A dor e a satisfação da mudança

Muitos possuem dificuldade ao lidar com mudanças, entram em sofrimento psíquico quando elas acontecem, não conseguem sair da zona de conforto. É preciso aceitar a mudança como algo natural.

6 ABR 2017 · Última alteração: 11 ABR 2017 · Leitura: min.
A dor e a satisfação da mudança

Na vida, em vários momentos, nos deparamos com situações que precisamos mudar, decisões que precisam ser tomadas, que demandam angústia, pois, não sabemos qual será o resultado. Mudança de escola, casa, cidade, país, de emprego, posição social, de estado civil, papéis, atitudes, comportamentos, hábitos, (...) enfim, são várias as mudanças vivenciadas.

Existem aquelas pessoas que passam por várias mudanças na vida, e já não sentem medo, ou, se apavoram ao pensar que terão que mudar outra vez. Existem aqueles que não passaram por muitas mudanças, tendo certa resistência sempre que precisam realizar uma, demorando a se habituar, tendo um grande estranhamento diante das novidades encontradas.

Há mudanças naturais, que acontecem com o tempo, conforme a idade passa vem a maturidade, muitos de nós passam a ter prioridades diferentes, papéis diferentes. A saída da casa dos pais é uma grande transformação na vida, percebemos que nada é de graça, que nada vem pronto, principalmente se os pais não tiverem muitas condições financeiras para ajudar. Indiferente de se estar morando sozinho/sozinha, com amigos/amigas ou com companheiro/companheira, esposo/esposa, vai ser bem diferente de quando se vive com os pais.

Haverão responsabilidades que nunca existiram antes, percebemos que aquela louça suja não se limpa sozinha, a energia elétrica é desligada se não pagamos, a geladeira fica vazia se não vamos ao mercado fazer compras, enfim, nada mais é de graça, percebemos que tudo tem um custo, que a vida pode ser mais difícil do que sempre pareceu.

Outra grande mudança, que para muitos começa na saída da casa dos pais, e para outros bem depois de muitas transições, é o casamento, o momento em que duas pessoas, diferentes resolvem dividir seu espaço, sua vida, seu futuro, sua história. É um momento em que, se ambos não estiverem dispostos a viver uma mudança real, não vai dar certo, e vão viver uma vicissitude: a separação, o fim de um casal, uma modificação que pode ser terrível para muitos, para alguns pode trazer um certo alívio, mas, uma carga de angústia, decepção, sentimento de fracasso vem também.

Para algums pessoas é mais difícil, sentem-se perdidas, sem chão, buscando justificativas, se culpando, se torturando, mas, com o tempo e com alguma ajuda, inclusive profissional, percebem que o mundo não acabou, que podem recomeçar e encarar novos desafios.

Não podemos deixar de falar sobre uma grande transformação: ser mãe e ser pai. De um momento para outro se passa da condição de filho/filha para pai/mãe. Tudo muda, a partir deste momento a vida já não é como sempre foi, já tem que pensar por mais alguém e se dedicar inteiramente a este alguém, é um tempo de descobertas. Muitas pessoas percebem que tem uma força, uma capacidade muito maior do que pensavam, outros não conseguem dar conta, precisam de muita ajuda, mas, crescem, como pessoa, como cidadãos, aprendem com este(s) pequenos seres, se desenvolvem evoluem.

E as mudanças continuam, a cada conquista, a cada dificuldade, a cada sorriso, a cada lágrima... As vezes é difícil, às vezes dói, às vezes nos perguntamos se não poderia ser diferente, mas, as escolhas são assim, abrimos mão de alguma coisa, boa ou ruim, que pode nos oportunizar algo melhor, que vai trazer um melhor desenvolvimento pessoal, e nos ajudar a crescer como ser humano, como profissional, como companhia.

Também é importante assumirmos responsabilidade por nossas escolhas, nunca culpando pessoas ou situações por algo que não deu certo, mas, sermos autores de nossa história, confiando que, se alguma coisa ainda não deu certo, no tempo certo, quando estivermos prontos, vai dar, ou nos transformaremos a ponto de não precisar que aquele desejo antigo dê certo.

O medo sempre vem na hora da mudança, pareça ela boa ou não, mas, não devemos permitir que ele nos pare, não podemos nos autossabotar, jamais desistir, ter sempre uma coragem maior que o medo, ter autoaceitação, autoconfiança, sabermos que somos capazes de vencer o que for necessário. Como a lagarta, não devemos cortar etapas, e sim, aceitar a metamorfose, sair da zona de conforto, vislumbrar e desbravar novos horizontes, cientes de que em cada queda recomeçar é preciso e é possível, basta acreditar!

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Escrito por

Joscelaine Lima

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Comentários 2
  • Eduardo Cezar de Miranda

    Simplesmente esplêndido essa linha de raciocínio. Infelizmente muitos se suicidam diante da mudança repentina. Não conseguem olhar além das circunstâncias atuais, e, desistem da vida. Porém, a vida é um presente de Deus, que devemos valorizar cada momento. Como disse o apóstolo Paulo: “Em tudo aprendi a ser autossuficiente; tanto na pobreza, quanto na fartura; tanto na saúde, como na doença; tanto na liberdade, quanto na prisão; tanto na felicidade, quanto na tristeza; tanto no sofrimento, quanto na alegria, etc… Infelizmente, muitos não conseguem, ou, não conseguiram ser gratos ao melhor presente de todos: a vida!”

  • Roberto João

    Tive medo e receio de mudar, pois o sofrimento que isso gerava em mim me fazia desistir, até que me dei conta que a respeito do sofrimento, a mudança deve ser encarada de frente, não há atalhos no caminho que nos leve a mudar, agora que sei, estou disposto a vivenciar a mudança, se não me causar a morte, certamente me fará mais forte, e com ajuda de Deus, chegarei a um Porto seguro

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