Eu tenho me sentido muito ansiosa, e muitas vezes fico ansiosa por coisas tão pequenas e insignificantes e eu vejo que as outras pessoas fazem isso tão facilmente e pra mim parece ser o maior desafio. Eu não tenho um diagnóstico exato de ansiedade, mas me sinto assim faz 2 anos e começou depois que eu terminei um relacionamento e me afastei de todos os "meus amigos" que sinto que só eram amigos quando eu namorava por que depois que me afastei não vi nenhum deles no começo era bem difícil e eu me senti mal por muito tempo eu só chorava ficava dentro do quarto escuro e isso foi estranho por que eu sempre estava rodeada de pessoas e estar sozinha assim do nada era bem ruim e eu me sentia muito sozinha mas depois de uns 5 meses lembro de me sentir bem mas ainda não conseguia sair de casa por que sempre que eu tinha que falar com alguém ou estar perto de muitas pessoas me causava ansiedade e eu ficava com falta de ar ou me embolava nas minhas palavras e esquecia o que eu tinha que falar e eu ficava pensando sobre o que as pessoas estavam pensando de mim eu sentia que todo mundo estava olhando pra mim e me julgando e isso ainda acontece e eu até comecei a estudar online por que ir para escola passou a ser um desafio e eu até pensei que era ansiedade social mas não acho que seja possível já que antes eu não tinha dificuldade de estar perto das pessoas mas agora pra fazer uma ligação ou falar com alguém mesmo que eu não esteja vendo essa pessoa é complicado pra mim e eu tenho me sentido muito inútil por isso já que eu não saio de casa pra nada e quando tento falar com alguém me preocupo com cada detalhe e cada palavra e muitas das vezes as palavras somem e eu esqueço o que eu queria dizer e isso me incomoda muito minha cabeça é sempre um turbilhão de pensamentos e preocupações faz muito tempo que me sinto assim e qualquer ligação eu já penso que algo de ruim aconteceu, todos os dias são assim durante tanto tempo e no começo eu não sabia controlar e acabava chorando por que eu pensava demais e minha mãe não sabia o que estava acontecendo mas foi ficando tão frequente que me "acostumei" entre aspas por que acho impossível alguém se acostumar com uma situação dessa, mas agora quando sinto esse aperto no peito por me sentir mal por não conseguir fazer nada ou até por preocupação eu vou pro banheiro tento respirar e quando sinto vontade de chorar eu choro, não quero preocupar minha mãe com tudo isso se eu ainda nem sei o que é.
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18 JUN 2024
· Esta resposta foi útil a 4 pessoas
Olá
Eu sinto muito que você esteja vivendo essa situação neste momento. Imagino que a ideia de buscar ajuda seja muito desafiadora (afinal, mesmo as consultas online com um psicólogo envolvem uma chamada de vídeo). Mas gostaria de te sinalizar que todo sofrimento que vivemos nos sinaliza a necessidade de viver de uma forma diferente, como você mesma sinalizou: não é possível se acostumas a essa situação. Entendo que o medo de buscar uma coisa nova é assustador, mas é só através do novo que podemos encontrar o que desejamos, não há mudança se não a provocamos.
Penso que encontrar um psicólogo que esteja disposto a caminhar conforme o seu ritmo, entendendo suas necessidades e indo seguindo conforme o seu desejo possa te ajudar muito. Assim, as proprias consultas podem servir de terreno para compreender como essa ansiedade aparece nos contatos. Além disso, podemos explorar melhor sua história, entendendo como chegamos até aqui, para que assim possamos encontrar pistas de para onde seguir. Lá você também encontrará uma pessoa treinada para te deixar confortavel, que tentará cuidar para evitar o surgimento dessa ansiedade propriamente.
Caso isso tenha feito sentido para ti, entre em contato comigo, assim podemos conversar melhor sobre, ta bem?
Boa sorte no seu caminho
Olá Rafa, lidar com ansiedade, especialmente quando parece que pequenas coisas se tornam grandes desafios, pode ser realmente difícil. Vou abordar alguns pontos que podem te ajudar a entender e lidar melhor com a sua situação:
É essencial reconhecer que seus sentimentos são válidos. Muitas vezes, comparar-se com outras pessoas pode aumentar a sensação de inadequação, mas lembre-se de que cada pessoa tem suas próprias lutas e desafios.
Mesmo que você ainda não tenha um diagnóstico formal de ansiedade, é importante buscar ajuda de um psicólogo ou psiquiatra. Esses profissionais podem ajudar a identificar se você está lidando com ansiedade ou outro transtorno e oferecer estratégias específicas para você.
Práticas como respiração profunda, meditação e mindfulness podem ajudar a reduzir os sintomas de ansiedade. Quando você sentir que sua ansiedade está aumentando, tente se concentrar na respiração, inspirando lentamente pelo nariz e expirando pela boca.
Enfrentar situações sociais pode ser assustador, então comece com pequenos passos. Por exemplo, comece com uma ligação curta para alguém de confiança, ou saia de casa para uma caminhada curta. Aos poucos, esses pequenos desafios podem se tornar mais manejáveis.
Conversar com pessoas de confiança sobre seus sentimentos pode aliviar parte do peso que você está carregando. Mesmo que você não queira preocupar sua mãe, ela pode ser uma fonte importante de apoio emocional.
Escrever sobre suas preocupações e sentimentos pode ser uma maneira eficaz de organizar seus pensamentos e reduzir a ansiedade. Muitas pessoas acham útil manter um diário onde podem expressar suas emoções livremente.
Seja gentil consigo mesma. A ansiedade pode fazer com que você se sinta inútil ou inadequada, mas lembre-se de que essas sensações não definem quem você é. Pratique a autocompaixão, reconhecendo que é humano ter dificuldades e que você está fazendo o melhor que pode.
Encontre atividades que você goste e que possam ajudar a distrair sua mente das preocupações. Pode ser ler um livro, ouvir música, pintar, cozinhar, ou qualquer outra coisa que traga um pouco de alegria ao seu dia.
Lembre-se, Rafa, que você não está sozinha nessa jornada. A busca por ajuda profissional é um passo importante e pode fazer uma grande diferença na maneira como você lida com a ansiedade e dê a si mesma o crédito por cada pequeno avanço que fizer.
Rafa
Você está abalada e precisa tratar seu emocional.
Precisa se recuperar, retomar o comando sobre você mesma, seus pensamentos e amoções.
Faça Psicoterapia para resolver isso.
Abraços, tudo se resolve
Bom dia, Rafa! Obrigado por escrever. Que bom que você escreveu! É preciso ser enfático! Você está fazendo o contrário do que todas as pessoas precisam fazer: interagir, realizar coisas em grupo, em equipe, juntas. O isolamento social, as trocas predominantemente virtual, o hábito duradouro das telas maior do que as interações em ambiente aberto e direto com as pessoas, sem a menor sombra de dúvida, é a maior e mais complicada doença que temos hoje, para nossas crianças, adolescentes e jovens.
Você inverteu a lógica no título. Deveria ser mais ou menos assim: tenho enorme dificuldade para lidar comigo e meu desempenho, por isso não quero correr o risco de ser reprovada em nenhum aspecto pelas pessoas.
Você precisa com urgência, com persistência, com mente aberta, com regularidade, inverter a lógica: vivenciar turmas de colegas e conhecidos que sejam éticos e saudáveis, vivenciar estudos presenciais com profundidade, grupos de estudos, esportes coletivos de contato, grupo de teatro, arte, cultura, viagens, trabalho presencial, em ambiente coletivo, dentre outras vivências. Você precisa desenvolver harmonia e maturidade na interação coletiva com as pessoas.
Será muito benéfico, inicialmente, você contar com a assessoria científica de um psicólogo.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
