Quando me interesso por alguém, tenho o desejo de falar com ela toda hora, penso nela toda hora, dedico coisas a pessoa… Mas quando essa pessoa começa a gostar de mim e o sentimento se torna mútuo, com menos de 3 semanas eu começo a enjoar da pessoa. Começo a estranhar ela, as vezes crio até nojo. Porém esse sentimento vai e volta, ao mesmo tempo que a quero muito, eu também a quero longe. E o que ocorre, quando eu finalmente “termino” com a pessoa, começo sofrer muuuito, muito muito mesmo. É como se eu quisesse muito algo, mas quando tenho, não sinto prazer em ter. É como se o meu prazer fosse em ter que conquistar a pessoa. Realmente não consigo uma explicação pra isso. Tenho 19 anos, nunca namorei, isso ocorre em todos os meus relacionamentos. Tenho medo de isso implicar no meu futuro.
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1 JUN 2024
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Entendo o quanto essa experiência pode ser confusa e desafiadora para você. Parece que há um padrão em seus relacionamentos que está causando angústia e incerteza em sua vida amorosa.
À luz da análise do comportamento, podemos explorar essa dinâmica à luz das emoções e padrões de comportamento que você descreveu. Parece que existe um ciclo em que você se sente intensamente atraído por alguém, mas logo após a reciprocidade do sentimento, você começa a experimentar sentimentos de desconforto, estranheza ou até mesmo aversão em relação à pessoa.
Uma possível explicação para esse padrão pode estar relacionada à busca pela novidade e ao desejo de conquista. Quando você se interessa por alguém, o desafio da conquista pode ser estimulante e gratificante. No entanto, uma vez que a conquista é alcançada e o relacionamento se torna mais estável, você pode perder o interesse devido à falta de novidade e desafio.
Além disso, pode haver aspectos relacionados à autoestima e ao medo da intimidade que influenciam esses padrões de comportamento. Talvez você se sinta mais confortável em situações de busca e conquista do que na manutenção de relacionamentos íntimos e duradouros.
É importante reconhecer que esses padrões de comportamento podem ser modificados com autoconhecimento, autoaceitação e, se necessário, apoio profissional. Eu como psicóloga clínica posso ajudá-lo a explorar essas questões mais a fundo e desenvolver estratégias para lidar com seus relacionamentos de uma maneira mais saudável e satisfatória.
Lembre-se de que você não está sozinha nessa jornada e buscar ajuda é um sinal de coragem e autocompaixão. Ao compreender melhor suas motivações e padrões de comportamento, você pode começar a criar relacionamentos mais gratificantes e significativos em sua vida.
Olá Roberta!
Imagino o quanto isso pode ser frustrante pra você, para realmente entender o que está acontecendo é necessário um acompanhamento mais profundo, em terapia. Porém, é importante que você reflita algumas coisas, antes de procurar um relacionamento:
Você realmente deseja este compromisso agora?
Está disposta a aceitar essa pessoa na sua vida, com toda a bagagem que ela trará?
Está disposta a compartilhar honestamente quem você é com ela?
Dentro disso há outras coisas necessárias antes de querer um relacionamento, e que é importante olhar antes.
Além disso, será que você realmente quer um relacionamento duradouro, ou só quer uma companhia? Tente dosar também, o tanto que você investe nessa pessoa, e o quanto vc está investindo em você, pois vc relatou que deseja conversar toda hora, mas é necessário também ter um tempo pra si, sozinha e aproveitar sua própria companhia, antes de ter alguém.
Como falei, são muitos pontos para olhar e é complexo dentro de um texto. Quando se sentir disposta e pronta, sugiro que tente fazer psicoterapia como forma de autoconhecimento.
Espero ter ajudado, um abraço
Muitas coisas podem estar acontecendo com você e só em análise poderíamos entender o que está acontecendo mas eu poderia sugerir algumas coisas para você pensar. Bem, você diz que quando a pessoa se interessa por você, você perde o desejo por ela. Será que você talvez ache que você não seja digna de amor ? Será que não existe em você algo que age fortemente sempre diminuindo você ? Também parece que você tem um prazer em abandonar depois que conquista, o que será que está em jogo aí? Seria muito interessante buscar uma ajuda profissional.
Na verdade, você não está assumindo nenhum compromisso com ninguém se relacionando desta maneira, por isso, não precisa se cobrar tanto. Você ainda é jovem, e tem o direito de conhecer pessoas, se relacionar com elas sem compromisso, e se depois você não desejar mais isso, então tudo bem. "Ficar" com pessoas não precisa ser entendido como um relacionamento mais sério. Você ainda está se conhecendo através dessas experiências, e com isso aprendendo do que gosta e o que não gosta, adquirindo mais maturidade neste campo. Quando você realmente assumir um compromisso com alguém, e você não precisa se apressar quanto a isso, você deve desejar ter uma experiência mais profunda com aquela pessoa que apenas passar 3 semanas, mais profunda que apenas compartilhar momentos. Você deve desejar compartilhar planos, objetivos, sonhos de vida, carinho, desejos, fidelidade e cumplicidade, ou seja, você deve realmente gostar dessa pessoa. Essas são algumas características de relacionamentos mais profundos e íntimos, como namoro, noivado ou casamento. No entanto, essa é uma boa época para você aprender um pouco mais sobre si própria, e sobre relacionamentos. Um profissional de Psicologia pode te ajudar com isso, te oportunizando importantes reflexões para essa fase em que vive. Se sentir necessidade, não deixe de buscar esse profissional, e iniciar um caminho terapêutico. Pode te fazer bem, e ampliar sue autoconhecimento consideravelmente.
Oi Roberta! Vivemos para conhecer pessoas: conhecidos, colegas, amigos, paqueras. Precisamos pesquisar, observar, analisar. Talvez, sem objetivo direto, sem forçar a situação, reciprocamente você e outra pessoa, após se conhecerem melhor, depois, vivenciarem namoro com treino para conhecimento da natureza humana, da cultura.
Lá pelos vinte e sete, se pensa em vinculação amorosa mais comprometida.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
