Desarmando as birras

um sábado à tarde, a família passeia calmamente pelos corredores de um shopping em uma cidade qualquer, até que o filho começa a pedir um carrinho na vitrine de uma loja de brinquedos. Ao ouvir de seus pais que hoje ele não ia ganhar o presente, o filho começa a chorar, gritar e se joga no chão, exigindo de seus pais o carrinho. Promove, assim, uma situação vexatória à família, instalando o caos e encenando um verdadeiro episódio de birra.

O que são as birras? São os comportamentos inadequados, que as crianças apresentam pela dificuldade de aceitar um limite, reagindo até de forma agressiva algumas vezes. Esse comportamento, a birra, é uma ruptura no relacionamento, na qual a criança impõe à mãe ou a algum adulto uma condição: "Se você fizer o que eu quero, ótimo. Caso contrário, vai sofrer muito."

A criança tentará, através deste comportamento, fazer prevalecer sua vontade. A faixa etária na que esses comportamentos predominam é de 1 ano e 6 meses a 3 anos e 6 meses, porque nesse período a criança ainda não tem condição de lidar com a situação de ouvir o não, ela ainda não tem maturidade cerebral suficiente para reagir de maneira mais adequada, então responde da maneira que sabe, fazendo birra, já que ela não entende porque sua vontade não pode ser atendida.

O sucesso da birra é conseguir que os pais e/ou responsáveis façam o que a criança quer. É esse sucesso que alimentará o próximo episódio. Então, como os pais devem agir?

Como desarmar a birra?

Se a birra é uma tentativa de obrigar os pais a fazerem exatamente o que o filho quer, basta que os pais não atendam às exigências da criança. A vitória do filho birrento, se houver, dependeu não dele, mas dos pais. Foram esses que lhe deram a vitória, atendendo suas vontades.

Ao invés de atender as exigências da criança, os pais precisam ensinar aos filhos que a felicidade ou a saciedade não se conquista com birras, pois ela vem acompanhada de sofrimentos e sacrifícios de outras pessoas.

No lugar de atender aos desejos das crianças, é da autoestima dos filhos que os pais poderiam cuidar. Porque uma boa autoestima garante tranquilidade, valorizando o que se tem e não sofrendo por aquilo que não tem.

Fotos: por MundoPsicologos.com

As informações publicadas por MundoPsicologos.com não substituem em nenhum caso a relação entre o paciente e seu psicólogo. MundoPsicologos.com não faz apologia a nenhum tratamento específico, produto comercial ou serviço.