Sou ansiosa e absorvo os problemas do meu namorado dependente, devo terminar?

Feita por >Bruna · 22 ago 2022 Ansiedade

Sofro de ansiedade e tenho um relacionamento de quase 2 anos. No começo, tive muita insegurança e me tornei dependente demais dele, o que fez com que meu namorado dedicasse todo o tempo livre dele a mim, pois qualquer afastamento me fazia sofrer. Hoje vejo que estava errada, mas demorei muito tempo para cair na real. Como construi nosso relacionamento dessa forma, hoje é difícil mudar alguma dessas regras. Meu namorado tem baixa autoestima e também se tornou dependente emocionalmente de mim, hoje em dia muito mais do que eu dele, a ponto de não conseguir tomar praticamente nenhuma atitude sozinho, sempre me consultando como deve agir, o que deve falar... No período em que estamos juntos, ele enfrentou problemas como a perda da avó que o criou, uma doença do tio e conflitos familiares. Hoje, ele trabalha e mora com seu pai e madrasta, longe da família que o criou (em cidades diferentes) pela proximidade do local onde eu moro, ou seja, para facilitar nosso relacionamento, porém sei que ele não se sente feliz morando ali por ter conflitos com a madrasta e a solução para isso, na opinião dele e da família, é se mudar e morar junto comigo. No começo esse também era meu plano mas hoje vejo que não estou preparada para dar esse passo. Todos esses problemas que ele enfrentou e se apoiou em mim me fizeram adquirir essa postura de "mãe" para tentar protegê-lo, mas com o tempo comecei a absorver os problemas dele mais do que se fossem meus e, hoje, qualquer reclamação, notícia ruim ou desânimo por parte dele me gera uma preocupação imensa, acaba com o meu dia. Por tudo isso, estou sofrendo a maior crise de ansiedade da minha vida e vejo que ele faz de tudo para tentar me ajudar, mas qualquer problema que ele traz para mim me desestabiliza totalmente. Para tentar melhorar, comecei a investir em mais tempo comigo mesma e com a minha família e isso fez com que o nosso tempo juntos acabasse diminuindo, mas ele não está contente com isso e chegou a dizer que não aguenta mais viver com a madrasta, que se sente em segundo plano e que não estamos na mesma sintonia, que a felicidade dele sou eu e que ele se sente muito sozinho porque não quero passar mais tanto tempo com ele detalhe: nós moramos em cidades vizinhas, nos falamos todos os dias pelo telefone, apenas tenho tentado me distrair após o trabalho na semana, passando tempo com minha mãe, e pedi a ele que não viesse mais para a minha casa às sextas-feiras à noite, pois antes ele ficava dormindo aqui de sexta a domingo. Pedi que ele começasse a vir no sábado de manhã para que eu pudesse ter a noite de sexta livre para fazer minhas coisas. Após essa conversa, expliquei que amava estar com ele, mas que estava sobrecarregada e que precisava de um espaço para me reconectar comigo mesma, por isso pedi um dia livre e também sentia que ele precisava de um espaço para si, e com muito esforço ele acabou compreendendo e me pediu desculpas, porém receio que ele esteja infeliz. Estou procurando ajuda para meus problemas e ontem iniciei tratamento com psiquiatra, porém não sei o que devo fazer em relação a ele. Eu o amo muito e sei que ele faz tudo por mim, me ama e diz que não vive sem mim, mas não estou contente e sinto que essa relação está pesada, pois não posso ser a única fonte de felicidade na vida dele e nem ele na minha, além disso, a preocupação que tenho com ele não me deixa em paz. Estou a ponto de pensar as vezes que gostaria que ele me traísse ou não me amasse mais, para que fosse mais fácil botar um ponto final sem que ELE sofresse. Me sinto mal caráter em cogitar terminar por causa dos problemas dele, mas na verdade o problema está em mim. Sei que vou sofrer muito sem ele pois o amo muito e não tenho amigos e tenho medo dele se sentir sozinho sem mim também, pois está afastado de todos. Por mais que nos amemos muito, devemos terminar?
Obs: nome fictício.

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A melhor resposta 24 AGO 2022

Boa noite

É essencial vocês terem espaço individual para si mesmos, buscarem atividades que apreciem além um do outro, fazerem amizades com pessoas distintas e preservarem a individualidade de cada um, isso torna uma pessoa mais rica e bela para o parceiro, auxilia inclusive a decidirem se querem continuar juntos ou não. Os dois precisam de espaço, se ele não tem felicidade em casa é importante que busque atividades que aprecia, você pode apoiá-lo mas a decisão é dele. A psicoterapia te auxiliará a se conectar com os seus desejos e então descobrir qual decisão tomar quanto a manter ou não o relacionamento.

Um abraço

Anônimo-405478 Psicólogo em Rio de Janeiro

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23 AGO 2022

Oi "Bruna"
Voces dois, precisam recomeçar desde o início;
Precisam se conhecer; ainda não sabem quem são, não promoveram o nascimento psicológico de voces, estão ligados à família e enquanto isso, todas as escolhas resultam em sofrimento.
Precisam curar sua dependência afetiva/emocional para, só depois pensar numa vida juntos.
"Bruna" não é voce que vai fazê-lo feliz; não é ele que vai te fazer feliz.
Cada um precisa conquistar o seu espaço; voce precisa realizar ou encaminhar o seu sonho de vida.
PRECISA RECUPERAR a tua inteligência para aprender a ser si mesma, para ser a mulher que voce quer ser.
E não são os medicamentos que vão te curar; quem cura é a consciência de quem voce é, como se enxerga e qual o seu objetivo de vida.
Façam Psicoterapia
Abraços

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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23 AGO 2022

Olá Bruna! Obrigado por escrever. Pelo escrito, vocês estão lendo o texto antes de escrever o texto. Em outras palavras, estão namorando um ao outro, antes de consolidar certo grau de autoestima, de autonomia, de identidade essencial. A chamada "dependência emocional" é uma inadequação, pois a emoção acontece dentro da pessoa, não está sob o controle do outro, reflete significativa imaturidade. De outro lado, você está em um site de psicólogos, falando de ida a psiquiatra. Pelo relatado, salvo outros elementos, você precisa de ação da Ciência da Psicologia e não da Ciência da Psiquiatria. Você precisa aprimorar os delimitadores da tua identidade, da autonomia, viver a juventude, consolidar turma de colegas e conhecidos, lazer, esporte, cultura.
Estarei a disposição para maiores argumentações.
Abraços virtuais (A Covid e a Dengue são reais. A maior parte dos políticos são falsos, a imensa maioria dos
ditos, "líderes religiosos" querem é dinheiro - são falsos, atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento - preste atenção! Há até alguns falsos cientistas. Diante disso, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Retome as máscaras, evite aglomerações e elimine os criadouros de mosquitos.

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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23 AGO 2022

Olá, boa noite!
Ao que me parece o relacionamento de vcs é dependente um do outro, ambos se ancoraram um no outro principalmente nos momentos mais difíceis, ser grata é diferente de ser dependente, parece haver uma dívida de gratidão, que ao meu ver é a pior das dividas, pois não se paga nunca e acha que vai estar sempre devendo pro outro que ajudou. Isso é dependência...
O relacionamento saudável necessita que ambos tenham também uma individualidade que parece não estar havendo no momento, aparentemente vc já percebeu isso, mas devido aos fatores mencionados principalmente a gratidão e preocupação maternal estão impedindo que vcs vivam um relacionamento saudável. Provavelmente agora que está indo ao psiquiatra, seus sintomas ansiosos podem melhorar, mas. Medicação não trata da dependência, seria necessário junto ao psiquiatra fazer terapia para encontrar os motivos que a levam a essa dependência, ao medo de tomar decisões, e outros fatores que causam sofrimento. Provavelmente há questões mais profundas que precisam ser elaboradas.

Tatiana Maria Silva Gomez Psicólogo em Sorocaba

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