Dia da Luta contra a AIDS: diga não ao preconceito e à discriminação

O HIV/AIDS ainda não tem cura, mas tem tratamento. No entanto, lidar com o preconceito e a discriminação continua sendo uma das principais barreiras para pessoas que convivem com o vírus.

30 NOV 2016 · Leitura: min.
Dia da Luta contra a AIDS: diga não ao preconceito e à discriminação

Desde que foi descoberta, no início da década de 80, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), foi exigindo, ano após ano, mais atenção por parte de governos, no que se refere a tratamento e prevenção. Estima-se que, no Brasil, cerca de 830 mil pessoas vivem com HIV, das quais 455 pessoas mil realizam acompanhamento periódico junto ao Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com especialistas da área da saúde, o Brasil conta com um dos melhores tratamentos de HIV/AIDS no mundo. Também há um amparo jurídico, com leis que garantem direitos como sigilo, medicamentos gratuitos e acompanhamento médico e psicológico.

Entretanto, apesar de avanços e conquistas, ainda existe um problema de difícil solução: a discriminação que as pessoas que vivem com o HIV sofrem, cotidianamente, nos mais diferentes meios e convívios. Aproveitamos o Dia Mundial da Luta contra a AIDS, 1º de dezembro, para abordar o tema.

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Desconhecimento ainda é um problema

Um dos motivos para a discriminação ainda é a falta de conhecimento sobre a doença. Para psicólgos especialistas no tema, grande parte da população continua pensando que o contágio pode ocorrer por dividir um ambiente comum, um aperto de mão ou por um abraço, por exemplo.

O medo faz com que parte da sociedade evite o contato com as pessoas que vivem com o HIV, até mesmo dentro do núcleo familiar. Uma barreira de tamanha magnitude precisa ser superada não somente com campanhas de prevenção, mas também com muita informação.

É importante fazer o conhecimento sobre a doença e seu tratamento circular, porém é fundamental promover a empatia e conscientizar a sociedade sobre o papel que cada um desempenha na luta por direitos, prevenção e saúde pública.

Medo gera isolamento

A falta de informação é o que ajuda a sustentar o estigma sobre a doença. Não raras vezes a própria pessoa não saibe como agir em seu núcleo de convivência e passa a se isolar. O resultado pode ser o surgimento de problemas sérios de autoestima e quadros de depressão.

Além disso, o medo da reação externa faz com que alguns comecem não somente a evitar sexo ou relações conjugais, como também deixem de frequentar ambientes sociais que antes costumavam, como academia, por ecemplo.

Trabalhando a autoaceitação

O preconceito e a falta de conhecimento estão aí e precisam ser trabalhados. Esse é um ponto. O outro, considerado fundamental, é que a pessoa que vive com HIV trabalhe sua autoaceitação, como explica a psicóloga Ussénade Maria de Oliveira:

"O portador precisa trabalhar a aceitação da doença e procurar não se rotular e nem se culpabilizar. Assim, será mais fácil lidar com o preconceito das pessoas. Também precisa entender que, antes da doença, ele já existia e que continua sendo uma pessoa. Entender que tadas as pessoas têm alguma limitação, e que a sua é só uma questão imunológica, que, se bem tratada, o permitirá viver por longos anos, sem grandes incômodos."

Ussénade ainda afirma que um dos principais pontos a ser trabalhados pela pessoa que convive com o HIV/AIDS é a questão da autoestima. Além disso, é importante dar atenção especial e se preparar para a nova fase da vida, já que existem as limitações que a sociedade impõe.

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Acompanhamento psicológico como ponto equilíbrio

Os danos imunológicos que o HIV/AIDS pode provocar no organismo possuem tratamentos médicos e farmacêuticos, os quais permitem à pessoa levar uma vida com cuidados, mas praticamente normal.

Entretanto, o problema é saber conviver a "morte social" que algumas ocasiões, provocadas por ações discriminatórias, podem causar. Aí entra o acompanhamento psicológico, que, além de tratar do indivíduo, também pode trabalhar com toda a família, atuando especialmente no preparo e orientação sobre como agir e dar suporte a quem ainda não o encontra na sociedade de maneira geral.

Falando de direitos

Além de medicamentos para o tratamento do HIV/AIDS, as pessoas que convivem com o vírus também têm o direito à assistência domiciliar semanal. Essa visita é realizada por uma equipe multidisciplinar, formada por médico, enfermeira, assistente social e psicólogo. Trata não somente o paciente, como toda a família. Porém, para que isso ocorra, é preciso que o médico responsável pelo paciente faça a solicitação.

A pessoa também conta com amparo legal em relação a ações discriminatórias sofridas em ambiente de trabalho, de estudo, em órgãos públicos ou em relação à sua opção de manter sigilo sobre a doença. É importante destacar que das 830 mil pessoas que têm o vírus no Brasil, grande parte não sabe de sua condição, como afirma o estudo realizado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), em 2015.

Fotos: por MundoPsicologos.com

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Comentários 1
  • mark lauren

    Meu nome é mark lauren, eu vivo em lyon frança. Eu realmente não sei porque algumas pessoas estão achando difícil acreditar que existe uma cura para o HIV. Tenho sido HIV + desde os últimos dois anos com minha esposa, mas hoje estou feliz em ser HIV negativo com a ajuda do fitoterapeuta Dr. Udo, o grande curador. Eu estava na internet pedindo ajuda quando me deparei com um testemunho compartilhado por alguém sobre como o Dr. Udo o curou do HIV. Eu sempre acreditei que existe uma solução para cada problema. Eu estou em Lyon, na França, mas eu tentei o meu melhor para me certificar de que eu conversei com Dr. Udo porque eu estava precisando muito do tratamento dele. Felizmente para mim, tomei o remédio e usei-o como dirigido por Dr. Udo, Ele trouxe um sorriso na minha cara com seu remédio herbal. Hoje estou muito feliz por ter alguém como esse grande curador por aí. Por favor Dr., mantenha o seu bom trabalho, porque há tantas pessoas lá fora que estão precisando de seu remédio de cura. Dr. Udo é capaz de curar tantas doenças como herpes, hepatite b, hepatite c, v, diabetes, bactérias vaginosis, hpv cancro, astma, infecções virais, sífilis, hiv, etc. qualquer que seja o seu problema, Dr. Udo está sempre lá para ajudá-lo.

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