força interna de cada um de vocês. Será interessante que cada qual possa contar com o seu profissional de psicologia, para contatar a inteireza do própria personalidade.
Espero ter ajudado. Estarei à disposição para esclarecimentos e aprofundamentos.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia, saia de casa somente para o que for relevante, cuidem-nos!)
Olá, Maria Fernandes.
Obrigada pela sua participação e também pela transparência do seu relato. O fato de poder externalizar um pouco sobre sua história, como uma possibilidade de se ver de outras maneiras, fala sobre sua disponibilidade de fazer diferente.
Sinto muito pela violência sofrida.
Você traz muitos pontos de grande relevância que precisam ser cuidados com generosidade e carinho.
Você aponta um aspecto que chama atenção e traz um sinal de alerta, que é a relação com o álcool. Esse ponto precisa ser avaliado por profissionais da área de saúde mental, também considerando um cuidado multiprofissional para o transtorno humor que refere portar.
Espero ter contribuído e coloco me à disposição.
Abraço.
Beatriz Mazzoco
Marina Fernandes,
Tudo tem solução, desde que se esclareça porque agem assim.
E não é tomando remédio psiquiátricos.
Quem cura, é a consciência, através da Psicoterapia.
Ambos precisam descobrir porque fazem uso de álcool e porque você provoca e depois chora as pitangas.
Sim primeiro precisam fazer Psicoterapia Individual e depois pode ser de casal.
