Sindrome do Pânico, Para Se Cuidar e Não Excluir.

​O Trastoro do Pânico (TP )- É a nova denominação da Síndrome do Pânico, determinada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

7 FEV 2023 · Leitura: min.
Sindrome do Pânico, Para Se Cuidar e Não Excluir.

O Transtorno do Pânico - TP - É a nova denominação da Síndrome do Pânico, determinada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). É um distúrbio de ansiedade que atinge 4% da população brasileira, responsável pelo afastamento de quase 7 milhões de pessoas de suas atividades profissionais e sociais. De acordo com as pesquisas mais recentes, sua origem é genética e está ligada ao cromossomo nº 15, no qual haveriam verificado em certos genes, induzindo a uma predisposição de um equilíbrio químico dos neurotransmissores nos neurônios, o que levaria ao disparo indevido das amígdalas voadoras , provocando uma crise. As crises envolvem os seguintes sintomas clássicos: calafrios, confusão mental, despersonalização, distúrbio abdominal, disfunção da realidade, dor no peito , falta de ar, fechamento da garganta, formigamento, medo de morrer, de enlouquecer ou cometer ato descontrolado, náuseas, ondas de calor, palidez, palpitações, sudorese, taquicardia, vertigem ou sensação de desmaio. Além dos sintomas clássicos, outros são relatados pelos portadores: acordar sobressaltado, atordoamento, boca seca, cabeça pesada, contrações musculares, extra-sístoles, flatulência, intestino solto, irritabilidade, metabolismo acelerado, pés e mãos geladas, rubor facial, sede constante, urinar com frequência e zumbido no ouvido. O sujeito acometido pelo Transtorno do Pânico não sente todos esses sintomas de uma só vez, sentiu em grupos, com algumas repetições na semana, mas dependendo do grau de ansiedade do portador, podem estender-se por várias horas, com várias repetições. Quatro sintomas clássicos indicam probabilidade de diagnóstico positivo ao TP. Os primeiros diagnósticos geralmente acontecem nos atendimentos de urgência, pois nas primeiras crises o paciente e seus familiares acreditam que existe o risco de vida. O paciente deve ser encaminhado a um psiquiatra para um diagnóstico final, pois esse distúrbio se enquadra na psiquiatria e na psicologia. O psiquiatra, antes do diagnóstico, vai solicitar exames clínicos e laboratoriais, para descartar outras doenças com sintomas semelhantes. Depois de confirmado o diagnóstico do TP, o psiquiatra poderá, a seu critério, prescrever o uso de antidepressivos e ansiolíticos. Em casos de Agorafobia*, um psicólogo será indicado para iniciar o acompanhamento psicoterapêutico e a evolução do paciente. Agorafobia, é uma fobia que leva o portador a evitar lugares abertos, ou de saída difícil ou sem possibilidades de socorro imediato. Deriva do Grego: Ágora = Praça. A função dos antidepressivos nos neurônios, é impedir que os neurotransmissores sejam recaptados pelo neurônio de origem, ou destruídos durante a sua travessia na fenda sináptica, é um espaço entre os neurônios. Os antidepressivos funcionam como um agente animador, impedindo que os neurotransmissores retornem ao neurônio de origem. O TP é um distúrbio recorrente, pode retornar após vários anos, mas, se tratado induzido, reduz as probabilidades do retorno nas crises, que, se ocorrerem, serão mais brandas. A cura é relativa pelo viés da medicina, pois depende de vários fatores ainda em estudo, mas , de acordo com as pesquisas recentes, acontece em 20% dos casos diagnosticados e tratados, em média, após sete anos sem sintomas. O controle do TP já permite que o portador, mesmo sem estar curado, tenha uma vida social e profissional normal. Alguns sintomas isolados de baixa intensidade persistem durante o tratamento, mas podem ser facilmente controlados com intervenções psicológicas, exercícios de fisioterapia com intuição de promover ao paciente um relaxamento, sem necessidade de retomar o tratamento medicamentoso. Mantendo o acompanhamento psicológico, para a evolução do paciente acometido por esta síndrome angustiante.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Souza, MS (2021). Introdução à psicologia: Teorias e conceitos. São Paulo: Editora Saraiva.

  1. Associação Americana de Psiquiatria. (2013). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-5). Porto Alegre: Artmed.
  2. Bressan, RA, & Bressan, RA (2015). Psicopatologia: conceitos e entrevista psiquiatrica.
  3. Souza, MS (2021). Introdução à psicologia: Teorias e conceitos. São Paulo: Editora Saraiva.
  4. "Tratamento do transtorno do pânico com ou sem agorafobia: uma abordagem cognitivo-comportamental" de Adrian Wells e Anke Ehlers. Publicado em 2007.

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Escrito por

Leonardo Brito

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