Você sabe o que é dysania?

Sabe aquela sensação de querer ficar na cama a qualquer custo? Aquele momento em que soa o despertador e a única coisa que você pensa é em ser incapaz de se levantar? Nos casos mais óbvios, trataria-se de um acesso de preguiça. Porém, se essa situação se repete todos os dias, é importante redobrar os cuidados: pode se tratar de uma doença.

Uma doença que tem nome, dysania. Você já ouviu falar?

A dysania é um transtorno que se define por uma incapacidade crônica de sair da cama. Também é conhecido como clinomania. A pessoa se sente mais cansada que o habitual, não tem força para reagir, pode passar vários dias sem conseguir sequer levantar da cama.  

Somente a ideia de ter que levantar já é suficiente para desencadear sintomas de ansiedade na pessoa. E não são raros os casos em que, quando consegue sair de casa, a pessoa acaba sendo tomada por um impulso incontrolável de voltar para a cama.

De acordo com os especialistas, esse tipo de comportamento pode ser indício de um transtorno adjacente. A dysania é comumente observada em pessoas com um quadro de depressão maior. Daí a importância de saber identificar os sinais, para buscar ajuda especializada.

O diagnóstico de um caso de dysania

O comportamento de quem tem o transtorno tende a se intensificar, com prejuízos físicos e emocionais. No início, a pessoa não enxerga o hábito como nocivo; ao contrário, é encarado inclusive como um tratamento para o mal-estar que está sentido. Porém, o repouso vira uma obsessão.

Para avançar no diagnóstico, o primeiro passo a descartar uma explicação puramente fisiológica para tal comportamento. Feito isso, é importante que o especialista indague pelos sintomas do paciente. Horas irregulares de sono, excesso de trabalho, stress ou fadiga são apenas alguns fatores que podem interferir na rotina da pessoa. Porém, transtornos do sono e falta de energia também podem ser sinais de depressão.

É por isso que o diagnóstico da dysania é bastante complexo, e costuma estar basado em excluir problemas subjacentes. O transtorno pode afetar homens e mulheres em qualquer idade, apesar de ser mais comum em mulheres que estão na faixa etária de 20 a 40 anos.

O tratamento da dysania

Quando uma pessoa abre mão de fazer atividades para poder continuar na cama, os especialistas recomendam investigar. Você pode procurar ajuda de um psicólogo, um psiquiatra, um neurólogo ou até mesmo um médico especializado em distúrbios do sono para confirmar ou descartar o problema.

Quem tem dystamia, precisa de ajuda especializada para lidar com os sintomas e retomar o controle. O tratamento costuma ser conduzido por uma equipe multidisciplinar, com apoio psicológico e, nos casos mais graves, com suporte do médico psiquiatra, já que se faz necessário o uso de medicamentos para controlar os sintomas da ansiedade e da prostração.

Não deixe de entrar em contato com um especialista se você se identificou com os sintomas listados anteriormente. Quanto antes receber ajuda, mais fácil será enfrentar a doença e recuperar seu equilíbrio emocional.

Fotos: MundoPsicologos.com

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