Eu tenho 55 anos não encontrei muita felicidade em minha vida afetiva. Fui casada durante 20 anos, não casei apaixonada e foi um relacionamento que teve alguns aspectos bons, mas muitas vivências difíceis, com brigas e desentendimentos constantes. Depois do divórcio, em seis anos tive dois relacionamentos, os dois foram ilusões. Saí desse último muito arrasada, triste e estou tentando me recuperar. Tenho pensado que devo tentar ser feliz sozinha, mas acho que o amor é uma necessidade humana. Eu me sinto muito sozinha, apesar de ter alguns amigos e dois filhos que amo muito, mas não moram comigo. Sinto muita carência e sei que ser carente não é bom, mas como superar a carência sem amor? Uma das respostas que encontro é que eu devo me amar, mas eu me amar parece pouco, algo solitário e semvida.
Gostaria de orientação.
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9 NOV 2020
· Esta resposta foi útil a 4 pessoas
Olá Claudia.
Talvez você aprendeu que mulher tem que ter um parceiro, e se não tiver será mal amada, e por isso pensa que não há vida em viver sem um parceiro.
Talvez a forma como escolhe seus parceiros não é a mais adequada para você, e por isso acaba tendo relacionamentos não tão interessantes, isto pode acontecer por causa da forma como aprendeu a se relacionar com seus primeiros afetos familiares, e vem sendo esta a forma que aprendeu, assim mudar estes paradigmas pode ser uma maneira de encontrar alguém mais adequado, ou se encontrar consigo mesma, sem precisar ter uma pessoa ao seu lado.
Sim, é importante que se ame, e você pode aprender a se amar e sentir vida em você, pois é quando estamos bem que conseguimos encontrar um parceiro a ser amado, é quando nos amamos que aprendemos a amar outras pessoas além de encontrar um relacionamento amoroso.
A psicoterapia pode te ajudar neste encontro pessoal.
Espero ter ajudado.
Jane Assunção.
Ei, Claudia!
Nos ensinam que solidão é uma coisa triste, "solitária e sem vida", como você disse.
A solidão, tal qual um quadro em brando, é um espaço para receber tintas, tons, cores e possibilidades.
É um espaço a ser transformado, ressignificado.
Entendo que é raso o "se ame", como se fosse um botão mágico que apertamos. Claro que não é assim.
Amar a si mesmo envolve aceitar nossos lados "desagradáveis", os famosos defeitos. Envolve conhecer suas preferências, seus desejos, ou até mesmo descobrir que esses desejos não são bem o que desejamos, mas sim algo que nos foi imposto.
Conhecer a solitude (e não só a solidão) é uma experiência incrível.
Espero que você possa passar por esse caminho de uma forma leve!
Conte comigo se precisar!
OI Claudia, percebo que vc está buscando um caminho para a felicidade e amor, e percebo também que carrega na pergunta algumas respostas para essa mesma questão.
Como você se sente sozinha? Será que morar sozinha significa sentir-se sozinha? Sinto que vc encontrou uma resposta bastante positiva, de que pode encontrar amor em si mesma, nas coisas que te agrada, que gosta de fazer. Parabéns por perceber que a busca pelo amor de inicia de dentro para fora, se inicia em você!
Olá Claúdia! Grato por escrever. O conceito de "amor" é uma subjetividade muito profunda, que se alimenta muito da expectativa, da possibilidade. Isso acontece muito mais do que as pessoas se dão conta. A energia central de que sou amado por alguém depende muito mais das coisas que acontecem dentro de mim, orientadas para a convivência com a pessoa amada, do que de energia daquela pessoa.
Por essa razão, é possível amar, com predomínio de estado interno. É muito frequente as pessoas confudirem amor com posse, com propriedade.
O amor sem obrigações formais, movido por motivações verdadeiras do coração supre a maior parte das situações. As pessoas casadas altamente comprometidas entre si, vivem em média, trinta anos de suas vidas juntos, tendo proximidades maiores, por um período semanal de mais ou menos, oito horas. Há a ilusão de que estão próximos as cento e sessenta e oito horas da semana juntos. A questão central não é o tempo que passam juntos, é a certeza de, após as caminhadas pessoais, possam contar sempre com a companhia da outra.
Amigos, conhecidos e colegas podem propiciar predominância de energia amorosa, com a qual se possa contar, como certeza o tempo todo, como realização nas agendas comuns, espontâneas ou, com a devida medida, reivindicadas.
O centro do amor, mesmo quando envolve outro, está nas colorações energéticas internas.
Espero ter ajudado.
Se útil, estarei à disposição para melhores fundamentações.
Abraços virtuais (em tempos de iminência de segunda onda da pandemia, sejamos mais razoáveis: máscara, higine, distanciamento físico, senso de comunidade, Ciência!)
Claudia, encontrar a felicidade do jeito que vc fala é no amor, nem sempre encontramos essa felicidade porque não houve empatia, sentimento, e nem sempre é facil se encontrar. Mas, se pode se rfeliz sozinha, qual seria o problema. A carencia é porque busca nos homens o afeto, esse afeto pode estar em outras relações.
Se precisar de ajuda, sou Mônica psicologa
