Filho pequeno e tecnologia: como evitar o vício?

É possível romper o vício das crianças nos aparelhos eletrônicos. Porém, alguns passos têm que ser seguidos no dia a dia. Veja o que fazer se você também passa pelo problema.

15 JUN 2017 · Leitura: min.
Filho pequeno e tecnologia: como evitar o vício?

Briincar no parque, jogar bola no quintal com os amiguinhos, desenhar nas paredes. Situações assim fazem parte da memória de infância de muita gente, da época em que voltar para casa com a roupa suja de terra era, na maioria das vezes, motivo de bronca. Mas as coisas mudaram.

É natural que cada geração se adapte à realidade que a cerca, e o que cerca as crianças de hoje é a tecnologia. Porém, ao mesmo tempo em que os avanços ajudam nas tarefas e fundamentam o aprendizado, também trouxeram os riscos de excesso.

Se antes era algo comum entre adolescentes, nos últimos anos também alcançou os menores.Quem nunca viu uma criança ficar quieta somente se o pai ou a mãe deixa o celular para jogar? Ou então aquela criança que é capaz de usar o tablet melhor do que você? Há ainda aquela que é capaz de estar horas quieta, assistindo vídeos no Youtube. Mas a que nos arriscamos quando permitimos que comportamentos como os citados sejam a constante?

Tecnologia e o desenvolvimento da criança

Psicólogos especializados em infância constumam coincidir em que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode atrapalhar o desenvolvimento normal da criança. Costuma interferir em questões como atenção, concentração e controle, principalmente quando ocorre acontece nos primeiros anos de vida dos pequenos.

Também pode ser um fator de interferência na própria relação entre pais e filhos. Além de dificultar os momentos de conexão,a criança comumente recorre a birras para conseguir o que quer; no caso, o tablet ou o celular.

Porém, ao contrário do que alguns pais podem pensar, romper com o ciclo não é uma tarefa fácil, porém, possível. Entretanto, não deve ser algo brusco. Devem, sim, ser seguidas algumas estratégias,como apontam profissionais especializados em psicologia infantil.

1) Comece reduzindo o acesso

Simplesmente impedir o uso de uma hora para a outra não é o recomendado pelos psicólogos. Ao contrário, há que se fazer uma redução gradual e diminuir o tempo de exposição da criança ao aparelho. Se o rompimento for feito de maneira brusca, é possível que a criança não entenda o motivo e tampouco deixe o vício de lado.

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2) Não use castigos

Para as crianças, o uso de eletrônicos é algo natural, afinal, já nasceram nesse ambiente. Sendo assim, é importante não castigar os filhos querer estar com celulares e tablets, sob risco de não entenderem o motivo da punição.

Antes de tudo, é preciso ter paciência e compreender a situação da criança, que talvez esteja se desenvolvendo sem que sejam apresentadas a ela alternativas de lazer e distração.

3) Evite o estímulo

Se o celular ou tablet está sobre a mesa ou em algum outro lugar de fácil acesso, é natural que a criança deseje utilizá-lo. Por isso, é importante manter os aparelhos longe dos olhosdo menor.

Além disso, é fundamental lembrar que as crianças tendem a reproduzir as atitudes dos pais. Desse modo, os pais que ficam o tempo todo no celular estão repassando os mesmos valores aos filhos.

4) Faça atividades ao ar livre

Na maioria dos casos, o momentos em que as crianças ficam mais apegadas aos eletrônicos é quando estão em casa. Sendo assim, sair desse ambiente e incluir na rotina a prática de atividadesao ar livre é muito importante. E, se for para ficar em casa, vale estimular atividades lúdicas, jogos, desenhos e brincadeiras.

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5) Dedique tempo à criança

As crianças costumam recorrer aos aparelhos eletrônicos por instinto, mas também por causa do pouco tempo que os pais têm para dedicar a elas. A correria do dia a dia faz com que, em alguns momentos, a atenção aos filhos fique em segundo plano.

Por isso, organizar o tempo e criar alternativas de distração à criança é fundamental. Isso, além de reduzir o vício dela aos eletrônicos, também vai ajudar a criar mais intimidade e respeito na convivência diária.

Cabe destacar ainda que não se trata de proibir a criança de usar equipamentos eletrônicos, mas de fazê-la compreender os limites e as normas estabelecidas. Isso somente será possível quando os pais desempenharem um papel ativo na oferta de alternativas, carinho, amor e tempo.

Fotos: por MundoPsicologos.com

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