O que é a Hipnose?
A hipnose pode facilitar a mudança de muitos esquemas mentais limitantes, corrigindo hábitos e idéias disfuncionais. Tudo quanto facilitado se dentro de uma relação bilateral terapeutica baseada na confiança, respeito e participação mútua.
O QUE E' A HIPNOSE?
Ainda faz parte do imaginário coletivo a crença de que a hipnose é algo mágico ou manipulador, onde o hipnotizador faz uso de procedimentos ritualísticos, exerce um poder sugestivo e o paciente se submete passivamente aos seus comandos.
A hipnose ao longo dos anos, desde o nascimento das novas ciências no final de 1700 até hoje, foi-se redimensionada progressivamente.
Ocorreu primeiro o cenário científico/moderno da hipnose, condição centrada no papel do hipnotizador e nos comandos dados diretamente por ele. Mais tarde, nos últimos cinquenta anos, a concepção do transe e, portanto, do fenômeno da hipnose, evolui para uma condição completamente natural que pode ocorrer espontânea e repetidamente de forma inconsciente ou por auto ou hetero-estimulação consentida pelo sujeito. Nesse momento tal sujeito/"paciente" passa a ser central e protagonista no processo.
Hoje o fenômeno da transe parece interessar a centenas de situações da vida cotidiana, como na linguagem publicitária, em reuniões,... eventos públicos.
O FENÔMENO DA HIPNOSE
A hipnose é um conjunto de fenômenos específicos e naturais da mente caracterizados por modificações em vários níveis de intensidade das percepções e da consciência (Nardone et al., 2006). O estado de consciência é modificado, a atenção do sujeito está voltada para dentro, ou seja, ele presta cada vez menos atenção às coisas externas e coloca cada vez mais atenção na realidade que faz parte de sua condição hipnótica (Loriedo, 2006).
O sujeito pode tanto manifestar uma aparente consciência dos elementos da realidade e estímulos que não são pertinentes ao seu estado de transe quanto acessar seus recursos, emoções e sentimentos inesperados e inconscientes com mais facilidade e, assim, fortalecer ou aprender outros quadros de referência (Haley, 1967; Rossi, 1980).
O transe é obtido de forma totalmente espontânea ou guiada/sugerida por alguém, em todo caso de forma natural, sem artifícios particulares (Nardone et al., 2006). Nas experiências de indução da transe do paciente, a presença do rapport torna-se central, ou seja, uma relação bilateral particular e seletiva baseada na confiança, respeito e participação mútua (Loriedo, 2006). O operador não deve fazer outra coisa que oferecer estímulos e sugestões para ativar o comportamento responsivo com base nas experiências do próprio sujeito.
Além da modificação da atenção e variações na intensidade das percepções, a dissociação e mudança na responsividade fazem parte da fenomenologia da hipnose (Zeig, 2006, p37).O transe torna o sujeito mais capaz de gerenciar suas próprias reações à realidade circunstante e pode ser usada como veículo para provocar mudanças que de outra forma seria difíceis de obter (Nardone, 2006, p.5).
A partir daqui, o transe pode ser considerado um estado privilegiado de aprendizagem. Nesse estado é possível receber estímulos em vários níveis de profundidade e ter fácil acesso à riqueza de conhecimentos, histórias e sabedoria interior, para desbloquear recursos reprimidos. A partir daqui, você pode estimular e integrar seu crescimento pessoal fazendo mudanças positivas duradouras.
Referimento Bibliográfico
HALEY, J. (a cura di) (1967). Le nuove vie dell'ipnosi. Induzione della trance, ricerca sperimentale, tecniche di psicoterapia. Astrolabio-Ubaldini, Roma 1978.
LORIEDO, C. (2006), Ipnosi indiretta: tecniche e strategie in Nardone, G. et al., Ipnosi e terapie ipnotiche. Misteri svelati e miti sfatati. Adriano Salani, Milano, 2012.
NARDONE, G. et al. (2006), Ipnosi e terapie ipnotiche. Misteri svelati e miti sfatati. Adriano Salani, Milano 2012.
ROSSI, E.L. (a cura di) (1980), Opere. Volume I. La natura dell'ipnosi e della suggestione, Astrolabio-Ubaldini, Roma 1982.
ZEIG, J. (2006), Induzione ipnotica in Nardone, G. et al., Ipnosi e terapie ipnotiche. Misteri svelati e miti sfatati. Adriano Salani, Milano, 2012.
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