Como controlar as birras infantis? Anote as dicas
Está prestes a perder as estribeiras por causa das birras? Respire fundo e anote estas dicas! Verá que é possível enfrentar a situação e reassumir o controle sem recorrer à agressividade.
s birras são uma reação da criança ante uma emoção. O que ela desperta, entretanto, está longe de ser positivo. Pais e responsáveis seguramente irão concordar tratar-se de uma situação que gera incômodo, stress e, inclusive, sensação de impotência.
É praticamente impossível impedir que venha um sentimento de tristeza ou nervosismo quando as birras aparecem. Entretanto, há como incidir na forma de reagir ao que faz a criança, tratando de ajudá-la a aprender a lidar de uma forma mais positiva. Quer saber como? Confira os conselhos que compartilhamos a seguir.
As birras são normais?
Segundo os profissionais especializados em psicologia infantil, a resposta é sim, pelo menos até certa idade. Para saber se esse comportamento é normal ou não, é importante considerar a fase do desenvolvimento que se encontra a criança.
Por exemplo, quando atinge 1 ano e 6 meses de vida, começa a aguçar o sentido de possessão de objetos. Nos acessos de raiva diante da privação, por exemplo, é normal responder com birras, choros violentos, golpes arremeçando objetos.
Aos 2 anos e 6 meses, começa a se consolidar uma fase mais egoísta e absorvente, expressando ciúmes de irmãos ou terceiros, e respondendo a desacordos e interferências de forma mais agressiva.
Já aos 4 anos, é normal que crie polêmica por qualquer coisa, brigando de forma constante com as figuras que representam autoridade. Por isso, as birras são mais frequentes entre os 2 e 4 anos, sendo mais ou menos intensa conforme o temperamento da criança.
Elas estão associadas ao desenvolvimento e expressão das emoções. À medida que a criança cresce, vai aprendendo a se manifestar e a reagir aos sentimentos. Está claro que fazê-lo de forma adequada vai depender da influência dos ambientes que a cerca, como, por exemplo, se recebe em casa exemplos positivos.
Ação e reação
Deixando de lado o peso que fatores genéticos podem ter na predisposição por fazer birras ou não, vale lembrar que os fatores comportamentais podem (e devem) ser aprendidos. A criança que faz birra e recebe como consequência algo que é positivo, seguramente irá repetir tal comportamento.
A forma mais eficaz de romper o ciclo é ensinando a regular essas emoções. Nesse sentido, a maior fonte de aprendizagem das crianças são os próprios pais, que devem ser assertivos durante a comunicação com a criança, explicando com claridade porque as birras não serão aceitas nem recompensadas.
Como reagir durante as birras?
Algumas posturas são básicas e indispensáveis se você não quer retroalimentar o mau comportamento:
- Não se exalte. Respire profundamente para controlar a intensidade da sua emoção, concentrando-se nos seus movimentos, e não no comportamento da criança.
- Quando estiver mais tranquilo, trate de descobrir o que provocou a birra da criança. Por exemplo, se foi uma falta de atenção, a negativa em se comprar algo, o fim de uma bricadeira, etc. O próximo passo é explicar, com fases curtas e claras, porque não foi feito o que ele(a) queria ou esperava.
- Não permita que a birra seja o centro das atenções. É importante ignorar os reclames da criança e continuar fazendo o que você pretendia fazer antes de começar o chilique. Você estará ensinando a ela duas coisas importantes: que essas emoções (raiva e frustração) são normais e todos devemos saber lidar com elas, e que as birras não têm o efeito esperado, a atenção imediata. Isso é o que irá, pouco a pouco, diminuindo sua frequência, já que a criança perceberá que tampouco são efetivas.
- Caso aconteça em um lugar público, é importante levar a criança a um lugar mais tranquilo, no que seja possível conversar. Isso sim, a criança só deve receber atenção, visual e verbal, quando se tranquilizar.
Há outro ponto fundamental para romper de vez com o ciclo das birras: saber valorizar a criança quando, finalmente, abre mão do chilique para se comportar bem. Essa deve ser a consequência positiva de todo o processo.
Fotos: por MundoPsicologos.com
As informações publicadas por MundoPsicologos.com não substituem em nenhum caso a relação entre o paciente e seu psicólogo. MundoPsicologos.com não faz apologia a nenhum tratamento específico, produto comercial ou serviço.
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Super amei suas dicas e palavra de sábios, obrigada.