A Tomada das Decisões

Tomar uma decisão nunca é simples, existem várias coisas a serem analisadas. Porém a necessidade de tomar uma decisão é algo muito comum aos adolescentes.

26 ABR 2017 · Leitura: min.
A Tomada das Decisões

Aos meus alunos do ensino médio e do segundo ciclo do fundamental..

Quantos de vocês, meus queridos alunos e leitores, já viveram a angústia de ter que tomar uma decisão? Imagino que muitos. Comumente perguntamos aos nossos jovens, o que pretendem fazer quando terminarem os estudos, que profissão irão seguir?. Mas não sabemos o quanto pode ser difícil responder à essa pergunta. Tantas dúvidas, tantas coisas a serem pensadas em tão pouco tempo.

Peço para que possamos, por um momento, nos colocar no lugar de um aluno. Com pouca ou nenhuma experiência profissional, e muitas vezes dependente de seus pais ou cuidadores, vivem desejos comuns e são muitos; a realização pessoal, o status, o conforto, a manutenção de um padrão de vida... Esses desejos podem já estar conosco a muito tempo. Mas cometemos alguns erros. Imaginamos que esses sonhos serão realizados pelas profissões que escolheremos, muitas vezes, sem pensar no que elas podem nos prover. Outros erros ainda acontecem, procuramos também as profissões que podem nos suprir essas vontades, e nos esquecemos de que a profissão está ligada ao nosso perfil e personalidade. Levanto uma questão, será que a profissão que está de acordo com o nosso perfil, pode suprir todas as nossas vontades? Imagino que para essa escolha devemos seguir outro raciocínio.

Aproveito também para falar do sentimento da necessidade de fazer uma escolha. Quando discuto com os alunos sobre o tema, posso perceber uma pressão em decidir de uma vez que carreira seguir. Em um trabalho de orientação vocacional, observei pessoas que mudavam de profissão semanalmente; ora era nutricionista, ora médico, ora dentista, ora psicólogo, e até mesmo um policial do BOPE. Por mais que pareça difícil escolher, é algo muito importante a ser feito.

A evasão das instituições de ensino superior pode chegar em média a 26% nas universidades particulares e 15% nas públicas. Alguns cursos como processamento de dados ou TI tecnologia da informação, engenharia da computação e marketing, chegam a índices de 36% de desistência. Os motivos para esses índices de desistência em sua maioria são, a dificuldade com às disciplinas ministradas nos cursos, dificuldades financeiras e a falta de vocação do estudante para o curso.

Diante do exposto, vale ressaltar que não existem escolhas que não possam ser alteradas. Visto que são grandes os índices de desistências dos cursos. É normal cogitar várias hipóteses de cursos e profissões a se seguir, inclusive é algo que recomendo. Quando nos colocamos nos lugares desses profissionais que idealizamos, nos permitimos viver uma pequena amostra de sua rotina, algo que considero grandioso quando trabalho a orientação vocacional. Algumas das dinâmicas de grupo de orientação são formuladas para fazer com que os alunos atuem como os profissionais que idealizam, conseguem agir como médicos, engenheiros, professores, artistas entre outros. Algo muito interessante, é aproveitar para pensar na profissão como um modo de vida, levantar hipóteses de como realmente deve viver determinado profissional. Como deve ser a vida de um médico que trabalha em uma unidade de emergência? Como é a rotina de trabalho de um engenheiro em um canteiro de obras? Entra outras questões que, podemos com criatividade levantar.

É de grande importância que todas as escolhas aconteçam de forma pura e livre de pressões. Devemos pensar que a profissão que iremos escolher, pode fazer grandes mudanças em nossas vidas e não precisamos nos ater àquilo que outras pessoas desejam para nós. A escolha deve acontecer de forma livre, partindo de nós mesmos. Ouso até dizer que, no fundo sentimos que pertencemos a determinada área, e a ela devemos nos direcionar. Sugiro que você tente ouvir de si mesmo o que deveria fazer e responda à pergunta: Aonde eu sinto que é o meu lugar? Deixo-vos com essas reflexões ...

Boa semana todos!

Iago Bastos da Silva

Psicólogo - CRP 06/131221

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Escrito por

Psicólogo Iago Bastos

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