O mistério de ser feliz

Felicidade é e sempre será um tema que desperta opiniões variadas. Cada um tem sua receita de felicidade. Qual é a sua?

26 OUT 2015 · Leitura: min.
O mistério de ser feliz

Felicidade existe? Para ser feliz o mais importante é: amor, saúde, dinheiro ou tudo junto? Esta é uma questão para várias respostas e todas polêmicas. O homem está tentando respondè-la há milênios, sem nenhuma conclusão definitiva.

Seria "inexplicável"? Calma! Podemos pelo menos chegar perto, pois esta questão nos convida a pensarmos nos valores e na cultura que estamos inseridos, no contexto social que fazemos parte, e também a quantas anda nossa saúde tanto orgânica quanto psíquica. Pois de acordo com a nossa "necessidade" mais prioritária vamos dar o entendimento para a felicidade.

Se tiveres dinheiro e te falta o amor, então dirá: "Ter amor é tudo para ser feliz!". Mas se te falta saúde ou estabilidade financeira e assim por diante, apontará como prioritário para a felicidade o que está faltando. Como o ser humano é um eterno ser incompleto, quando consegue realizar uma conquista, logo elege outra, assim fica num ciclo infinito de busca por algo.

Você dirá então que felicidade não existe! Mais uma vez lhe digo: "Calma!" A questão tem sim uma solução. Quando pararmos de buscar a felicidade fora de nós e, passarmos prestar mais atenção às nossas reais necessidades, a reconhecer nossa potencialidade, a conhecer o que precisamos melhorar em nós (conceitos, atitudes, valores e etc.) estaremos muito mais próximos de alcançarmos a felicidade.

Não há quem não tenha algum tipo de falta, alguma necessidade a ser realizada, alguma preocupação, medos de não conseguir ou de não dar conta. E esta condição abrange a todos independentemente da idade, sexo, posição social, conta bancária ou condição de saúde. Invariavelmente todo ser vivente está na luta para ser feliz! Estar cônscio de sua capacidade para resolver as dificuldades de forma ética é para mim a receita de felicidade.

Reconhecer-se capaz para lidar com as dificuldades (sejam quais forem) de forma ética, justa, trará uma condição interna de bem-estar, de segurança pessoal, de paz consigo mesmo. Poucas, mas muito poucas pessoas conseguem sentir esse bem-estar. O reconhecimento de sua capacidade é antes de tudo "reaprender sobre si próprio". A família lhe transfere cultura e valores, o social lhe possibilita aplicar esse conhecimento e aprender tantos outros, sua vivência lhe trará "provas" para checar sua aprendizagem. Tudo isso, junto e misturado, pode acarretar em medos variados, insegurança, baixa autoestima, ansiedade elevada, estresse, etc, etc, etc.

Reaprender a se reconhecer é perceber o que precisa ser modificado no seu padrão de atitude, a reconhecer o que precisa abrir mão para que o novo surja trazendo equilíbrio. Somos nós mesmos quem "fabricamos" nossa infelicidade em todas as áreas de atuação. Dar-se conta disto não é tarefa fácil, pois é mais "confortável" atribuir ao azar, ao outro, a falta de oportunidade, a doença adquirida, nossa infelicidade do que se responsabilizar por aquilo que estamos fazendo ou deixando de fazer.

A psicologia nos ensina que criamos uma "zona de conforto" e mudar essa condição exige um esforço enorme. Mesmo que esta zona de conforto não tenha nada de agradável, ainda assim é uma condição que se tornou segura. Por exemplo: Aquele que está num casamento infeliz, aquele que exerce um trabalho insatisfatório, aquele que não cuida da saúde como deveria. Mesmo que o cônjuge reconheça que poderia ter alternativas outras fora daquele casamento; mesmo que o trabalhador saiba que poderia ter outras chances mais realizadoras e mesmo aquele que sabendo que mudando de hábito teria uma qualidade de vida melhor, ainda assim mudar é muito difícil.

Se permitir rever seus conceitos e buscar alternativas para melhorar a condição de vida é um desafio que em psicoterapia torna-se muito mais facilitador. Mas muitos preferem recorrer a medicação somente e, acham que custa caro fazer terapia, mas não contabilizam o tempo que levam arrastando sua condição de vida problemática e o quanto gastam com remédios para dor de cabeça, para ajudar a ficar mais calmo, a dormir e etc.

Fotos: por Mourner (Flickr)

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Escrito por

Roselice Fernandes

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Comentários 1
  • Antonio Marcos Ribeiro Conceição

    Grato pela forma como o tema foi tratado e cheio de informações que nutrem nossa mente em momentos dificeis da nossa caminahada, um texto leve e de fácil entendimento. Perfeito: "o ser humano é um eterno ser incompleto", "Não há quem não tenha algum tipo de falta, alguma necessidade a ser realizada, alguma preocupação, medos de não conseguir ou de não dar conta. E esta condição abrange a todos independentemente da idade, sexo, posição social, conta bancária ou condição de saúde. Invariavelmente todo ser vivente está na luta para ser feliz! ". Parabens a todos.

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