A linha tênue entre o fetichismo e a realidade.
Olá a todos, primeiramente quero agradecer a todos que se propuserem a responder. Pretendo ser breve e direto.
Gostaria de entender com mais clareza o ponto de vista da psicanálise sobre o fetiche “cuckold.” Não quero dialogar sobre o que é certo ou errado, (porque a visão de certo e errado é muito subjetiva) tampouco sobre o ponto de vista social acerca disto. (Sei que há muitos tabus)
O que eu gostaria de entender é onde isso surge. Esse fetiche surge a partir de situações comportamentais da infância? É algo hereditário? Tenho 24 anos, e não lembro ao certo quando isso começou exatamente, mas acredito que desde meus 15/16 anos (época que conheci minha atual mulher) meu lado emocional sente essa necessidade e eu não consigo me relacionar somente eu com a minha esposa devido a essa necessidade, ela é muito parceira e sempre topou essas peripécias, e sempre foi algo bom para nós e sou muito feliz de ter uma parceira com a mente tão aberta.
Mas eu gostaria de entender o porquê que sinto essa necessidade. Se tem relação com a forma que fui criado (que foi em um ambiente marcado por brigas entre meus pais) ou a partir de qual ponto da minha existência que surgiu essa necessidade, esse sentimento carnal.
O que me assola não é ter esse “estilo de vida”, e não fico me baseando em parâmetros sociais sobre o que é correto ou incorreto. O que me assola é entender onde isso surgiu e como controlar tal impulso de sempre querer ver outro homem dominando minha parceira, de observar ela entregue a outra pessoa, de sentir a necessidade de implementar todo tipo de situação lasciva dentro da nossa relação sexual.
O ponto que mais me intriga dentre tudo isso e talvez seja importante mencionar para obter uma análise mais precisa é o seguinte. Eu só sinto prazer na minha esposa quando vejo outro à desejando, quando vejo outra pessoa sentindo prazer nela ou quando relembro alguns momentos.
Obrigado a todos, espero ter sido claro na minha busca e não ter esquecido de mencionar detalhes importantes para uma análise de primeira estância.