Minha esposa não tem malícia e quando rola quer resolver tudo rápido.

Feita por >Lex · 19 set 2020 Terapia sexual

Olá.

Tenho 40 anos, minha esposa tem 30. Temos um filho de 11 meses, muito amado e bem cuidado, embora não tenha sido planejado. O filho veio depois de 10 anos de casados, pois não era nosso projeto de vida. Mas nós nos adaptamos, e estamos amando nosso pequeno.

Quando namorávamos tudo era diferente, claro, a libido, o desejo, a descoberta era tudo muito intenso, porém nunca rolou sexo antes do casamento, mas bons amassos e ela fez oral expontaneamente quando ainda namorávamos. Nos casamos, e demorou um longo período pra encontrarmos nosso ritmo de intimidade, mas logo ficou claro que estávamos fora de sintonia. Sempre que rolava o clima ela demonstrava estar com pressa pra acabar logo com tudo e chegar lá... As vezes dispensava até as preliminares, ficava claramente fadigada e achava que era muita enrolação. Eu sou ou era romântico, muito mesmo, com direito a flores, presentes reluzentes, elogios, saídas pra jantar, mas claramente ela não sabia e não sabe corresponder a isso.

Nossa frequência de relação sexual nunca foi normal. Ela não demonstra sinais, não se insinua, não tem a malícia que as mulheres têm, aquela sensualidade. Sempre muito recatada, não gosta de mostrar o corpo, embora seja um avião de mulher mesmo depois do bebê. Todavia, esse comportamento de pouca sensualidade e desinteresse pelo sexo, sem malícia, vem se arrastando há anos. Joguei as cartas na mesa pra valer umas duas vezes e ela não sabia o que dizer e fala que não é boa em se expressar. Ela é do tipo que se eu tenho a oportunidade de tentar passar a mão ou fazer um toque mais íntimo, vezes dentro do carro sozinhos ou até mesmo em casa a primeira reação dela é sempre a oposta do que se espera de uma mulher casada, recua, vai tirando minha mão, com uma risadinha sem graça e diz "brincando" não pode...enfim.

Eu sou tarado por ela, penso em fazer loucuras, ir a lugares inusitados pra fazermos amor, mas ela é muito preservacionista e tem medo de sermos pegos em flagrante pelos outros ou de sermos vistos., tem medo do lugar, etc.

Atualmente, nas poucas vezes que tentamos algo (não mais que 1 vez ao mês) parece algo mecânico, forçado, sem entrega dela. Ela de fato não tolera muito as preliminares e acaba sempre me estimulando sem controle pra tentarmos prolongar a relação no ato do sexo.

Ela parece uma flor que tem medo de desabrochar, está sempre com o pé no freio quando se trata de sexo ou até mesmo momentos de amassos que nem sempre tem o propósito de sexo no final. Eu não sou do tipo que espera muito dela, mas estamos muito fora de sintonia, ela Recatada e eu liberal... Tão liberal que não me importaria de Vê-la com outra mulher, mas isso é só um fetiche.

Na praia ela procura sempre os biquínis mais confortáveis ao invés daqueles que mostram um pouco mais. Eu amo a forma feminina, sou desenhista e as linhas, curvas e reentrâncias do corpo feminino me hipnotizam, mas ela me priva disso, até mesmo em casa. Adoro shortinhos curtinhos, mini saias, mini blusas, pernas à mostra, barriguinha aparecendo,etc e me pego demais admirando outras mulheres usando essas roupas. Ela já sabe disso, inclusive outro dia virou pra mim e disse que tem dó de mim porque ela não é o tipo de mulher que me agrada por causa do jeito de se vestir.

Estou muito triste e desanimado com nossa relação que teve um início tão bonito e empolgante. Já me peguei pensando como seria minha vida de solteiro se tivessemos que nos separar, mas a amo de verdade e temos um bebê pra conduzir pela vidinha dele.

Claramente ela não sente falta de sexo. Isso é fato. E eu, além de sentir muita falta de sexo, sinto falta de uma mulher mais tarada, sensual e que aceite meu romantismo. Atualmente estou castrado romanticamente e praticamente sem sexo. Não sou de ver filmes porno mas nos últimos meses tenho recorrido a esse artifício. Sinceramente, já abri o jogo com ela várias vezes mas é como se eu falasse sozinho. Passamos pelo período de gestação dela com pouco sexo (duas vezes apenas) e agora ela já está a pleno vapor, mas nosso relacionamento está empoeirado há alguns anos já. Penso em desistir e manter apenas a amizade com ela, que é como já me sinto. Como amigos nos damos muuuuito bem. Mas como casal parecemos mais amigos. Ela já me falou algumas vezes que tem preguiça de fazer sexo, mas quando está rolando ela curte.

O que fazer?

ANL

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A melhor resposta 21 SET 2020

Olá Lex.
Grata por sua pergunta.
O esfriamento que citou no casamento começou há muito tempo quando as boas rotinas foram abandonadas e as rotinas do dia a dia tomaram o lugar das boas. Por exemplo fazerem atividades juntos, como fazer as refeições, dar um beijo ao chegar em casa, sair um dia da semana para fazer algum programa juntos, como caminhar, ir ao cinema, sair para conversarem. Se você percebe o problema é você quem deve ir buscar ajuda para resolver. Precisam descobrir o gatilho que fez esse comportamento se instalar no relacionamento. Você precisa ter a coragem de falar sobre as suas insatisfações e enfrentá-lo o quanto antes, pois se não o fizer o seu casamento estará em risco. Talvez ao focarem no cuidado com trabalho, casa, filho entre outras coisas o foco se desviou do casamento e precisam retomar.
A busca de prazer com mulheres virtuais só trará certo prazer individual, mas a sua atenção não será para a sua parceira e com o tempo a sua conexão com ela enfraquecerá e a tendência é perder o interesse por ela. A situação pode piorar muito para o casal. Pense que o seu amor por ela pode fazer com que use a sua criatividade para elogiar, tocar, abraçar, pedir a ela que também invista na conservação da relação de vocês. Coloquem o filho para dormir mais cedo, desligar a TV, reservar o tempo para estarem juntos, remover os ladrões de estímulos como "retirar a mão na hora do carinho" entre outras coisas que desestimulam o desejo de continuar a investir.
A terapia de casal na área da sexualidade será de grande valia para ambos. Procure um profissional que fará a escuta e com sabedoria científica fará as intervenções e outros encaminhamentos se necessário.
Fico à disposição.
Psicóloga Maria Nair de Castilho Ramlow.

Maria Nair Psicólogo em Curitiba

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20 SET 2020

Olá Lex! Grato por participar. Ao ler seu relato, vem à mente a questão de ponderar como a essência do que está escrito está sendo passada para ela. Qual será a análise dela diante das tuas ponderações? Como estará as demais áreas da vida de vocês? Vocês tem uma criança de onze meses. O caminho a ser buscado com persistência é o diálogo, temperado por empatia e esforço mútuo. Você precisa ser compreendido, ela precisa ser compreendida, o filho de vocês precisa ser compreendido, o futuro precisa ser ponderado.
Será conveniente vocês poderem alargar a reflexão com o apoio da conduta científica conduzida por um psicólogo.
Conte conosco.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia, sejamos razoáveis: abertura mental, ética, persistência, Ciència!)

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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