7 passos para superar a dependência emocional

A dependência emocional oculta uma necessidade de controle e segurança, manifestada por alguém que não confia em si mesmo. Entenda por que é nociva e quais são os recursos para superá-la.

22 AGO 2018 · Última alteração: 21 OUT 2019 · Leitura: min.
7 passos para superar a dependência emocional

Quando o seu bem-estar, sua felicidade ou seu equilíbrio emocional depende de outras pessoas ou do que elas façam, é muito possível que você manifeste claros sinais de dependência emocional. Trata-se de uma condição problemática, que te impede de enfrentar as situações do dia a dia como deveria, seja por falta de autoconfiança ou por medo de ficar sozinha/o.

E você? Já se perguntou qual o seu nível de dependência emocional? Faça o teste para averiguar a resposta:

De acordo com os especialistas, a dependência emocional é alimentada pela baixa autoestima e pela insegurança. Como resposta direta, a pessoa busca externamente no outro, seja no relacionamento de casal, na família ou amigos,  a segurança que não tem em si mesma. Fica "viciada" no que essas relações são capazes de proporcionar e chegam a considerar que é impossível viver sem elas. Imagina o sofrimento emocional que isso representa?

Por isso, para conseguir romper com os elos da dependência emocional e superá-la é fundamental começar a entender de onde vem esse apego, que não tem limite. Isso significa reconhecer medos e limitações, mas também aproveitar o processo de reflexão para entender quais são as suas próprias potencialidades, porque todos as temos.

É possível que se descubram feridas emocionais e situações de instabilidade, mas isso permitirá, aos poucos, ir trilhando um caminho mais autossuficiente. O processo é lento e, na maioria dos casos, merece ser acompanhamento por um psicólogo especializado em desenvolvimento pessoal. Entretanto, você pode começar a mudança ser com pequenos ajustes nos seus comportamentos e posturas:

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  1. Comece reconhecendo que está dependente: nunca seremos capazes de superar algo que tratamos de negar. O primeiro passo sempre é saber que você se sente dependente emocional e por que existe esse apego desmesurado. Trate de entender o que cada uma dessas relações oferece a você, de positivo e negativo.
  2. Não tenha medo da incerteza: a dependência emocional vem de uma necessidade de controle, porque isso seria sinônimo de segurança. Porém, quando ela se instala, a relação se converte em tóxica. Ter consciência de que o futuro não se controla, de que a única esfera real de influência que temos é sobre nós mesmos (não me sobre os outros), ajuda a encarar o que está por vir com mente mais aberta e com menos medo, já que o incerto não tem porque ser, necessariamente, negativo.
  3. Centre-se mais em você: não se trata de ser uma pessoa egoísta, mas de ter consciência de que o que realmente importa é a sua opinião, o que você pensa sobre você, não a opinião dos demais. E é importante que você trabalhe todos os pontos que ajudam a reforçar a sua identidade pessoal.
  4. Seja capaz de dizer não: faz parte do equilíbrio emocional saber dizer não. Você precisa entender que respeitar o outro não significa abrir mão daquilo que é fundamental para recuperar e manter a sua autonomia emocional. Seja assertiva/o e respeite sua individualidade.
  5. Não viva do passado: o passado ensina e, nesse sentido, é sempre uma referência. Mas isso não quer dizer que você deva estar presa/o a essas experiências, especialmente as negativas. Isso é colocar uma carga no presente totalmente desnecessária. O grande aprendizado consiste em justamente ser capaz de trasladar as lições do passado e aplicá-las ao presente, para fazer melhor, ser melhor e se sentir melhor.
  6. Questione as suas regras: está claro que todas as experiências vividas ajudam a conformar as "regras" e crenças quando se trata de relacionamento, por exemplo. O problema é que essas regras nem sempre são objetivas ou refletem a realidade. Daí a importância de revisá-las constantemente, em função de quem você é no "agora" e de quais são as suas necessidades.
  7. Assuma a responsabilidade das suas emoções: os sentimentos pertencem à pessoa, e é contraproducente querer colocar a culpa dessas manifestações em causas externas; seria assumir uma postura vitimista. Você precisa entender que tem o controle e, exatamente por isso, é responsável por como manifesta suas emoções.

Para superar a dependência emocional é fundamental que você aprenda a estar bem sozinha/o. Saiba que isso é possível! Não deixe de pedir ajuda profissional se precisar de suporte para alcançá-lo.

Fotos: MundoPsicologo.com

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Comentários 157
  • Maria Amélia Magalhães

    Estou tendo, quase todos os dias crise de. Ansiedade,uma vontade de chorar chorar chorar,eu estou muito solitário,mesmo estando no meio de inúmeras pessoas,eu me sinto absurdamente sozinhana multidão, estoy sofrendo, como nunca sofri na vida,me ajudem pôr favor.help help help

  • Maria José

    Adorei as palavras que li, obrigada por me ajudar com essas palavras

  • Josefa Gomes da cruz

    Achava que vivia um conto de fadas Só que agora vejo que ele mim controla pode fazer o que ele quiser sempre desculpo.ele mais agora tá demais quero mim liberta da independência Medo de ficar sozinha o que eu faço

  • João bonifacio dos Santos ferraz

    Tudo bem gostei muito sem comentario

  • leandro araujo

    Não me reconheço mais, meus objetivos se perderam eu só vejo ela .. Nunca achei que aconteceria comigo, perdi o gosto de tudo e até a inexistência se tornou atrativa . Espero disperta e me curar disso eu espero viver..

  • Luana Lopes

    Agradradecida por cada palavra

  • Yasmin

    Eu sou dependente emocional do meu noivo. Tudo começou quando fui expulsa de casa por não aceitar o relacionamento da minha mãe com um cara problemático. O meu noivo me acolheu em sua casa. Tudo entre nós foi muito rápido, mas vale ressaltar que no princípio eu não gostava dele. Quis ser só uma amiga, quis bloquear depois de um segundo encontro catastrófico, mas, por fim, me apeguei e agora estou em uma situação de merda. Para meu noivo, sempre foi Deus no céu e eu na Terra. Acontece que tudo mudou. Brigamos muito. Muito mesmo. As nossas brigas, no entanto, não são o real problema, mas sim o que nós fazemos em decorrência delas. Chegamos num ponto em que somos tóxicos um com o outro. Acontece que, talvez pela dependência emocional que eu aceitei abraçar como a minha verdade, talvez por outra coisa, eu quero mudar. Eu quero ser a diferença para que ele também, quem sabe, possa se permitir mudar também. Eu o amo muito. Quero me casar e construir uma família. Quando penso nele com outra pessoa... Uau, isso me mata por dentro. Sou ciumenta com isso, mas, ultimamente tenho me descoberto uma pessoa tranquila no sentido de não cobrar mensagens e nem que não vá sem mim a lugares com os amigos. Eu quero mudar e eu vou. Vou lutar pelo meu casamento. Por favor, me desejem sorte.

  • Matheus

    Comecei a conversar com uma pessoa e nós gostamos um do outro mas me vejo em uma dependência emocional absurda. Não sei como sair, se ela demora um pouco pra responder já me sinto inseguro, começo a viajar na mente achando que ela está com outro. Abro o whats de dois em dois minutos, isso é terrível, espero que consiga me curar logo desse negócio.

  • Alan Prado

    Descobri que estou com dependência emocional do meu melhor amigo. Há alguns meses, comecei sentir desconforto quando ele não respondia algumas mensagens e a coisa foi piorando quando saiamos juntos e eu era colocado de lado por ele querer se relacionar amorosamente com outras pessoas. Sempre coloquei ele num pedestal e por um longo período também estive no pedestal dele. Ele é uma ótima pessoa e tenho clareza sobre a responsabilidade desses sentimentos serem exclusivamente meus, mas me vejo de mãos atadas. Nos falamos todos os dias. Tínhamos atividades que realizamos diariamente. Mas quando há algum fator que me causa instabilidade, já começo a produzir um discurso mental em como acabar de vez com tudo isso. Seria mais fácil me afastar, literalmente bloqueá-lo. Fica a sensação de perder uma pessoa que sempre me proporciona bons momentos. Não sei se é a dependência me sabotando ou o bom senso. Aos poucos, em meio a algumas discussões leves, fiz a narrativa que tinha algo que não estava legal e mencionei essa dependência emocional. Não sei exatamente, se ele entendeu de fato como eu estava, mas sinto que tocar no assunto é corrosivo. Se nem eu sei lidar com isso, imagine ele. Busquei ajuda psicológica gratuita pelo SUS e estou aguardando a data. Até lá, fico nessa inconstância emocional diária. Pesquisando sobre o assunto, correlacionei com fatores da minha infância. Tive pai totalmente ausente e mãe emocionante ausente. Minha criação foi quase que terceirizada pelos meus avós. A sensação de abandono nem sempre existiu, mas é inevitável não associar traumas antigos com alguns atuais. Não sei quanto tempo mais eu aguento assim. Me sinto totalmente fragilizado. Infelizmente a resposta de tudo isso está dentro de mim. Preciso encontrá-la. Minha esperança é a terapia. Espero que meu depoimento traga clareza para algumas pessoas.

  • Matheus Marcio

    Eu vivo em uma relação aberta que nunca quis entrar, acordamos que poderíamos ficar com outras pessoas mas ambos se chateam e se magoam quando descobre algo um do outro. Mas insistimos em não nos separar mas eu abro mãos de todos os meus desejos e vontades mas ele não. Ele não quer e eu sei que para mim o melhor seria o fim mas eu insisto em continuar me machucando e faço ele se machucar também porque na hora da raiva esfrego na cara dele de que eu faço pior. Meu desejo é terminar, tenho diversas razões, ele sempre me fala isso e ao invés de aceitar o término eu insisto em querer ver uma mudança e coloco na minha cabeça de que sou capaz de aguantar tudo isso mas eu não sou. Eu nesse momento estou me odiando porque minha cabeça está me deixando doente pensando nesses momentos de traição e minhas atitudes em relação a isso é fazer igual, mesmo contra a minha vontade mas eu sempre faço o dobro e eu sei que isso não é saudável, eu quero a solução para esse problema mas não quero encara-la.


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