Como lidar com crianças e adolescentes que apresentam o TOD na escola?

O tratamento do transtorno opositor desafiador depende de medicação, psicoterapia e suporte escolar. Veja como enfrentar o problema caso seu filho esteja assumindo uma postura assim.

15 NOV 2017 · Leitura: min.
Como lidar com crianças e adolescentes que apresentam o TOD na escola?

Esse é, realmente, um assunto muito procurado por pessoas que trabalham em escolas e pela família das crianças com transtorno opositor desafiador (TOD). Vou apresentar quatro dicas para os profissionais da educação:

1. Perceber na criança quais as maiores dificuldades que ela tem.

O que contraria? Quais as principais causas e motivos que levam à criança ter uma crise?

O professor precisa conhecer o aluno, saber do que ele gosta, do seu perfil comportamental, conhecer a família, para entender como que ele é em casa.

Como o pai e a mãe normalmente o conduzem? Como os pais conseguem que ele siga regras? Como os pais, normalmente, convencem ou motivam essa criança para ela cumprir tarefas regras e rotinas de casa?

O diálogo aberto com o professore e pais é essencial. Buscar alternativas para trazer esse pai mais próximo da escola e de seu filho. Uma reunião deve ser marcada logo no início do ano letivo e apresentar projetos.

2. Na hora que essa criança estiver com raiva, na fase da agressividade verbal ou física, deixe a raiva passar.

Quando ela for contrariada e não consegue tolerar isso, não fale nada. Deixe-a terminar de manifestar essa raiva que ela não controla, e só no momento que ela estiver calma senta e conversa com a criança. Nessa conversa descreva o que aconteceu, com voz calma, e as possibilidades de ter sido de outra forma. A criança precisa entender que ela pode buscar outros caminhos vantajosos, e ela vai conseguir mais da escola e dos amiguinhos.

3.‎ Observar se essa criança com o TOD possui algum déficit ou outros transtornos.

É muito comum associar ao Transtorno Opositivo Desafiador com: TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), Transtorno Bipolar e Transtorno do Espectro Autista.

Uma criança que foi diagnosticada com TOD (Transtorno Opositivo Desafiador), pode apresentar um ou dois dos três transtornos acima citados, e se não identificar o tratamento fica incompleto.

4. Estabeleça na sala de aula as regras.

Crie em conjunto, logo no início do ano letivo, as rotinas e os combinados que devem ser cumprido durante o ano. E o mais importante, cumpra-o! Não deixe uma criança solta, como se ela pudesse fazer o que quer na hora que quer. De uma forma motivadora, faça um controle social para que sigam as regras e rotinas. Com regras rotinas bem estabelecidas essa criança vai receber uma pressão social para que cumpra.

O tratamento depende de medicação, psicoterapia e suporte escolar. A Psicologia comportamental centra na família e mudanças comportamentais (dar bons exemplos, dialogar, ter paciência ao falar, explicar os motivos das ordens dadas, etc.) e a escola, deve oferecer apoio, reforço e abertura para um bom diálogo com a psicologia e família.

A Psicologia Escolar, sem apoio da coordenação e dos professores não funciona. E vice-versa.

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Escrito por

Marci Kraft

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