Nada faz sentido, estou desaparecendo

Feita por >Alice · 15 out 2019 Depressão

Tenho depressão desde criança, durante muito tempo me cortei e já tentei me matar varias vezes. Essa vontade de morrer passou. Mas sinto que nada faz sentido na minha vida, as pessoas entram e saem dela sempre deixando marcas, que me fazem sofrer cada vez mais. Tudo que existe no mundo não faz nenhum sentido pra mim, eu não consigo compreender mais nada, saí das redes sociais, estou tentando viver camufladamente, como se eu nem sequer existisse, acho que estou fazendo isso para me privar do sofrimento. Na verdade, eu tomo remédios, antidepressivos e antipsicóticos, já passei por diversos psiquiatras e psicólogos, já tive diagnósticos diversos, incialmente era ansiedade, depois acrescentou depressão, depois veio a esquizofrenia, e agora disseram que sou bipolar devido a fatores genéticos também, uma pessoa na minha família tem bipolaridade.
Mesmo com isso, sinto que os remédios não adiantam nada, me sinto presa na minha casa, na minha cidade e me sinto muito dependente dos meus pais, que me tratam como se eu tivesse 5 anos, assim como toda a minha família. Isso é o que me deixa com mais raiva e me deprime mais ainda. não suporto viver dessa maneira, o problema é que não tenho escolha.
não tenho esperanças e nem consigo planejar um futuro.

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A melhor resposta 16 OUT 2019

Olá, Alice!

Ansiedade... Depressão... Esquizofrenia... Bipolaridade... Em meio a tantos diagnósticos e classificações, não é difícil compreender quando tu dizes "estou desaparecendo"! A Alice com todas as suas subjetividades e singularidades vai sendo como que encoberta por uma série de rótulos que vão escondendo aquilo que és de fato, e tudo aquilo que poderias vir a ser. Isso tudo afeta não somente a ti mesmo no seu autoconhecimento e na sua autodeterminação, mas também na forma como as pessoas te vêem e te tratam: não se relacionam mais com a pessoa Alice, mas com a ansiosa, a depressiva, a esquizofrênica e a bipolar Alice...

O uso dos medicamentos pode sim ser útil em casos mais agravados, e podem auxiliar em um necessário controle de sintomas mais exacerbados. Entretanto, eles não devem jamais serem considerados a mola mestra do tratamento, mas sim como um instrumento auxiliar para que a pessoa possa sentir-se minimamente capacitada a buscar na psicoterapia o seu próprio processo de desenvolvimento visando um estado mais saudável e de bem estar de vida.

Este processo, Alice, demanda sobretudo a vontade da pessoa, pois supõe tempo, resiliência e determinação para se alcançar os primeiros resultados positivos. A questão que eu levanto para ti é que ao dizeres "não tenho escolha, não tenho esperanças" você mesmo se autossabota e colabora para a manutenção desta situação de desconforto e mal estar, como se você "nem sequer existisse"... Eu diria, Alice, que seria interessante que você (novamente) buscasse auxílio profissional psicológico em sua cidade, mas dessa vez tentando se colocar para alem dos teus diagnósticos e medicamentos, pois de algum modo seu relato me transmite o quanto que isso tudo te sufoca e te prende. Então, a primeira "experiência de liberdade" que terias que fazer seria tentar se livrar um pouco desses rótulos e classificações. Talvez esse seja um bom começo para começares a reencontrar com os teus sentidos, - que dizes ter perdido - teus sonhos, teu desejo, tua vontade de viver, tuas esperanças e com toda a tua história de vida, passado, presente e futuro.

Espero ter lançado um pouco de luz sobre tudo isso e ajudado de alguma forma.

Saulo Cruz
Psicólogo.

Saulo Cruz Rocha Psicólogo em Fortaleza

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16 OUT 2019

Oi Alice, esqueceu de colocar a sua idade, quantos anos você tem. Mas vejo que estás nas mãos dos outros: teus pais te sustentam, o médico diz que você tem isso, o psiquiatra diz que tem aquilo, o psicólogo te enquadra noutra coisa e você fica na corda bamba.
Aí se justifica o seu sentimento em relação a si mesma.
Não deves acreditar nos outros. Não queira se enquadrar em nenhum diagnóstico, não quira ser rotulada.
Acredite em ti mesma, mas acredite mesmo. Faça coisas que te levem a ser cada dia mais independente dos outros: financeira e afetivamente. Por isso perguntei a sua idade. Você veio através das outras pessoas (pais) mas é de você mesma. Deve aprender dar respostas a você mesma e não a outras pessoas.
Todos, querem te enquadrar em alguma coisa, saiba pular fora disso. Precisa aprender não se enquadrar em nada para poder ser livre e cada vez mais forte, com mais vontade e tesão pela vida.

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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