Como tratar e perdoar um pai que é toxico e agressivo com minha mãe?

Feita por >Thai · 27 jul 2024 Violência de gênero

Bom dia! Eu tenho essa questão e não consigo resolver, pois parece que algo me trava, trava minha vida. Eu tenho um pai que foi dependente químico por anos e sempre foi muito agressivo, obsessivo, ciumento com minha mãe. Foram 30 anos convivendo com ele assim. Sem deixar minha mãe viver, sair, ter amigos, conversar com ninguém. Eu cresci sentindo que devia protegê-la e sempre foi assim, me metia em todas as discussões e brigas físicas para proteger ela. A um ano eu tive uma filha, ainda grávida meu pai se internou por 2 meses(apenas) para tratar seus vícios(álcool, crack etc). Ele saiu da clínica e minha filha ainda não tinha nascido, e ele fez de tudo pra retornar pra família. Aos poucos, manipulando todos, foi voltando pra casa. Eu nunca acreditei na mudança dele. Algo nele sempre me despertava uma coisa negativa. Com poucos dias ele continuou tratando minha mãe mal, dizendo que ela tinha arrumado outro homem entre várias acusações.. assim as brigas continuaram, as discussões etc. (Obs. Antes de eu engravidar, minha mãe tinha saído de casa com medo de meu pai fazer algo com ela. Por tudo que ja passaram, as brigas, confusoes, agressoes etc. Então ela foi morar em outro estado com a mãe dela, minha avó. E ficou lá por 1 ano +/-)
Depois eu tive minha filha e ele já tinha retornado pra casa de minha mãe com meus 3 irmãos. Eu fui morar com meu marido. Desde então recebo vários relatos dela absurdos de falta de respeito, abusos... ela relata tudo pra mim, inclusive que ele quer fazer sexo todos os dias como adolescentes. Eles já tem mais de 60 anos. As vezes ela não quer e ele insiste... ela está em uma prisão mental. Horrível isso, não sei como agir, sinto muita raiva dele, nojo. Gostaria de saber como agir nessas situações, por que minha mãe não queria abandonar a casa com os filhos novamente e ele não quer sair de casa. Daí continuam, nessa relação horrível.

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A melhor resposta 29 JUL 2024

Olá Thai. Obrigada por compartilhar sua história conosco. Essa situação é muito difícil para quem está ao redor e ligado afetivamente com a parte abusada no relacionamento. Sua mãe precisa de suporte emocional, para compreender diversos aspectos que a fazem permanecer em uma relação prejudicial como esta por tanto tempo. Normalmente, relações assim se sustentam a partir de uma dependência de ambas as partes, que pode ser emocional, financeira, social, etc. Como filha você não tem como resolver este problema no lugar da sua mãe. Mas pode incentivá-la a buscar ajuda para se livrar de uma vivência tão abusiva. Converse com ela, escute o que ela tem a dizer sobre tudo que a faz se manter nessa relação e aponte os malefícios e riscos que essa decisão implica. Conduza ela para conversar com um profissional de saúde mental para que ele a auxilie a encontrar ferramentas e estratégias para encerrar esse ciclo de violência. Fico à disposição. Boa sorte!

Ily Luna Melani Psicólogo em Curitiba

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30 SET 2024

Bom dia, Thai! Obrigada por compartilhar sua história. Parece que essa situação tem sido uma carga emocional imensa para você, e é compreensível que você sinta raiva, nojo e confusão em relação a tudo isso. Você tem desempenhado um papel de proteção por muitos anos, tanto na infância quanto agora, e isso sem dúvida impacta profundamente a maneira como você encara as relações.

Entender por que sua mãe continua nessa dinâmica é desafiador, mas é importante reconhecer que ela está lidando com um ciclo muito complexo de abuso e dependência emocional, o que pode dificultar a saída dessa relação. Ela, assim como você, parece estar presa nesse padrão de comportamento por muito tempo.

O que você sente é muito válido. Trabalhar esses sentimentos e compreender seu papel nessa situação pode ajudar a aliviar essa pressão. Talvez seja importante conversar com ela sobre buscar ajuda especializada, seja através de terapia ou de grupos de apoio para mulheres que vivenciam relacionamentos abusivos. Sua mãe também precisa de suporte para sair dessa 'prisão mental' em que se encontra.

Ao mesmo tempo, é essencial você refletir sobre como essa dinâmica familiar afeta sua própria vida e saúde emocional, especialmente agora que você também é mãe. Colocar limites e cuidar de si mesma é fundamental para que você não carregue o peso dessa situação sozinha.

Se precisar, estou aqui para te ajudar a explorar mais a fundo essas questões e encontrar caminhos para lidar com essa situação.

Stephanye Lopes Psicólogo em Arujá

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2 AGO 2024

Olá Thai, tudo bem?
Sua história é muito complexa e cheia de desafios, especialmente com a presença contínua de um ambiente abusivo. Exatamente por essas complexidades é importante que tanto você quanto sua mãe poderiam se beneficiar de falar com um terapeuta para processar suas emoções e desenvolver estratégias para lidar com essa situação. Procurar apoio de assistentes sociais que possam ajudar sua mãe a entender seus direitos e as opções disponíveis. Existem organizações que oferecem suporte emocional, legal e prático para vítimas de abuso. Elas podem fornecer orientação específica e ajuda para situações de emergência.
Se preciar de ajuda fico à disposição.
Marília - psicóloga de abordagem psicanalítica

Marília Figueiró Bueno de Oliveira Psicólogo em Ribeirão Preto

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30 JUL 2024

Bom dia, Thai! Primeiramente, quero reconhecer a dor e a complexidade da situação que você e sua mãe estão enfrentando. É compreensível sentir raiva e nojo em relação ao comportamento do seu pai, especialmente quando você se preocupa com o bem-estar da sua mãe. A dinâmica familiar que você descreve é muito desafiadora e pode gerar um grande peso emocional.

Você já parou para refletir sobre o que realmente significa ‘perdoar’ seu pai para você? O perdão não significa necessariamente absolver as ações dele, mas pode ser um caminho para liberar o peso que isso traz para a sua vida. Enquanto isso, é importante priorizar a segurança e o bem-estar da sua mãe e da sua filha. Que tal conversar com sua mãe sobre as opções que ela tem para se proteger? Buscar apoio, seja de amigos, familiares ou profissionais, pode ajudar vocês a encontrar um caminho. Você não precisa carregar essa responsabilidade sozinha, e ter um espaço para processar tudo isso pode ser muito valioso.

Psicóloga | Beatriz Grigoleto

Beatriz Grigoleto Psicólogo em Bebedouro

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30 JUL 2024

Olá!
É compreensível a sua raiva, mágoa e a sua dor. Mas importante você se lembrar que continuar vivendo essa história é de certa forma uma escolha da sua mãe, que durante toda a vida conviveu com isso e aceitou. Sabemos que não é o melhor pra ela, mas para que ela saia dessa situação é necessário que ela queira. Aí você pode ajudar, a terapia pode ajudá-la a lidar com essa situação e não mais aceitar qualquer tipo de abuso ou infelicidade.
Você que já manifesta suas emoções e a vontade de não estar mais nessa situação, já pode procurar uma Judá para lidar com as suas emoções e conseguir se fortalecer até para poder ajudar os outros,pois para isso você tem que se conhecer e estar bem primeiro.
Se precisar, pode entrar em contato que teri o enorme prazer em ajudá-la na terapia.
Com carinho,
Sabrina

Sabrina Lima Moreira Psicólogo em Rio de Janeiro

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29 JUL 2024

Bom dia, Thai! Obrigado por se colocar. Certamente, considerando o histórico descrito, situação que acontece por mais de trinta anos, implica algo consolidado, habitual, que somente pode ser modificado com medidas extremamente disciplinadas e sensatas. Sua mãe não pode, não deve, não precisa se submeter a essa situação. De outro lado, será preciso ver a rede de apoios para ela e seus irmãos, no sentido de segurança e convivência de serenidade. De outro lado será preciso avaliar as questões de valores morais, de culpa que dó, compaixão, adequadas ou não. Também será importante ponderar os potenciais encaminhamentos e desdobramentos que deverão ocorrer com seu pai.
Não se pode esquecer que tua mãe permanece nesse desconforto por tanto tempo, por dificuldades que ela precisa elaborar.
Poderá ser amadurecedor, sendo esse um propósito de convicção, você e tua mãe refletirem a forma de levar adiante modificação efetiva, duradoura, com a minimização das implicações inadequadas.
Estaremos a disposição.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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29 JUL 2024

Olá, Thai, a dependência química, sim, causa repercussões que ultrapassam o próprio usuário. Podemos dizer que, de algum modo, a família se torna co-dependente e adoece emocionalmente. Observo que todos da sua família necessitam de acompanhamento psicológico porque há muito sofrimento instalado. Mas essa iniciativa de fazer terapia surge do desejo de cada um. Ao escrever-me você manifesta uma forte dor. Já pensou na possibilidade de passar por um processo terapêutico? Caso sim, estou profissionalmente à sua disposição e você me pede um agendamento .

Christianne Müller Psicólogo em Recife

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29 JUL 2024

Boa Noite!
Me chamo Euquita, sou Psicóloga Clínica no RJ e gostaria de esclarecer um pouco sobre o assunto.
Quando você pergunta como perdoar, entendo que existem muitas mágoas na sua fala e claro totalmente compreensível, segundo as variáveis que você traz nos relatos de maus tratos do seu pai com a sua mãe e que consequentemente ocasionou traumas.
Primeiro, seria interessante você perdoar a si mesma por sentir raiva, uma vez que as emoções não surgem do nada, existe um estímulo que elicia determinada resposta, consequências e emoções naturais que ,muitas vezes não depende de nós controlá-las.
Com relação ao seu pai, todos nós viemos ao mundo como um ser em branco, papelzinho em branco que vai sendo modelado conforme lidamos com as contingências, conforme somos consequenciados, conforme lidamos com o nosso meio, enfim, somos modelados pelos amigos que tivemos, pais, responsáveis que nos educaram. Pergunte a si mesma como possivelmente foi a infância do seu pai ou o decorrer de sua vida, talvez obtenha uma resposta, claro, o que não justifica suas atitudes.
Ademais, tudo leva um tempo e uma forma de pensar, perdoe a si mesma por sentir essa raiva e pense na forma como ele possivelmente foi modelado para se tornar tal pessoa, e lembre-se: Será que para perdoar é preciso conviver?
Infelizmente por mais que queiramos, não conseguimos tomar decisões pelas pessoas que amamos e queremos bem.
Sugiro que procure um Profissional Psicólogo para uma possível terapia com o intuito de conseguir se conhecer melhor, conhecer suas limitações e enfim, saber como lidar com as contingências que se apresentam em sua vida.

Euquita Sueli da Silva de Azevedo Psicólogo em Rio de Janeiro

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29 JUL 2024

Thai
Que idade tem teus irmãos? Eles não podem tomar um posicionamento?
Se o teu pai é tóxico ou não, por que tua mãe escolheu ele para seu companheiro?
Cada um nasce para se realizar, para corrigir-se e aprender.
A escolha dela não foi gratuita, se não fosse ele, ela escolheria outro com o mesmo caráter.
Todos estamos aqui para aprender, a vida deu a cada um a liberdade e o poder de fazer novas escolhas, caso a que fez não tragam bons resultados. O que a sua mãe fez? Nada. Permaneceu passiva e deixou as coisas rolarem.
Nada ela pode fazer para ele mudar, ele não vai mudar.
Quem precisa mudar é ela. Ela pode colocar fim nessa história de sofrimentos e humilhações, mas como ela reage? Apenas se queixando. Enquanto assim, o sofrimento e a humilhação continuam ou pioram... e ela aceita!
Cada um se torna o que escolhe, o destino quem faz é cada um, através das escolhas que faz.
Não há nenhum Deus castigador que pune e a vida não quer que ela sofra, O sofrimento é a indicativa que ela deve mudar.
Também não há nenhum Deus salvador, que premia... cada um se torna o que escolhe.
Você não estará ajudando a sua mãe, se metendo nas brigas deles; torna a tua mãe mais fraca e vítima..
Ela e você podem usar a Psicoterapia para compreender esta história e se recuperarem.
Abraços

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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29 JUL 2024

Boa noite!
A partir do seu relato, podemos pensar em dar suporte psicológico a você e sua mãe. Além disso, são comportamentos passíveis de denúncia. A psicoterapia vai ajudá-las a lidar com essa situação de uma forma adequada e a denúncia também se faz necessária.

Edmilson Roger Monteiro Psicólogo em Cafelândia

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29 JUL 2024

Nessa situação de abuso e violência o correto é que sua mãe por proteção própria saísse de casa e fizesse um BO. Pois mudança mesmo, nota-se que ele não quer, está praticamente impossível ele querer mudança na vida dele. Ou interna- lo novamente, pois agora pelo que entendi está surgindo outro abuso aí.

Noemia Tereza Barros Dias Friedrich Psicólogo em Aracaju

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