Sempre que estou com minha familia e/ou amigos, nenhum deles escuta o que eu tenho para falar. Estamos conversando sobre um assunto X, e quando chega a minha vez de dizer algo sobre o assunto X eles: me cortam, seguem a conversa como se eu não tivesse falado nada e muitas vezes trocam o assunto na hora que eu começo a falar, apenas para que aquilo que eu ia falar perca o sentido(muitas vezes me cortam com palavras do tipo “beleza” ou então “ah legal”). Eu sempre fui uma pessoa que fala bastante, mas isso tem me feito ficar quieta e não opinar sobre nada, porque eles sempre me ignoram(esses dias fomos pedir uma pizza e eles falaram que iam pedir o sabor Y, e eu disse que era alérgica a Y, eles responderam com “ah beleza”, e quando a pizza chegou, ela era do sabor Y! Não pude comer por conta disso!), e isso tudo está me deixando... magoada? Raivosa? Sufocada? Por que, principalmente, eu acabo ficando muito quieta e eles vivem dizendo “aí você tá muito quieta, conversa mais com a gente etc”, mas quando eu começo a falar, me interrompem. Como eu posso superar isso?
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5 AGO 2020
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Olá Ari.
Grata por sua pergunta. Nós não temos controle sobre a atitude dos outros, mas sobre a nossa sim. Então, se você gostar de você e der atenção para os seus próprios sentimentos e emoções verá que as outras pessoas começarão a querer olhar para você e se interessar pelos seus sentimentos.
Reflita sobre a sua vida. Você é o que nasceu para ser? Ou está apenas levando a vida do jeito que dá?
Se você não estiver valorizando o que sente e negligenciar alguma área da sua vida, os outros também vão menosprezá-lo. Cuide-se primeiro. Não julgue os outros. Apenas cuide de você. Encontre os seus pontos positivos e use-os a seu favor. Encontre os pontos que precisa melhorar e seja a cada dia melhor. Não se preocupe se tiver que fazer mudanças no seu modo de ser, se precisar aceite que algumas pessoas poderão se afastar da sua vida, deixe-as ir e agradeça o aprendizado. O importante é você estar bem com você mesmo. Fique algum tempo só, reflita e sinta se gosta da sua própria companhia. Respeite os outros, mas não se abandone. Seja você o seu melhor amigo. Foque no que é essencial. Estude, trabalhe, procure a sua independência financeira, ela te dará liberdade. Procure um profissional da área da psicologia para entender melhor os seus sentimentos e emoções.
Espero ter ajudado.
Fico à disposição.
Psicóloga Maria Nair de Castilho Ramlow
Ari muitas vezes precisamos provar , não apenas falar, faça uma terapia para você entender melhor seus conceitos e assim conseguir lidar melhor com essas questões.
Psico Natalia Martins
Olá, Ari.
Obrigada pela sua participação.
A forma de "superar", como você diz, já está sendo pensada. O fato de você se disponibilizar a externalizar a situação neste espaço, bem como sua abertura para receber opiniões, mostra sua capacidade de auto reflexão. A medida que se torna mais consciente de si tendes a fortalecer a própria auto estima, sentindo -se mais fortalecida a postura nos relacionamentos interpessoais também alteram.
Ter um espaço psicoterapeutico para falar sobre seus sentimentos e pensamentos pode ser uma forma de cuidar de si.
Espero ter contribuído e coloco me à disposição.
Abraço.
Beatriz Mazzoco
Olá Ari! Grato por participar. Para contextualizar melhor a sua queixa, precisamos saber a configuração da tua família, bem como a forma como você se posiciona. A pessoa que, de fato, liga para o que falamos, somos essencialmente nós mesmos. Com o tempo, o aprimoramento dos vínculos, a persistência por colocar coisas significativas e consistentes, com estratégias e técnicas corretas, poderemos conquistar algum respeito. O essencial e estar fundamentado naquilo que fala e ter responsabilidade, persistência e firmeza no encontro entre pensamentos, sentimentos e ações. Lembre-se: "santa de casa não faz milagres". Nesse sentido, amigos professores, colegas de trabalho, parceiros esportivos, vão ajudando a fortalecer e consolidar convicções e argumentos.
Seja ética, criteriosa, tolerante e persistente. Assim você colherá, com o tempo credibilidade.
Conte conosco. Abraços virtuais (em tempos de pandemia, sejamos razoáveis: Ciência!)
